Faço com que o príncipe vá na frente e me deixe arrumar as coisas antes de ir, o que má verdade só foi uma desculpa. O que eu iria responder se chegasse com o príncipe ao meu lado, as pessoas iriam me infernizar tanto que eu não quero imaginar o quanto eu me estressaria.
Imagina eu a garota que para eles só trabalha no castelo por conta do pai, chegar ao lado do príncipe, o homem mais poderoso de Evren e futuro rei. Eu seria tão otimizada que a demissão seria a minha melhor a amiga na melhor das hipóteses.
— Chagando a esse hora como se não tivesse trabalho deve ser maravilhoso, não é? — Madame Ofélia questiona assim que ponho os pés na cozinha.
A mulher que comanda toda a organiza do castelo não está sozinha, Melina e Milagros me olham como se eu fosse a pessoa mais suja que já parou em frente a elas. Melina parece ainda mais irritada com a minha aparição do que quem pode me demitir, ela vem sendo mais rude comigo desde que a senhorita Dominique Sunflawer foi embora junto com a irmã novamente para sul.
— Me desculpe Madame Ofélia, mas... — Eu não termino de responder pois uma movimentação começa na porta de entrada que dá para os outros cômodos do castelo.
Eric aparece sorrindo conversando animadamente com algumas criadas, que parecem querer arrancar um pedacinho dele apenas para provar que estiveram ao lado de um homem tão bonito como ele, acho que as mesmas só não fazem isso com o príncipe que ao meu ver é bem mais bonito porque o mesmo não dá tal liberdade.
— Bom dia, ou boa tarde, eu não sei. Eu não quero incomodar, mas acabei perdendo o café da manhã por dormir muito, mais uma vez, e acho que a minha fome não vai aguentar até o almoço. — Ele diz olhando especificamente para Milagros que acena freneticamente para ele. — Aí está você, Europa, que bom seguiu minha recomendações em não vir trabalhar tão cedo enquanto estiver me ajudando. — O sorriso cúmplice do governador me faz soltar um riso soprado, sei que ele só falou em voz alta para todos escutarem por saber que eu estava levando mais um dos meus milhares de esporros.
Eu sei que ele acorda tarde a maioria das vezes, segundo ele, o mesmo se dá ao luxo porque está aqui, mas eu sempre gosto de chegar cedo e deixar tudo pronto como por exemplo pedir o café da manhã dele e não causar esse transtorno dele vir parar aqui.
Depois que o governador Eric termina de comer, o acompanho até até seu quarto e o ajudo a escolher o que ele irá vestir, optamos por algo mais casual mais ao mesmo tempo quente por conta do inverno que ainda bate na porta, apesar de hoje está fazendo um sol particularmente acolhedor tanto que tirei meu casaco na metade do caminho enquanto vinha trabalhar.
— O que acha de irmos dá uma volta no jardim? Preciso tomar sol, a proveitos que hoje esta um dia agradável. — Eric pergunta assim que termina de se vestir com a vestimenta que escolhemos.
— Por mim tudo bem. — É o que digo, apesar de que não é como se eu tivesse a opção de dizer não.
Caminhamos lado a lado para o levado que nos leva até o térreo, do hall principal de entrada pegamos um dos caminhos que leva até o jardim que deve está menos colorido que o normal por conta da estação.
Mesmo sendo inverno algumas flores teimam em desabrocha, poucos flocos de neve banham as folhas verdes dos arbustos que parecem cortados. Trabalhando diretamente com o governador Eric eu percebi que não temos muitos em comum, não que ele seja um homem ruim de se conviver mas não temos o que conversar.
— Lembro de quando éramos mais jovens, recém entrados na adolescência, você menor que o normal para uma garota da sua idade e mesmo assim chamava a atenção de todos por sua beleza equiparável.
— Não fale como se fosse apaixonado por mim governador, eu nunca fui muito atraente a esse ponto, minha aparência sempre foi mais infantil do que eu gostaria.
