Um Amor em Paris

Capítulo 22

Thomas

Dia Seguinte

Não preciso abrir meus olhos para saber que uma deusa ressona ao meu lado. Me aproximo do seu corpo até que suas costas fiquem coladas ao meu peito e meu braço circunde sua cintura. Cheiro seus cabelos macios e sinto um aroma floral que me desperta completamente.

Assim que abro os olhos, me deparo com Sophie enrolada no lençol e o que me deixa louco é saber que está nua embaixo dele. Ela se aconchega mais em mim, enquanto dorme num sono profundo.

Repasso cada momento da noite de ontem em minha mente. Eu estava insaciável. A cada momento que tomei Sophie, eu sentia que não havia tido o suficiente dela. Precisei acordá-la algumas vezes ao longo da madrugada para possuí-la e ter certeza de o que estamos vivendo não seja um sonho. Chegou um momento em que nossos corpos não aguentavam mais e imploraram por um descanso.

Tentei controlar minha fome por ela de todas as maneiras, mas quando a avistei na boate com aquele homem, percebi que eu poderia perdê-la para ele e tenho certeza de que me arrependeria amargamente no futuro. O destino nos quer juntos, não importa as dificuldades que enfrentaremos ao longo de nossas vidas. Eu quero essa mulher como nunca quis outra.

Escuto meu celular vibrar e não tenho ideia de onde ele está. Tomo um choque quando pela primeira vez observo o quarto iluminado pelos raios de sol. O cômodo está uma bagunça generalizada. Almofadas e cobertores no chão, junto com nossas roupas e sapatos. Imagino que a sala esteja assim também.

Me afasto de Sophie lentamente para não acordá-la e me levanto da cama. Pego meu celular do chão que continua vibrando e vejo as diversas ligações perdidas de Nick. Nesse exato momento ele está me ligando. Saio do quarto para falar com ele.

- Oi. - digo com a voz rouca de quem acabou de acordar.

- Oi? Estou te ligando faz horas e você fala apenas um "Oi"? - percebo sua indignação através do telefone. - Onde você está? A última vez que nos falamos foi ontem a noite e depois você sumiu, cara. Pelo visto alguém teve uma noite boa.

- Que horas são? - ainda estou meio perdido, acho que não acordei totalmente.

- São meio dia e meia.

- O QUE? - desde que me tornei pai, nunca havia dormido até tão tarde. - E Alice está com quem?

- Está comigo, fica tranquilo. Levei ela para tomar sorvete e a trouxe de volta para casa. Estamos brincando no jardim no momento.

- Como eu pude ser tão irresponsável? - não sou mais um garoto universitário que vai para festas e só retorna para casa no dia seguinte. Tenho que cumprir com minhas responsabilidades, tenho uma filha.

- Calma, cara. Não se cobre tanto. Em seis anos que cuida de Alice, nunca o vi sendo irresponsável, mesmo quando namorava aquela megera. - meu amigo me conforta. - Você tem direito de curtir também. Não se esqueça que sou padrinho da pequena e levo isso muito a sério. Amo cuidar da nossa princesa.

- Obrigado, Nick. As vezes eu esqueço que você pode ser maduro de vez em quando. - brinco.

- Muito engraçado você. Mas agora me conta, como foi a noite? Rolou ou não rolou?