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Letícia
Dias depois...

Letícia: Anda meu filho! — gritei do andar debaixo esperando ele descer, pois foi procurar o brinquedo que ele queria levar pra creche.

Maria Paula: Hoje vou chegar mais tarde em casa filha, dona Diana pediu pra começar depois das nove. — falou se aproximando com o pijama ainda, assoprando a xícara de café em suas mãos.

Letícia: Hoje eu não tenho aula, graças a Deus! Mas vou sair com o Lucas, Babi vai ficar com o Bê pra mim. — falei olhando a agenda do Bê se tinha algum recado, fazendo eu fechar em seguida e guardar na mochila de rodinhas dele.

Maria Paula: Juízo hein, não vai vacilar Letícia! — falou me repreendendo, fazendo eu concordar rindo de lado.

Letícia: Deus me livre, nem me fala! — bati no criado de madeira, que tinha perto da escada.

Minha mãe depois de uns dias pra cá, começou a falar com a gente de novo, me deixando aliviada pois não estava mais aguentando aquele gelo que ela estava dando na gente. Voltando ser aquela mãezona que sempre foi...

Bernardo desceu as escadas com o uniforme da creche e com o brinquedo em mãos, fazendo eu pegar minhas bolsas e a mochila dele, me despedindo da minha mãe e saindo pra fora de casa.

Bernardo: Eu vou dormir na minha dinda também? — perguntou fazendo eu negar, sei lá, eu não conseguia ficar longe dele. — Por que? — perguntou sério.

Letícia: Porque a mamãe vai voltar pra ficar com você. — falei enquanto descíamos o morro com ele analisando aquele avião que ele ganhou da Bina, praticamente não largando ele pra nada.

Bernardo: Você vai sair com quem? — me olhou de relance, fazendo eu buscar alguma coisa na mente. Eu não queria falar que era com o Lucas, até porque eu nunca levei ninguém pra ele conhecer.

Letícia: Com a tia Bina filho. — ele concordou sorrindo, fazendo eu olhar em direção da boca onde tinha vários do corre, onde Lele era um deles.

Ele ainda está me evitando, me deixando mal por não trocar uma palavra comigo. Por mais que eu vacilei ele não precisava me ignorar tanto, pois quando foi a minha vez eu perdoei o mesmo, sabendo que ele tinha mentido pra mim.

Mas deixa ele no tempo dele, vou respeitar suas decisões, quando tiver vontade de conversar comigo eu vou estar aqui, como sempre tive.

Ele me olhou sério, seguindo seu olhar pro Bernardo, que mandou tchau pra ele fazendo o tal retribuir.

Fomos se aproximando da escolinha, onde eu deixava sempre ele antes do trabalho e quem pegava era minha mãe, o Léo, Babi, ou Lele. Alguém deles sempre me ajudavam, pois eu ia direto pra faculdade sempre chegando tarde da noite.

Letícia: Se comporta tá? Te amo! — me abaixei na frente dele amarrando seu tênis.

Bernardo: Você vai vir me pegar hoje? — concordei com a cabeça.

Letícia: Sim hoje a mamãe não tem aula, então eu consigo tá bom minha vida? — falei pra ele que me abraçou forte me deixando toda frágil, não querendo mais soltar dele.

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