— Mas mesmo assim linda. — Ele para me encarando ao dizer. — Eu não me arrependo de ter discutido com a Liria por sua causa, me arrependo de ter ido embora sem... — Ele não termina de falar, apenas se aproxima de mim e me puxar para perto de com um único braço.
Meus olhos automaticamente se arregalam, o que diabos está acontecendo aqui? Eric inclina o rosto se aproximando do meu, ele fecha os olhos projetando os lábios levemente para frente.
Ele vai me beijar?
Eric é lindo, como já falei, é gentil e um cavalheiro, mas eu não quero nada que seja relacionado a algo amoroso com ele. Mas eu não sei como sair dessa, meus inclinando meu corpo para trás e tentando me soltar ele me aperta ainda mais contra si. Quando ele chega mais perto desvio o rosto automaticamente, mas o governador é um homem que nao desiste fácil e com sua próprias mãos ele tenta trazer meu rosto de volta para que o mesmo tome meus lábios com o seus.
Me desespero com a atitude dele começando a me debater, e quando faço menção em gritar sua mão grande a tapa me impedindo.
— Não precisa se assustar, eu só quero o que deveria ter acontecido a muito tempo. — Ele diz ofegante já se cansando de me segurar. — Pelo que você falou eu serei o seu primeiro beijo, não é? Não relute tanto Europa e me der esse presente. — Lágrimas já molham o meu rosto nesse momento.
Assustada já não é mais bem a palavra eu sou apavorada. Quem é esse homem em minha frente, ele é o mesmo homem que venho trabalhando a dias?
Eric segura o meu rosto apertado a minha maxilar me impedindo de gritar nem ao mesmo que seja de dor, ele fica o meu rosto para que eu não consiga mais desviá-lo, mas quando já estou praticamente sentindo sua respiração contra minha pele alguém tenta tirá-lo de perto de mim, mas o impacto é tão grande que também vou ao chão.
Meu braço queima o que significa que devo ter me machucado, esculto socos e xingamentos enquanto tento me recuperar, meus olhos procuram de onde vem e então vejo Zander literalmente em cima de Eric enquanto o bate.
Sei que o príncipe é o futuro rei, mas o que achariam se o visse de tal forma com um governador por conta de uma crida como eu? Me ponho de pé mesmo sentindo que quebrei todos os ossos e começo a pedir para que o príncipe pare.
— Príncipe por... por favor! — Repito várias vezes enquanto choro toma conta de mim, mas ele não parece me escutar. É quando resolvo tomar uma atitude arriscada, mas que se não o fizer ele matará o outro por minha culpa.
Eu literalmente me jogo em cima do príncipe o abraçando por trás, ele quase acerta um cotovelada em meu rosto, mas eu consigo me livrar a tempo me encolhendo contra seu corpo e quando ele para. Sinto sua mão tocar a minha que apera a parte do tecido da camisa que cobre o tórax.
— Por...favor... Zander, me tira daqui. — Peço sabendo que dessa vez ele me escutou.
O príncipe se põe de pé comigo ainda agarrada nele, ele não se vira para me fitar quando solta os meus braços da sua cintura e sai me puxando pelo pulso. Sei que ninguém escultou tudo que aconteceu por ao menos ter um guarda por perto o que só encontramos quando já estamos dentro do castelo.
— O governador Eric caiu no jardim está um pouco machucado o tire de lá e ajude com as malas ele irá voltar hoje para o Oeste. — Os dois guardas assetem, olhando de mim para o príncipe e do príncipe para a mão dele em meu pulso. — Não me escutaram? — Os homens arregalam os olhos e saem na direção que viemos.
Penso em me soltar de Zander agora que já estou longe do Eric, mas ele não me dá a chance me levando para o levado mais próximo.
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O Dispertar Da Nova Evren
FantasyApós a devastação da Terra e a invasão pelo reino de Evren, Europa, uma jovem humana de saúde frágil, é encontrada à beira da morte e adotada por um soldado Evreriano. Crescendo como uma dama de companhia no castelo de Evren, Europa enfrenta precon...