Capítulo 1

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Fazem dez anos que o mundo o qual eu conhecia acabou

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Fazem dez anos que o mundo o qual eu conhecia acabou.

A terra como chamávamos parou de existir, dando lugar ao reino de Evren, um único governo, ou melhor uma única monarquia, que governa toda a esfera.

A família real Halfeti junto a seus aliados, invadiram o planeta com o intuito de repovoa-lo e revive-lo, digamos que as duas coisas deram certo. Eles não vieram de outro planeta, mas sim de outro mundo, o mesmo tem o nome igual ao do reino.

Sim, eles possuem magia coisas que antes de tudo eu tinha lido em livros gastos que encontrava pela cidade. Alguns possui aparências incomuns, como cabelos e olhos de cores que humano algum nasceria.

Depois do dia da invasão eu fiquei em coma por um mês inteiro, fui salva por um dos soldados de Evren. Ele cuidou de mim, me deu um nome diferente do que eu tinha, o que eu nunca reclamei, pois Heloísa Borges morreu naquele dia. Hoje o chamo de pai, um homem bom que me adotou como filha. Edgar Amon, já tinha uma filha um pouco mais velha que eu, Liria. Os dois em aparencia são o oposto de mim, ambos são loiros, olhos verdes e altos como a maioria do evrerianos. Ela não gosta muito de mim, hoje é uma das comissárias do reino, nosso pai ainda foi promovido a comandante no exército do sul e nós mau o vemos. Liria viaja apenas quando o rei precisa que alguém leve notícias para os governadores do Sul, coisa que ela está fazendo agora.

Evren é dividida em quatro fontes,  onde oito governadores ajudam ao rei e a rainha a governar tudo. São dois governadores no sul, dois no leste, dois no oeste e mais dois no norte perto do extremo norte que é onde fica o castelo principal da família real e onde vivo.

Dizem que sou dama de companhia, mas está mais para uma faz tudo. E é por isso que me encontro cansanda, com o corpo pedindo socorro para que eu pare e me deite, mas nem tudo é flores. Preciso limpar todo o quarto que estou agora para a chegada de alguns evrerianos mais importantes que vão comemorar o solstício de inverno no baile que terá.

O quarto que estou limpando é o menos preferido meu, ele é preto com detalhes em rosa, a cama com dossel que lembra dragões, com o disaing clássico.

— Europa, estão te chamando no salão dos ventos. — Melina me chama me assustando ao ponto de que bato a testa na quina da mesinha ao lado da cama.

Ela é uma dama de companhia que exercesse sua função, e sempre que alguém importante vem ao castelo  fica encarregada de cuidar deles, junto as outras meninas.

— Sabe me dizer para o que é? Ainda não terminei esse quarto. — Pergunto assim que me recupero da dor na cabeça.

— Não sou garota de recados, apena vá. — Ela diz irritadiça saindo do cômodo logo depois.

Suspiro fundo, estralo os ossos travados da coluna que dói tanto que já estou prevendo mais uma noite em claro chorando de dor. Por conta da minha desnutrição na entrada da adolescência o meu corpo nunca foi saudável, poucas foram a vezes que realmente estive realmente bem, demorou muito para que eu conseguisse o peso de alguém da minha estatura e idade e ainda assim pareço ser mais jovem do que uma adulta de vinte e três anos deveria ser.

Tiro o carrinho com os utensílios de limpeza de dentro do quarto e o ponho em um canto no corredor sabendo que alguém da limpeza assim que passar o levará.

Desço os intermináveis degraus da escadaria que dá até o hall de entrada, onde possui um lustre de cristal rosa que desce em camadas, ele é a minha luminária favorita de todo o castelo.  Depois de admirá-la sigo o para a leste onde fica o salão dos ventos e onde será o baile de inverno.

