Capítulo 22- Resgate

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Subi às escadas rapidamente, parando no corredor imenso, com o chão tão brilhante, que eu me via nele. Damon parou ao meu lado, e andamos na direção do quarto de Aaron, esperando que ele tivesse lá. Estávamos disposto a tirá-lo daqui com Adele, lutaríamos por eles, assim como Damon lutou por mim e eu por ele. Paramos em frente a porta, que estava trancada.

—Aaron, siamo noi, Logan e Damon.—falei através da porta.

Fratelli!.—ouvimos ele gritar e a porta se aberta rapidamente.

O mesmo não esperou um segundo sequer, e me agarrou com pressa. Não o afastei, e o envolvi, protegendo-o. Aaron se separou e abraçou Damon da mesma forma. Aaron tinha crescido muito, a última vez que eu o vi, ele tinha seis anos, e agora quase onze. Olhei para dentro do quarto, vendo Adele sentada na borda com os olhos lacrimejantes.

A mesma não me olhou, talvez com medo. Eu fui embora quando ela tinha dois anos, e desde então, eu mantinha contato com ela, por ligação, junto com Aaron. Ela sabia quem eu era, e gostava de mim. Ela parecia tão indefesa e medrosa, e aquilo apertou meu coração. Se eles a tivessem torturado, eu mataria eles.

Me aproximei dela, que se encolheu, me olhando assustada. Ela parecia em trans, com medo até do vento.

—Calma principessa, sou Io o Logan, o tuo fratello.—falei calmamente me aproximando dela.—Lembra-se? Nós falamos por ligação, você Io e o Aaron.—agachei-me diante dela, que recuou assustada.—Calma mio amoré, no irei te machucar.

—Logan...—falou baixo e arregalou os olhos, parecendo ter acordado do trans, e finalmente ter se tocado, que era eu.—Logan!.—falou com mais firmeza dessa vez, e pulou no meu pescoço, me abraçando.

A abracei com força, aliviado por ela não me temer mais. Ela estava amedrontada, e eu queria saber o motivo. A ouvir chorar contra meu pescoço, e meu coração doeu. Olhei para Damon, que estava em pé, ao lado de Aaron, segurando sua mão. Olhei para seu braço e vi marcas roxas, parecendo recentes, e olhei para Adele, vendo seu bracinho também roxo, e aquilo me enfureceu.

I miei figli!.—ouvi a voz de Patrizia, e meu sangue ferveu.

Me separei de Adele, porém segurando sua mão. Olhando para a puta que me pariu. Eu odiava essa mulher, com todas minhas forças, assim como eu odiava meu pai. Eu odiava ser filho deles, ser dessa família, ser alguém parecido com eles. Que tipo de monstros eles eram? Machucar duas crianças dessa forma? Eu aguentei, Damon aguentou, mas eu não deixaria meus irmãos passarem por isso.

—Sua desgraçada, o que fez con eles?.—gritei sem ao menos me importar, se ela era minha mãe.

Ela nunca foi!.

Ela foi o monstro que me criou. Ela arregalou os olhos, e desceu olhos para Adele, que a olhava amedrontada, e se escondeu atrás de mim.

No fiz nada! E no grite comigo, sono tua madre!.—gritou me encarando com arrogância.

Io grito como quiser! No aja como se fosse mia madre!.—retruquei.—O que fez con eles?.

Io no fiz nada.—continuou mentindo.

—Os braços deles estão roxos!.—Damon esbravejou irritado.

—Sabem como são bambini, se machucam por qualquer coisa.—falou cínica e eu cerrei os dentes.

—Ah claro, da mesma maneira que noi machucávamos, no é?.—Damon zombou.

—Se machucavam porquê mereciam.—advertiu.

LOGAN | VOL. IOnde histórias criam vida. Descubra agora