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MORGANA
𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝


Existiram poucos momentos em que meu estresse foi tanto a ponto de não conseguir guardar para mim. Mas acho que dessa vez a situação era bem diferente de um simples estresse.

Meu corpo malditamente dolorido estava em contato com algum tipo de cobertor de pelinhos, a dor de cabeça estava quase fazendo meu cérebro sair pelos ouvidos e os leves murmurinhos que vinha acompanhada de uma voz familiar não ajudava muito, até mesmo a leve luz em meus olhos fechados estava sendo insuportável de aguentar.

— Acha que ela tá viva? — Uma voz masculina surgiu meio distante de mim.

— Sim, Jonathas, mas ainda acho que deveríamos chamar um médico — Outro tom veio ao meu lado, esse era mais familiar.

— A gente nem sabe o que aconteceu com ela.

— E é isso que vamos descobrir assim que ela acordar — Não consegui raciocínar direito as palavras que vinham deles mas tinha quase certeza que uma discussão se iniciou.

Tentei virar meu corpo se lado mas a dor foi tão forte que no mesmo instante despertei e recebi os freixos de luz em meus olhos, pisquei várias vezes e afastei aquele sono pesado.

— Ela tá acordando, cala boca!

Quando finalmente consegui me recuperar olhei em volta e percebi que não era minha casa, muito menos a rua que eu havia desmaiado. Levantei no mesmo instante assustada, mas a tontura me derrubou de novo no sofá.

— Puta merda! — Passei a mão na cabeça em uma forma de conter a dor horrenda que me atingiu.

— Morgana! — Uma figura grande se aproximou de mim e no mesmo momento meu raciocínio veio de imediato.

Onde eu estava? Como ele sabia meu nome? E por que essa voz era tão parecida com a do... Paralisei assim que notei quem estava em minha frente.

Tinha um homem muito bonito em pé, ele era alto, negro, cabelo raspado e com uma alto confiança estranha, não dei tanta importância para ele. Observei o homem ajoelhado na minha frente e precisei processar a informação, mas que merda...

— Mateo? — Meu coração bateu mais rápido do que devia — Onde eu tô!?

— Jonathas têm como sair agora? — Ele perguntou para o homem que nos olhava.

— Claro, eu adoro ser expulso na minha própria casa — O desconhecido saiu sem questionar muito.

Tentei entender o que se passava nos olhos daquele homem mas a única coisa que encontrei foram dúvidas e preocupação genuína.

— O que eu tô fazendo aqui? — Quebrei o silêncio estranho.

— Eu te trouxe, encontrei você em uma rua desmaiada e vim até meu amigo que era mais próximo da sua casa.

— Como você me achou? — Ele engoliu em seco parecendo não querer contar, mas depois de poucos segundos ele falou:

— Queria conversar com você Morgana, mas não te achei na escola e não ia conseguir ficar em paz sem resolver a situação que criei, por isso fui até sua casa mas antes mesmo de conseguir chegar onde eu queria te achei naquela situação — Suas bochechas pareceram coradas

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