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Pov.Lena

Eu não sei como cheguei em casa e nem o que aconteceu, como fiquei tão bêbada, ao ponto de esquecer, eu bebi apenas três copos e me lembro de não  beber mais, mas comecei a ficar tonta e descontrolada, não faço ideia do que aconteceu, mas algo me diz que estou ferrada e que teria que provar que eu não bebi tanto assim, como pareceu. Acordei com uma dor de cabeça tão forte, que para abrir os olhos, foi um pouco difícil, isso é estranho, nunca tive uma ressaca dessa, levantei com uma dificuldade imensa, tomei banho gelado, tomei aspirina e quando desci, minha mãe me explicou o que houve e nisso percebi, que talvez meu copo tenha sido sabotado, eu deveria ter ficado em casa, com minha namorada e irmão, só assim evitaria problema e como essa minha burrice, concerteza vou ficar solteira e isso não quero.

- mãe, eu juro que não bebi tanto, ao ponto de ficar bêbada- bebo um gole do meu suco de laranja.

- não sei o que aconteceu, mas quando você chegou, estava descontrolada e a Samantha, pediu para você olhar seu celular ao acordar- solto um suspiro e mordo o lábio inferior- filha, eu sei o quanto você ama a Kara e jamais iria a trair ou quebrar uma promessa- eu olho em seus olhos- porém você terá que provar, a sua namorada viu uma coisa e isso acaba fazendo com que o seu lado fique estreito, o Lex não veio para casa e está com a mesma, vai e concerte as coisas, não deixei que eles destruam o amor de vocês e espero que tenha aprendido a lição- beija a minha testa e me entrega o celular.

- onde estava?- pergunto e ela aponta para sala- você olhou?- ela nega, ligo a tela do celular, destravo e leio o que a Samantha escreveu- droga- dou um soco na mesma e minha mãe me olha- mamãe, armaram para mim, eu vou ficar solteira, eu não posso ficar sem o amor da minha vida.

- corre atrás do prejuízo- me levanto, corro para meu quarto, pego a minha carteira, desço para sala, pego a chave da minha moto, me despeço da minha mãe, coloco o capacete, saio indo para garagem, subo no banco, ligo o motor e dou partida saindo dali. Eu estou em desespero, não posso perder a Kara, a minha loirinha é meu amuleto. Chego na casa dela, minutos depois, paro em frente a casa dela, desço da moto, tiro o capacete e caminho até a porta, toco a campainha e a porta é aberta.

- o que está fazendo aqui?- Alex com sua expressão séria, me questiona e eu engulo seco, nessa altura, minhas sogras sabiam e Eliza concerteza iria me matar e jogar meus restos dentro de algum rio, ela me dar medo.

- eu quero falar com a Kah- ela tenta fechar a porta e eu coloco meu pé- eu não queria machucar sua irmã.

- mais machucou, ela saiu no meio da madrugada para te buscar e ao chegar lá, ela encontra você bêbada e aquela garota que sempre dar encima de tu, com a boca grudada na sua.

- eu não a trair- a ruiva faz uma cara de deboche- armaram para mim, me deixa concertar o que causei.

- como você vai provar isso, não ter beijado aquela ruiva, eu acredito, mas agora, pois você é cadelinha da kara e nunca olharia para outra pessoa, mas não ter bebido, fica difícil acreditar, já que o seu jeito ontem, diz o contrário.

- então, você acredita em mim!?- eu pergunto e ela balança a cabeça de um lado para o outro.

- entra, cuidado com a minha mãe, ela quer seu coração- sinto meus pelos do braço se arrepiarem e entro.

- LUTESSA LENA LUTHOR, AQUI- olho para minha cunhada, que está rindo e caminho lentamente até a mesma que fica de pé na minha frente- me dê um motivo para não te matar.

- eu...eu- olho para Sam e depois para Alura- Eliza, eu não queria machucar ela- a loira solta uma risada ironica.

