114

278 28 11
                                    

Bruno

Bruno: Cadê a sua amiga? — falei rude agarrando o braço dela com uma certa força, fazendo Diana negar chorando baixinho.

Diana: Eu... — soluçava de medo. — Não tive mais notícia dela faz alguns dias Bruno! — falou desesperada, vendo que a mesma transmitia pela primeira vez uma sinceridade.

Bruno: CÊ VAI LIGAR PRA ELA AGORA! — gritei nervoso, fazendo suas mãos tremerem ao pegar seu celular. — Você não vai falar nada pra ela, a não ser se eu te mandar! — apontei a arma pra ela, que assentiu rapidamente toda nervosa.

Ela tentou ligar várias vezes, mas todas as chamadas caíam na caixa postal, fazendo meus nervos ficarem mais alterados que o normal.

Diana: Não faz nada comigo Bruno, eu juro pra você que eu não sei de nada e muito menos tenho algum envolvimento com isso! — chorou perdida, fazendo eu olhar de relance pra ela, tentando não me comover com suas palavras.

Bruno: Me dá seu celular! — estiquei minha mão em sua direção, fazendo ela me entregar sem contestar, botando o mesmo no bolso me recompondo pra sair. — Se eu souber que você andou em contato com ela... — parei na porta virando pra mesma. — Eu te caço! — falei puto, batendo a porta com uma raiva sem tamanho.

Parei no elevador tentando controlar meus sentimentos, onde eu queria chegar nessa vadia de alguma forma, nem que eu precisasse me arriscar sozinho sem falar nada pra ninguém.

O elevador se abriu fazendo eu me olhar pelo espelho, vendo minha cara de cansado e acabado, querendo que esse pesadelo acabasse de uma vez por todas, querendo somente o nosso filho bem.

Por um momento acabei lembrando da mãe da Carla, que com certeza poderia ser uma pista pra toda essa dor e sofrimento que estávamos vivendo, tendo uma esperança que essa mulher tenha alguma notícia sobre a filha.

Peguei meu celular do bolso, vendo várias mensagens da Kamila super preocupada comigo, dizendo que Letícia estava muito mal, mas estava cuidando bem dela.

Senti meus olhos pesarem vendo a foto dela dormindo, onde a mesma estava com o rosto pálido deitada sobre a maca. Eu não queria ter saído daquela forma, mas foi o melhor no momento, eu não teria forças pra me despedir dela tão cruelmente.

Sai do elevador indo em direção do meu carro, calculando tudo que eu tinha que fazer até chegar na casa da dona Cássia, não querendo machucar ela, até porque é uma pessoa boa, mas se fosse preciso?

Eu não pensaria duas vezes...

•••

Hilda: Oi Bruno, tudo bem? — falou assim que abriu a porta, fazendo eu entrar impaciente quando ela me deu passagem.

Bruno: Cássia está por aí? — perguntei nervoso olhando ao redor daquela sala imensa, vendo se poderia ter mais alguém em casa além das duas.

Hilda: Eu vou chamar! — falou amorosa subindo as escadas, onde eu andava atordoado de um lado pro outro querendo juntar todas as informações que eu tinha no momento.

Olhei de relance para os portas retratos sobre a sala, me dando um nojo e uma raiva surreal dessa vagabunda, pois se ela estiver mesmo com o meu filho, eu acabo com a vida dela!

Nosso Recomeço Onde histórias criam vida. Descubra agora