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Bruno
Quatro dias depois...

Depois do dia que eu voltei com a Letícia nosso relacionamento está cada vez melhor, ficando cada vez mais apaixonado por ela e eu não nego isso pra ninguém.

Meu pai essa semana está em cima de mim me deixando cada vez mais pilhado com a situação. Eu não tenho outra escolha, eu preciso fazer aquela merda e depois que ele ganhar tudo de volta, eu tento contar pra Letícia da melhor forma.

Sabe quando você tá num beco sem saída?

Bem assim que eu tô, completamente perdido sem achar nenhum meio que eu consiga sair dessa. Meu pai mesmo disse que se eu não fizer o que ele tanto quer, ele faz a Letícia me deixar da pior forma possível.

Nunca me perdoaria se acontecesse algo com ela, pois se o próprio pai faz o que faz com o filho, que derá com uma estranha?

Essa semana conversei pra caralho com o Breno e ele me aconselhou a contar pra ela, mas e a coragem? Ela nunca iria aceitar uma coisa dessas, ainda mais com a Carla, sendo a mina que ela mais detesta em toda face da terra.

Hoje era quinta e se passava das 20:00h da noite, onde eu estava deitado conversando com ela pelo WhatsApp. Nós estávamos combinando de passear pra algum lugar maneiro no dia que íamos completar 6 meses de namoro, daqui mais ou menos 15 dias.

Sonho dela era conhecer o Pão de Açúcar, andar de bondinho e curtir um dia assim. Eu já tinha comprado as alianças que eu queria, porque depois da porra toda, eu ia apresentar ela pros meus pais, com direito a tudo que ela merecia.

Breno ia me ajudar a fazer as paradas pra trazer ela aqui, fazendo meus pais aceitarem ela querendo ou não. Estava decidido que eu não ia mais esconder ela da minha família, até porque é a Letícia que eu amo.

Acabei pegando no sono conversando com ela e só acordei no outro dia com o celular quase na cara. Abri os olhos sonolento e me espreguicei pegando o celular de volta, que marcava 06:40h da manhã de sexta-feira.

Tomei um banho rápido pra ver se eu despertava um pouco do sono, colocando meu uniforme e calçando meu tênis em seguida. Peguei minha mochila sobre a escrivaninha e desci pro andar de baixo, ainda com um sono do caralho.

Olhei de relance pro meu pai que estava tomando café sozinho, fazendo eu me sentar junto dele, não querendo contato nenhum, pois eu sabia que o mesmo estava com os olhos cravados em mim.

Rodrigo: Já falou com ela? — falou chamando a minha atenção, onde ele estava se referindo a Carla.

Bruno: Ainda não! — falei seco, com o peito doendo só de pensar que eu tinha que fazer tudo isso.

Rodrigo: Agiliza Bruno! — falou largando a xícara na mesa um pouco impaciente. — O jantar está marcado pra sábado que vem, você tem uma semana! — falou rude e eu olhei pra ele rápido, não acreditando que ele era assim, que tudo tinha que sair do seu jeito sem se importa com a porra dos meus sentimentos.

Só concordei saindo dali, onde eu não tinha estômago pra comer na mesma mesa que ele. Ele não tinha vergonha de fazer isso comigo, que com certeza pra ele era normal passar por cima de qualquer coisa por conta de dinheiro.

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