LOGAN | VOL. I

Capítulo 31- Ação de graça

Logan deslizou sua boca pela minha garganta, até chegar no meu queixo e o chupou. Sua mão puxou minha nuca, o que fez eu fixar meu olhar no dele. O mesmo me encarava com selvageria, parecendo faminto e que poderia me devorar aqui mesmo.

—Se você soubesse, as coisas que estou pensando agora.—sussurrou ofegante.—As coisas perversas, que Io faria con você.

—Que tipo de coisas?.—perguntei, descendo meu olhar para sua boca.

—Io preferiria te mostrar.—subi meu olhar para o dele.—Fazê-la sentir, gemer, gritar. Diga que quer, e Io faço, diga que me quer dessa forma.

É claro que eu queria, eu o queria dessa forma.

—Eu quero. Mas é que...—travei antes de falar.

Mesmo que eu quisesse transar com ele, sentir todos os prazeres que ele podia me proporcionar. Eu sabia que aquelas velhas lembranças apareceriam. Eu estava condenada, estragada para outros homens, inclusive para Logan. Quem eu poderia enganar? O passado sempre estaria presente, não importa onde eu fosse, ele me perseguiria.

—Mas o que?.—perguntou.

—Eu não consigo, desculpe.—forcei para descer, e Logan me segurou me ajudando descer.

Um nó se formou na minha garganta, eu tive que ser firme para não chorar.

—Por que no?.—perguntou.

—Você não entenderia.—suspirei.—Eu só, não posso mais fazer isso.

—Se você me contassem, talvez Io entenda.—falou calmamente, ainda me encarando.

—Por que eu contaria? Nem somos amigos Logan.—falei o óbvio, e ele suspirou.—Não é como você se importasse. Só quer saber por você mesmo, o motivo porquê não transo com você. Não é como se você estivesse preocupado comigo.

—Por que sempre acha isso? Que no me importo com você?.—questionou.

—Porque é a verdade, você me odeia, nem me suporta. Por que se importaria comigo?.—o encarei séria.

—Io te odeio tanto, que te salvei do Brad. Trouxe você para cá, cuidei de você, te alimentei...

—É, e depois me demitiu, destruiu meu quarto!.—o cortei.

—Devo lembrá-la que, você quebrou algumas coisas miei. Eu apenas revidei!.—se defendeu.

—Nossa, isso muda muita coisa!.—revirei os olhos.

—Se quer suo emprego de volta, Io devolvo,  e compro outra escrivania para você!.

—Ué, achei que eu não valesse apena!.—disse com mágoa e sua expressão parecia de arrependimento.—Que tinha funcionários de sobra, e que não precisava de mim!.

—Io sei o que disse, Charlotte. E talvez você no acredite em me, mas lamento pelo o que falei.—o olhei incrédula e ele parecia realmente sincero.—Talvez você esteja certa, melhor pararmos por aqui.

—Está me dizendo que, vai me deixar em paz definitivamente?.—perguntei sentindo meu coração apertar.

Raios!.

—No era isso que queria? Se ver livre de me? Sem contato ou amizade. Dessa vez será diferente, Io no falarei mais con você, nem olharei na sua direção. Irá ser igual o ano passado, seremos due desconhecidos.—avisou e eu engoli seco.

Por que eu não conseguia ficar feliz, por isso?.

Era tudo que eu queria, certo?.

—Mas você no irá ficar próxima do Kai.—exigiu.