Capítulo 11

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O quão idiota eu devo parecer para as pessoas a minha volta? Eu não vou ser levada a sério nunca? O vestido que eu achei ser o mais belo que já tinha visto é um presente de "cala boca você tem que aceitar o que eu acho e ponto"

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O quão idiota eu devo parecer para as pessoas a minha volta? Eu não vou ser levada a sério nunca? O vestido que eu achei ser o mais belo que já tinha visto é um presente de "cala boca você tem que aceitar o que eu acho e ponto".

Entro na primeira porta que me vem a frente a mesma dá para um escritório, me sento no chão perto da prateleira de livros. Choro encolhida, querendo verdadeiramente sumir, querendo voltar no tempo e não ter vindo para esse maldito baile.

— Passarinho? — Zander me chama do lado de fora do cômodo onde estou, tenho quase certeza que ele já sabe que estou aqui e só não entrou ainda porque quer que eu acredite que ele me respeita.

Eu não repondo ao chamado sem sem-noção dele, mas como eu já previa ele abre a porta e entra vendo o estado lamentável o qual eu me encontro.

— Sai daqui! — Berro.

— Passarinho, eu não quis te ofender ou algo parecido quando te mandei esse vestido, eu só queria que você me desculpasse. — Ele diz. 

— E a sua melhor ideia foi comprar essa desculpa? Céus! você não ver o quanto isso é ridículo. Em um momento você está me chamando de vadia...

— Eu não disse isso! — Ele diz entre dentes.

— E falar que eu ando me esfregando com o Dylan e o Hector é insinuar que o eu sou o que? Uma puritana? — Praticamente cuspo os questionamentos.

— Passarinho...

— Não me chame assim!

— Tudo bem, desculpa. Eu fui ensinado que quando você quer pedir desculpas deve presentear antes disso.

— E você nunca percebeu que a sinceridade e o mínimo de consideração resolveriam? Céus, eu não quero os seus presentes, o seu convite para o baile, o seu vestido. A única coisa que eu quero, não só de você, mas sim de todos é que me enxerguem como alguém digno de um pedido de desculpas.

— Eu... — O príncipe não termina de falar pois um tremor forte começa literalmente do nada.

As coisas nas patreileira e mesas começam a cair, e eu volto a me sentar no chão sentindo que a minha cabeça vai explodir, já não conseguindo respirar, as minhas lágrimas parecem me sufocar tanto que quanto mais tento puxar o ar para os meus pulmões fica impossível.

O príncipe se ajoelha em minha frente, suas íris cinzas que estão dilatadas correm por cada centímetro do meu rosto, preocupação banha a feição bonita dele neste exato momento.

— Passarinho, o que ouve? Está tudo bem? — Eu não consigo responder ao questionamento desesperado de Zander apenas tento negar com a cabeça enquanto tento de todas as formas respirar.

As mãos frias dele vão de encontro ao meu rosto, sinto ele enxugando as lágrimas que caem como torrentes pela minha pele.

— Respira, por favor. Vamos contar juntos até dez, está  bem? — Eu assinto e mesmo querendo ele me solte, eu deixo que ele me toque e tente me tirar dessa aflição interna que está me matando.  — Um... dois... três... — E assim juntos com pausas para respirações profundas, enquanto tudo treme a nossa volta, contamos até dez o que me acalma significantemente.

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