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•MATEO•
𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝


Minha vida sempre tinha sido um caos repleta de barulho e bagunça, minha mente era a causa dos meus maiores problemas. A realidade era que todo dia eu lutava para mantê-la em silêncio, e não era um trabalho nada fácil.

Olhei para aquela caixinha de aliança em minha mão e memórias vieram para minha mente. Ela foi a única que fez o barulho se tornar suportável e saber que aquela mulher não estava mais em meus braços era uma tortura.

Apaguei todos os pensamentos doloridos e guardei a aliança dentro do porta-luvas, eu precisava rapidamente superar isso.

Saí de dentro do carro e garanti que as portas estivessem trancadas com segurança. Fui em direção ao elevador do estacionamento e em instantes eu estava na porta do meu apartamento.

Voltamos para o lugar vazio e silencioso.

Abri a tranca de uma maneira lenta e foi impossível segurar as batidas aceleradas do meu coração. A raiva logo se preencheu quando notei de quem era a figura.

— Puta que pariu, Jonathas! — Meu amigo me olhou com um sorriso nos lábios.

— Oi para você também — Ele levantou e se aproximou — Decidi vim vê meu amigo já que ele não vai até mim.

— Pode me explicar como caralhos entrou na minha casa!? — Fechei a porta ainda chocado.

— Tenho os meus truques, agora pare de reclamação e me dê um abraço.

A raiva logo abaixa do meu corpo e eu abro um sorriso para ele, o abraço como se tivesse décadas que não nos víamos. Odeio admitir a saudade que senti desse brutamontes.

— O que veio fazer aqui?

— Espera, antes quero que me explique isso aqui — O moreno foi em direção ao sofá e pegou uma renda que estava alí — Por que tinha uma calcinha na cama de hóspedes?

— Não é o que parece — Fui em direção ao bar.

— Tudo bem Mateo, sabe que eu te aceito de qualquer jeito.

— Não seja besta — Ele riu como o idiota que era — É de uma amiga que veio aqui.

— Uma amiga esqueceu a calcinha dela na cama? — Seu sorriso se tornou malicioso.

Sim, eu tive uma convidada bem íntima na noite anterior e ela não era nada mais, nada menos, que Paula, a coordenadora da escola. Por algum motivo sentia que tinha feito uma grande besteira graças a isso.

— Deixa a porcaria da calcinha onde estava — Entreguei uma bebida para ele — Me fala logo, como anda as coisas?

— Eu e Nati finalmente assinamos os papéis do divórcio, agora sou um homem solteiro.

— Não posso acreditar que vocês terminaram mesmo.

— Por sorte não foi algo tão irritante, pelo menos terminamos de maneira pacífica.

— Então te desejo sorte nessa nova fase — Estendi meu copo em sua direção.

Eu e Jonathas éramos amigos de longa data, ele me acompanhou em diversas etapas da minha vida e por esse desgraçado eu daria minha vida.

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