Ao chegar lá vejo alguns homens subindo algumas decorações pelas paredes de pé direito duplo, olho em volta mas ninguém presta atenção em mim ao ponto de terem me chamado, torço para que não seja mais uma das brincadeiras idiotas da Melina com o intuito de me fazer passar vergonha.

Adentro mais no salão, olhando em volta vendo o quão bonito tudo está ficando. Tenho vontade de ir aos bailes da corte desde que soube da existência dos mesmos, mas nunca pude ao menos servir neles. A cozinheira chefe, Milagros, nunca me permitiu trabalhar nos bailes pois segundo a mesma eu não seria capaz de aguentar o peso das bandejas.

— Você é Europa Amon? — Um rapaz que reconheço como um dos guardas pergunta.

— Sou sim, uma das damas de companhia me avisou que estavam me chamando. — Respondo me sentindo aliviada por não esta fazendo papel de trouxa aqui.

— Precisamos de alguém pequeno para entrar no forro e então amarrar o pinhão para a comemoração do solstício de inverno, como não temos crianças no castelo me falaram de você. — Enquanto ele fala sem parar o que devo fazer meus olhos estão fixos no topo onde fica o forro. — Você sabe que é uma tradição quebrar o pinhão para que os primeiros flocos de neve caia, não é? — E é com o questionamento dele que volto a mim.

— Acho que não sou a melhor pessoa para fazer isso, tenho pavor de altura, me desculpe.

— Mas a senhorita tem o tamanho certo, nós ajude para concluirmos isso o mais rápido possível só é dá um nó forte na corda, por favor. — Juro que penso em recusar mais uma vez, ir embora terminar o que tenho para fazer, mas Ofélia a governata do castelo chega xingando a todos pela demora então por fim eu aceno que sim. — Que bom, venha vamos te levar até lá em cima tem uma entrada que caberá você bem no meio você deve amarrar a corda. Me desculpe, mas acho que não me apresentei sou Dylan Kamal guarda real. — Ele finalmente se apresenta.

Dylan é um das muitas pessoas que evito dentro do castelo, não por ele ser alguém ruim, mas por ter muita fama, ele é conhecido por todos, eu não sabia seu nome apenas por implicância. Tentei evitar pessoas conhecidas no castelo por ser mais fácil me passar despercebida, já é difícil demais ser uma das poucas humana no meio de tanto evrenrianos. O seu cabelo é castanho claro e curto, ele possui sobrancelhas grossas que diriam ser uma versão masculina da minha, seu maxilar quadrado e corpo forte me dão um pouco de medo, mas dentre tudo isso ele é muito bonito.

— Essa é a senhorita Europa Amon, ela irá nos ajudar a suspender o pinhão para o solstício de inverno. — Dylan me apresenta aos outros que apenas acenam com a cabeça.

No exato lugar onde o pinhão que lembra um floco de neve deve ficar tem um andaime enorme, eles me explicam onde devo pisar e entra no forro, depois enfiar a mão no círculo onde deveria ter um lustre,  puxar a corda e por fim amarra-la no ferro que tem preso no teto.

Começo a subir pelo andaime já sentindo as minhas pernas fraquejarem, por conta do medo de altura. Não me preocupo que eles vejam algo lá de baixo pois o uniforme preto que indica que trabalho apenas dentro castelo tem um shorts legui que vai até acima dos joelhos um pouquinho mais curto que a barra do vestido preto de botões com detalhes em arabescos dourados na gola.

Finalmente chego no forro e na abertura que cabe uma pessoa do meu tamanho, vejo que o círculo onde vou puxar a corda é um pouco longe, a única coisa que se passa pela minha cabeça nesse momento é se é seguro ir até lá.

Enfim tomo coragem de entrar, engatiando pelo forro eu sigo o mais cautelosa possível até o ponto em específico, mas tragédias são os meus carmas.

Em um piscar de olhos o gesso sede comigo em cima e em outro piscar de olhos eu estou caído de praticamente  seis metros de altura em direção ao piso branco.

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