Capítulo 1-Um ano atrás

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Os significados das palavras em italiano, colocarei sempre no final de cada capítulo, para melhor entendimento. E mais, eu sempre reviso o capítulo, antes de postar, porém sempre me passa algo despercebido. Então perdoem algum erro


É isso, boa leitura ♥️❤️.

Ele é a personificação do pecado

Ele é a personificação do pecado

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1 ano atrás...

As luzes refletiam sobre mim, quase deixando-me cega. Eram tons misturados, entre vermelho,um verde florescente e azul. As luzes giravam por todo ambiente,e a música alta, estourava meus ouvidos. Eu não sei o porquê, deixei Molly me convencer a vim. Quer dizer, eu era novata, só estava dois meses na faculdade.

Eu já conhecia algumas pessoas,mas apenas poucas. Mesmo assim,ela me arrastou para cá, disse que eu precisava um pouco de distração. E eu sabia que era verdade, eu não tinha nada contra festas ou coisa do tipo. Apenas não era o ambiente que eu frequentava.

Eu não era careta, ou tentava ser certinha e santa demais. Eu só não me encaixava em certos lugares. Eu era reservada e de poucas palavras, não era rodeada de amigos, pois tinha trauma de muitas amizades.

Ok, esqueça isso Charlotte, pelo menos essa noite.

Suspirei e tentei me descontrair, apesar de sentir meus ouvidos latejando, por conta da música. Molly segurava minha mão e eu tentava acompanhá-la com os coturnos pretos de saltos, que ela me convenceu a usar. Ela me arrumou toda, pôs uma saída de coro em mim, junto com um top preto, que cobria um pouco minha barriga. Meias arrastão e o coturno, um belo delineado gatinho e um gloss de cereja, além de uma marcará de mulher gato.

Eu gostava da Molly, ela não escondia sua verdadeira personalidade. Era solta, animada e falante. Me arrastava para o shopping, restaurantes, praias e se eu recusasse, era capaz dela me carregar nas costas. Eu não era como ela, nem de longe. Mas eu admirava sua perseverança e determinação, sua vontade de viver, sua alegria.

—Vamos beber?.—gritou através da música alta.

Eu não costumava beber, eu tentava deixar isso de lado. Na adolescência eu bebia para esquecer a dor e minha mente, memórias ruins. Eu achava que a bebida era minha salvação, que com ela eu poderia fugir do mundo. Mas não era bem assim, para uma garota de 15 anos, isso era um fim trágico. Então, minha mãe deu um basta nisso, me levando a psicólogos, terapeutas, para ajudar-me. No começo eu negava ajuda, ia à força às sessões. E ficava sentada de braços cruzados na poltrona fofa, enquanto a psicóloga tentava puxar assunto. Não foi fácil, mas aos poucos, deixei que me ajudassem.

Não estou cem por cento curada, mas estou bem melhor,que antes.

—Tá bem!.—gritei através da música e ela sorriu.

LOGAN | VOL. IOnde histórias criam vida. Descubra agora