Cada tremor mais forte parece me levar para o meu passado. Meus pés parecem pesar enquanto desço os degraus intermináveis da escada, o que me conforta nesse momento é não está sozinha.
A mão de Zander me seguram com tanta força que mesmo se estivesse me machucando eu não reclamaria. Por ironia do destino, eu tropeço quando estamos chegando na porta de madeira antiga que dá para o interior do castelo.
Eu sou completamente patética.
Mesmo indo ao chão e sentindo uma dor dilacerante no tornozelo, a mão de Zander que me segurava não me solta o que faz ele parar e perceber o meu estado deplorável.
— Você está bem? — Ele pergunta se abaixando até onde estou, meus cabelos são tirado da frente do meu rosto pelo mesmo.
Eu me encontro uma bagunça de choro, dor e vergonha.
— Acho...acho que machuquei o meu pé. — Digo a Zander em meio ao choro que se intensifica a cada vez que o tremor aumenta.
O príncipe não pede para que eu pare de chorar, apenas me põe no colo e sai comigo para dentro do castelo, especificamente para o último pavimento do castelo.
— Príncipe? — A voz que reconheço ser de Dylan parece alarmada, e mesmo não vendo seu rosto sei que ele está com sua carraca preocupada. — Ela está bem? Quer que eu leve para casa?
— Está louco, o tremor ainda não parou. Ela vai para o meu quarto, pessa para alguém levar uma fatia de torta de limão assim que essa coisa acabar. — Quero ralhar com o Zander pelo tom que ele usa com o meu amigo, mas eu não consigo parar de chorar enquanto tenho o rosto enterrado em seu peitoral. — Há, e diga que as barreiras ainda estão de pé aos outros. — Dylan murmura em concordância e se vai.
O príncipe entra em seu quarto comigo ainda em seus braços, os tremores estão passando cada vez mais para o meu alívio. Ele me põe devagar na cama, me sinto em um poço de vergonha agora que me encontro mais calma.
— Está doendo muito? — Ele tira a minha sapatilha, fazendo uma leve pressão no meu tornozelo dolorido.
— Só um pouquinho. — Digo vendo ele levantar uma sobrancelha como se não estivesse acreditando em mim. — Não foi nada que gelo não vai curar.
— Vou chamar a minha mãe. — Ele faz menção em se levantar, mas eu seguro pelo pulso.
— Não faça isso já está tarde, eu aguento até amanhã. — Mais uma vez ele me fita com um olhar questionador. — Se piorar eu juro que te falo. — Digo séria e ele parece acreditar.
Os tremores finalmente se vão depois de um tempo, e enquanto isso sinto o carinho do princípios entre os meus fios que devem estar uma bagunça nesse momento. Alguém bate na porta o que faz ele se afastar de mim e sair da cama para ir abrir a mesma, confesso que quase gemi de insatisfação enfiando meu rosto no travesseiro.
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O Dispertar Da Nova Evren
FantasyApós a devastação da Terra e a invasão pelo reino de Evren, Europa, uma jovem humana de saúde frágil, é encontrada à beira da morte e adotada por um soldado Evreriano. Crescendo como uma dama de companhia no castelo de Evren, Europa enfrenta precon...