Parte 2

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ZANDER HALFETI

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ZANDER HALFETI

A um pouco mais de dez anos a antiga Evren estava perto do seu fim absoluto. Lembro de ser um lugar próspero, bonito e mágico aos olhos de qualquer um, mas por uma punição dos cinco deuses e um ato de misericórdia final eles nos deram passagem para onde chamavam de terra.

E cerca de cinco meses depois de uma conquista nenhum pouco difícil um garoto de quinze anos teve a maior de suas surpresas. Apesar que não seria surpresa para ninguém que eu poderia ter uma aliança de alma pois meus pais eram um do outro, mas ambos demoraram anos afins para se encontrarem.

Eu a encontrei com quinze anos em um jardim no meio do inverno. Ela parecia abatida, cansada e até mesmo doente, mas seus olhos brilhavam para as poucas flores que lutavam contra o frio como se nunca as tivesse visto.

As íris castanhas não se direcionaram a mim em nenhum momento, não que eu estivesse à vista, mas mesmo assim eu senti a baque do sentimento de aliança de alma, era como se eu nunca mais fosse me sentir feliz se deixasse de olhá-la.

E assim se passaram dois anos, eu a observando de longe a vendo melhorar, rir para as pessoas que não eram eu e isso me doeu, mas me doeu ainda mais a primeira vez que trocamos palavras. Eu estava destraido, tinha acabado de discutir com meu pai que tinha decretado que assim que eu fizesse dezoito anos eu teria que viajar por um tempo pela nova Evren, no intuito de conhecer o mundo o qual eu governaria.

Eu juro que não queria ser grosso com ela, ou até mesmo fazê-la cair com a merda de um esbarrão, mas tudo aconteceu tão rápido. Em um momento senti alguem se chocar contra mim, em outro momento meu coração estava prestes a explodir de vê-la tão próxima e em um instinto idiota eu perguntei se ela estava cega e saí correndo.

Eu me odeio todos os dias por ter feito da primeira lembrança que a Europa tem de mim tão chula e babaca, a minha passarinho tem a pior lembrança que alguém poderia ter de uma pessoa destinada a ser sua aliança de alma.

Eu me martirizo tanto por isso.

Mesmo que eu voltasse sempre que podia depois de finalmente viajar ainda não era mesma coisa, havia vezes que não conseguia vê-la o que me doía tanto, que cheguei a ficar doente centenas de vezes. A última vez que voltei por muito pouco não conseguia a salvar de uma queda de metros de altura suficiente para matá-la, eu não me lembro de ter ficado tão preocupado.

Mas eu nunca soube como reagir.

A aparentemente o meu ar de babaca arrogante sempre me atrapalhou, fez com que ela rejeitasse a ir comigo ao baile de equinócio de outono, mas também eu a fiz limpar algo que ela não tinha culpa alguma.

Fui grossa com uma colega de trabalho dela ao ponto de vê-la se encolher por minha causa, por meu tom de voz.

Ela deveria me odiar.

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