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Bruno

Abri a porta de casa com o coração despedaçado parecendo que rasgava por dentro, querendo somente o meu filho. Eu estava sem chão, não tendo uma notícia se quer do paradeiro dele.

Olhei de relance pra todas que estavam deitadas por todo canto da casa, vendo que a minha Letícia não estava por ali, fazendo todos se levantar rapidamente quando me viram.

Bruno: Cadê a Letícia? — perguntei preocupado, não querendo que ela fique sozinha nesse momento difícil, sabendo que ela estava toda frágil por tudo que estávamos passando.

Bárbara: Ela subiu, queria ficar sozinha. — falou sem jeito. — Ela pediu pra ficar no quarto do Bernardo! — concordei cabisbaixo sabendo da dor que ela está sentindo por dentro, onde eu não sabia o que fazer pra ajudar ela nesse momento.

Maria Paula: Alguma notícia Bruno? — saiu da cozinha, onde veio as pressas pra perto de mim, fazendo eu negar jogando a chave da casa no criado ao lado do sofá.

Bruno: Nada! — deixei meus olhos cheios de lágrimas. — Estamos tentando as câmeras da rua da escola e de alguns lugares que desconfiamos que poderia dar alguma pista. — falei me sentando no sofá com as mãos nos cabelos, bem atordoado com a raiva que eu estou sentindo por dentro.

Kamila: Quem poderia fazer essa maldade hein? — falou indignada. — Nossa cara, eu sou capaz de fazer uma besteira se alguém fizer mal pro meu sobrinho! — se sentou do meu lado, beijando meu braço com carinho.

Leonardo: Lele falou com você? — perguntou sem jeito, fazendo eu assentir com a cabeça.

Bruno: Tentei despistar a tropa deles pra outra banda, mesmo sabendo que eu não poderia. — suspirei passando a mão no rosto. — Mas eu sei que pro Leandro, meu filho é muito importante! — falei sincero, pois eu sabia que isso ele deixava claro pra quem quisesse saber.

Acabamos conversando antes de eu ir pra delegacia, trocando um papo sincero uma vez na vida, querendo o mesmo propósito que ele, que era ir atrás do Bernardo.

Bárbara: Muito! — falou carinhosa. — Eu sei que um dia vocês ainda vão se dar bem! — piscou sorrindo de lado, fazendo eu concordar contragosto.

Tata: Giovana está vindo pra cá, me ligou no desesperada quando o Dino contou pra ela! — falou nervosa, vendo a menina toda emocionada de canto.

Bruno: Eu vou subir! — me levantei respirando fundo, querendo saber da minha mulher, sabendo que ela não tá nada bem pra ficar sozinha.

Maria Paula: Eu vou preparar a janta pra todos, porque eu sei que todos estão com fome e cansados. — falou me abraçando de lado, vendo minha sogra muito abatida.

Bruno: Eu tô sem fome sogra, mas fica a vontade, pode preparar o que você quiser. — beijei a cabeça dela. — Vou tentar trazer a Letícia pra comer. — falei limpando uma lágrima sobre o meu rosto, quando a mesma rodeou seus braços na minha cintura e começou a chorar muito.

Maria Paula: Trás o meu netinho Bruno, por favor! — implorou chorando de soluçar, fazendo eu abraçar ela forte, sentindo uma falta do abraço de mãe nesse momento.

A nossa conexão era forte demais, sentindo seu coração bater descontrolado, que parecia uma escola de samba. Fazendo eu chorar pra caralho naquele abraço, querendo o meu filho aqui com a gente, querendo que isso fosse mentira, onde eu faria de tudo pra acabar com esse pesadelo.

Bruno: Eu vou fazer de tudo! — chorei soluçando, passando a mão nos cabelos dela. — Só vim ver como a Letícia está, de madrugada vamos fazer uma rota novamente. — ela concordou, sabendo que todos tínhamos esperança de encontrá-lo.

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