Capítulo 14

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Thomas

- Danna! – exclamo.

- Parece surpreso em me ver.

Obviamente eu estaria surpreso de vê-la em um evento privado, na verdade, meu evento privado em que ela não foi convidada. E adivinha o que ela está usando? Os malditos scarpin.

- O que faz aqui?

- Eu tive um desfile ontem, eu te mandei um convite e você não apareceu. – eu não sei dizer se ela está chateada ou se está expressando alguma emoção, porque seu rosto não manifesta nada.

- Você sabe muito bem que eu não iria comparecer em desfile nenhum seu. Se quando nos relacionávamos eu nunca fiz, quem dirá agora.

- Só porque terminamos não quer dizer que temos que virar inimigos. Podemos nos dar bem, Tom. – ela se aproxima de mim. – Sinto falta do que éramos, sabe? Uma família. Eu, você e Alice.

Danna faz isso de propósito, ela é uma mestra na arte da manipulação. Antigamente, eu caía fácil quando dizia essas coisas, hoje não caio mais, pois sei que ela diz apenas o que acha que quero ouvir e nunca o que ela realmente pensa. Minha ex-noiva sabe o quanto eu sonhava, quer dizer sonho, em ter uma família completa e usava isso a seu favor em qualquer discussão que tínhamos. Pelo visto, acha que isso funciona até hoje.

Sabendo que eu fiquei pensativo, ela se aproxima de mim lentamente e quando vai acariciar meu braço, eu seguro sua mão impedindo-a.

- Você não foi convidada, Danna. Por favor, saia daqui imediatamente ou não serei tão paciente assim novamente. – seu olhar muda completamente e sua pose neutra, passa a demonstrar um pouco de irritação.

- Aí que você se engana, eu vim acompanhada de um dos filhos do seu sócio. – ela aponta para dentro do salão para um homem de cabelo castanho, porte médio e corpo atlético.

É um rapaz jovem, diria que tem uns dez anos a menos que nós dois. Assim que percebe que estamos com nossos olhares direcionados a ele, o homem olha para nós um pouco sem jeito.

Sei que Danna está tentando me fazer sentir ciúmes, porque não é a primeira vez que ela faz esse tipo de coisa. Em uma das muitas vezes que rompemos, ela foi em um dos meus eventos com um dos meus sócios para me provocar e lembro que fiquei incomodado, mas não hoje, não me importo mais.

- Já que está com um acompanhante, deve ficar com ele, não acha? – desvio meu olhar do garoto e volto a encara-la.

Seu olhar triunfante se desfaz, quando viu que seu ato não funcionou. Ela tenta se recompor, porém eu já sei que ficou incomodada por eu não sentir ciúmes.

- Vim apenas conversar com você. Não precisa ficar sempre na defensiva. – ela põe uma mecha de cabelo atrás da orelha, recuperando sua pose autoconfiante. – E como está, Alice? – muda de assunto.

- Até mais, Danna.

Em dois anos de relacionamento, nunca se importou com minha filha e nem ao menos gostava dela verdadeiramente, só fazia porque queria me impressionar. Tenho certeza que agora se importa menos ainda com minha pequena. Saio do recinto sem olhar para trás e decido ir para casa, já deu por hoje.

 Saio do recinto sem olhar para trás e decido ir para casa, já deu por hoje

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Assim que chego, me direciono para cozinha rapidamente. Pego as madeleines que estavam guardadas num pote no balcão, me sento na mesa e começo a comer uma atrás da outra.

A noite até estava agradável, mas foi só Danna aparecer para estragar tudo. Pelo visto ela ainda não superou nosso fim. Não acho que ela gosta da minha pessoa de verdade, deve ter algum motivo específico para vir atrás de mim o tempo todo. Todas as vezes em que terminamos, era ela quem pedia voltar sempre. Este fato, me deixa um pouco desconfiado, no entanto, opto por esquecer isso por enquanto.

Passam-se alguns minutos, até que escuto barulho de passos. A pessoa desce as escadas lentamente como se não quisesse fazer barulho e sei que está vindo em direção a cozinha.
Quando a porta se abre e revela Sophie em um pijama curto, sei que isso vai ser um teste para meu autocontrole.

A roupa é verde claro com bolinhas brancas. A parte de cima é justa, mostrando o formato dos seus seios redondos e empinados. Seus mamilos estão marcando a blusa, me fazendo imaginar como eles são sem esse pedaço de pano cobrindo-os.

O short é curto e mostra suas pernas torneadas. Tenho certeza que se ela virar para trás poderei ver a polpa das suas nádegas grandes.

 Tenho certeza que se ela virar para trás poderei ver a polpa das suas nádegas grandes

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Seu rosto fica rubro por saber que estou aqui. Talvez ela imaginava que eu ainda estava na festa a essa hora.

- Desculpe, senhor Williams. Pensei que estava sozinha e você não havia chegado ainda. – em nenhum momento, ela me olha nos olhos. – Depois eu volto, não quero te atrapalhar.

Quando está prestes a se virar para ir embora, eu me levanto da mesa depressa e seguro seu braço, num movimento abrupto e impulsivo.

- Não vá agora. Fique um pouco mais. – quase imploro para que ela fique.

Ela me olha ainda incerta. Parece pensativa e analisando as possibilidades se seria bom ficarmos a sós, com ela vestindo tão pouca roupa e eu um tanto descontrolado.

- Tudo bem. – sua voz sai baixa, mas mesmo assim firme, o que me deixa feliz.

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