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Letícia
Alguns meses depois...

Olhar seus traços me fazia lembrar cada vez mais do Bruno, vendo minha filha no seu colo mostrando seu sorriso banguela com alguns dentinhos, esperando o momento tão esperado por todos nós.

Ela estava com vestido lindo de princesa, com várias borboletas destacando ainda mais o tema da sua festa de um ano. Júlia rodava seu olhar pelas luzes que refletia no teto, vendo ela querendo pegar as mesmas com o seu bracinho levantado.

Olhei pro Bernardo que estava tão lindo na roupa que puxava a cor do tema, vendo a minha família completa depois de anos implorando esse momento nosso.

A moça que estava coordenando tudo, fez um gesto para se prepararmos para o parabéns, onde o som começou com uma contagem regressiva, identificando o grande momento.

Todos: Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida! Vivaaaaa a Júlia! — geral gritou fazendo ela bater palminhas toda feliz, fazendo Bruno aproximar ela até o bolo para assoprar a vela, deixando os flashs das câmeras refletirem por todo o local.

Bernardo: Mais forte Ju! — falou empolgado enquanto ela olhava pras pessoas perdida, onde o fotógrafo chamava a sua atenção pra olhar pra foto.

Bruno: Ei filha, lá ó. — apontou pro cara, vendo ela negar sorrindo sem entender, fazendo geral gargalhar das pérolas dessa menina, que não tinha nem tamanho de gente e já metia caô por aí.

Kamila: Ei amor da sua dinda! — levantou os braços por trás do fotógrafo, fazendo ela chamar a Kamila com a mãozinha pra vir pra perto, vendo Kamila fazer caretas pra ela sorrir a todo custo.

Sabrina: Julinhaaa, olha pras suas dindas aqui amor! — gritou com ela que botava a mão na boca mandando beijo pra elas, onde o fotógrafo registrava os momentos que conseguia, pois não tinha como fazer ela olhar pro bendito do moço.

Bruno: Filha, duas cobras! A jararaca e a sucuri! — apontou para as minhas amigas soltando uma risada, olhando pro Bernardo que gargalhava.

Letícia: Para Bruno, pecado! — falei prendendo o riso. — Diz pro papai, não pode! — fiz não com o dedo pra ela que me olhava, beijando a bochecha do Bruno toda grudada nele, filha da puta cara, porque eu faço de tudo por ela e por ele a mesma morre de amor.

Júlia: Papa! — olhamos rápido na direção dela, me deixando de boca aberta, imagina a cara do Bruno? Pois ela ainda não tinha falado nada, sendo a sua primeira palavra concreta depois de tantas falas emboladas.

Bruno: Repete coisa linda do pai! Repete! — balançou ela incentivando ela a falar, que mostrava os dentinhos com o seu sorriso pro Bernardo, analisando a cara de bobo do meu marido.

Letícia: Você agora fica com o seu pai, sua vendida! — falei mostrando língua pra ela que me chamou com a mãozinha querendo meu colo, onde neguei abraçando o Bernardo, pois ela tinha um ciúme absurdo de um com o outro.

Ela começou a fazer beiço querendo chorar, fazendo eu esticar a mão e ela se jogar no meu colo, beijando a bochecha gorda dela. A garota me testava até o último, aí quando eu testava ela, botava pra chorar fazendo uma manha absurda.

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