- imagina se quisesse- debocha e antes que posso fazer alguma coisa, Alura a segura pelo ombro- saia daqui agora, já causou problemas demais.

- amor, não é assim, se ela está aqui, é porque quer se explicar- a loira olha para a esposa- ela está no quarto- eu sorrio fraco e subo as escadas, paro em frente a porta do quarto dela, bato e logo a madeira é aberta, revelando o meu irmão, que ao me ver, fecha na minha cara, me fazendo suspirar.

Lex- resmunga e apoio a minha cabeça na madeira.

- vai embora, ninguém quer olhar na sua cara- sinto meus olhos lacrimejar, até o meu irmão está com raiva.

- me deixa explicar, por favor, amor- mordo o meu lábio inferior e coloco as mãos na porta.

- vai embora, Lutessa- ao escutar a voz da minha namorada me chamando do meu primeiro nome, me faz perceber que será mais difícil do que pensei.

- paixão, eu não te trair, não faria isso com você, nunca olharia para outra- a porta se abre e eu quase caio encima da loira, nossos olhos se encontram e estremeço dos pés a cabeça.

- o beijo, eu vi que foi forçado, mas o problema não foi esse, você prometeu que não beberia ao ponto de ficar tão bêbada como estava, isso machucou o meu coração e eu estou magoada com você- vejo que a mesma iria começar a chorar- você quebrou sua promessa Lena e isso me machucou- ela abaixa a cabeça- aquela cena ajudou, claro, porém o que mais me machucou, foi o fato de ter quebrado a promessa.

- paixão, não bebi tanto assim, eu só tomei três copos e depois não entendi mais nada, acredite em mim- engulo a minha vontade de chorar.

- está doendo, eu preciso de um tempo para pensar- entra novamente para o quarto e olha em meus olhos- amanhã a gente conversar.

- não terminei comigo, por favor.

- não vou, mas preciso pensar nisso- fecha a porta, apoio minha cabeça na madeira e fecho os olhos.

- eu te amo, amor- me afasto da porta, desço as escadas e saio da casa, subo na minha moto, ligo e saio dali, minha namorada tinha razão, Pamela nunca prestou e eu ainda tentei ser amiga da ruiva e ela me passa para trás. Eu vou resolver isso, de uma vez por todas.

Estaciono na frente da casa dela, olho para o cima, levanto a frente do meu capacete, aperto a buzina e a porta se abre, revelando a Pamela, que ao ver que era eu, abre um sorriso e vem até a mim, parando ao meu lado.

- Tess, você por aqui- tenta me tocar e eu desvio- o que foi? Está tão séria.

- você é muito cara de pau, eu tentei ser sua amiga e pensei que continuar conversando com você, não seria um problema, mas me enganei- olho em seus olhos- você sempre teve inveja da Kara, por eu amar ela e você não, eu confiei em tu, pensei que poderia contar com a sua compreensão e até mesmo com a sua ajuda.

- mas, você pode- responde e eu solto uma risada sarcástica.

- eu vim para sua festa ontem e você me drogou, me beijo e tentou acabar com meu namoro, mas sabe de uma coisa, você não conseguiu, mesmo se tivesse conseguido, eu nunca olharia para você, como olho para a minha namorada, entende de uma vez por todas, eu sou apaixonada pela kah e nada nem ninguém vai mudar isso- abaixo a frente do meu capacete- a nossa amizade acaba aqui, Pamela- ligo a moto e arranco saindo dali.

Dirijo até uma praia que tem pedras e vive vazia, estaciono, desço, tiro meu capacete, prendo na moto, caminho até o local, subo em uma das pedras e me sento nela, fico pensando no que posso fazer para minha namorada me perdoar, não irei desistir de tentar, eu não posso viver sem ela, só de pensar nisso, me assusta e não irei permitir, vou lutar para conseguir a confiança da loirinha novamente.
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Bom dia, meus amores, como vocês estam? Espero que bem.

Apaixonada pela Melhor AmigaOnde histórias criam vida. Descubra agora