Capítulo 23

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Sophie

Uma semana depois

- Agora vamos adicionar a farinha. - instruo Alice.

A pequena, que no momento está em cima da cadeira ao meu lado, acrescenta as xícaras de farinha na massa. Ligo a batedeira e assim os ingredientes se mesclam, formando uma massa uniforme.

- Pode provar, Sophie? - ela questiona.

- Claro, meu amor. Mas só um pouquinho, ok? Se não pode te dar dor de barriga.

- Tudo bem.

Ela bota seu dedinho no recipiente e experimenta a massa do brownie.

- Hum, ficou uma delícia.

- Agora, vamos por na forma e em seguida forno.

- Quanto tempo vai demorar para ficar pronto?

- Mais ou menos uns vinte e cinco minutos. Enquanto esperamos, vamos aproveitar e tomar banho, né pequena? Você suou bastante brincando no jardim. - ela concorda.

Ajudo Alice a descer da cadeira, depois que coloco o brownie no forno. Enquanto ajeito o alarme para avisar quando estiver pronto, alguém entra na cozinha.

- Então, é aqui que minhas meninas estão?

Assim que Tom entra no cômodo, minha respiração se torna ofegante. Esse homem mexe comigo de forma que eu não entendo. Desde que ficamos juntos naquela noite, não tivemos tempo para fazer mais nada, nem ficar a sós. Apenas alguns beijos escondidos para ninguém ver e posso dizer, com toda a certeza, que sinto sua falta. Sinto falta das suas mãos por todo meu corpo e suas carícias que deixam minha pele arrepiada.

Nos encaramos sem pudor algum. Sei que ele está se segurando para não vir até mim e me beijar. Além de Alice estar no recinto, estamos mantendo segredo sobre nossa relação, então temos que ter cuidado para não sermos pegos.

- Estamos fazendo brownie, papai. - ela corre até ele e Tom a pega no colo.

- Eu vou poder comer tudo? - ele brinca.

- Claro que não. - a menina ri. - Eu que vou comer tudo junto com Sophie e você só pode comer um pouquinho.

- Nossa assim você me magoou, princesa. - ele finge fazer uma cara triste.

- É brincadeira, papai. Você vai poder comer tudo com a gente. - Alice dá um beijo na bochecha do pai.

Observo a cena de longe e meu coração se aquece. Os dois têm uma relação tão bonita, me faz lembrar da minha relação com meu pai.

- Alice, o que acha de dormir na casa do seu dindo hoje? - Tom pergunta assim que a coloca no chão. Ele se ajoelha para ficar cara a cara com a filha.

- Ebaa, eu quero sim, papai. - a pequena grita e começa a dar uns pulinhos empolgada.

- Então, vamos arrumar suas coisas que mais tarde ele vem te buscar.

- Deixa que eu ajudo ela, Tom. - assim que informo, o homem me encara com um sorriso malicioso. Acho que estou entendo suas intenções com Alice dormindo na casa de Nicholas, mas no momento escolho deixar de lado.

 Acho que estou entendo suas intenções com Alice dormindo na casa de Nicholas, mas no momento escolho deixar de lado

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- Está pronta para muita diversão, princesa Alice? - Nick pergunta.

- Sim, dindo. A gente vai assistir Enrolados?

- Claro, qualquer filme que você queira. Só, por favor, não pinte minhas unhas. - ela solta uma risada sapeca.

Eu pego o pote que eu coloquei os brownies dentro e entrego para Nicholas que recebe com um sorriso no rosto.

- Você é um anjo, Sophie. - ele cheira o pote. - Que cheiro maravilhoso. Você é um homem de sorte, Thomas. - solto uma risada sem graça. Tom havia me contado que seu amigo sabe sobre nós.

- Por que papai tem sorte? - nos entreolhamos quando Alice questiona isso.

- É brincadeira do Nick, filha. - Tom encara seu amigo que nos encara de volta com um olhar culpado. - Se comporta na casa do seu padrinho, Alice.

- Pode deixar, papai.

Thomas beija seu rosto e entrega a mochila lilás para Nick que contém alguns pertences de Alice.

- Já sabe, Nicholas. Só deixe Alice assistir filmes infantis e nada de Velozes e Furiosos ou Duro de Matar. Sem muito doce e ela deve ir para cama antes das onze. - ele se aproxima mais ainda do amigo e diz em voz baixa para Alice não ouvir. - Mantenha a boca fechada, idiota.

- Não vai mais acontecer, cara, foi mal. Aproveite o dia com sua namorada. - ele promete. - Vamos, Alice?

A pequena antes de ir com seu padrinho, corre e me abraça, depois volta para perto de Nick. Aproveito e me despeço de Nicholas também.

Assim que os dois saem pela porta, Thomas se aproxima de mim e me puxa pelo braço até que nossos corpos estejam colados. Nossas respirações se misturam e nossos olhares não se desviam.

- Agora você não me escapa. - declara antes de atacar meus lábios.

Suas mãos passeiam pelas minhas costas, até descerem para minhas nádegas e apertá-las com força. Rodeio meus braços no seu pescoço e aprofundo o beijo. Nossas línguas travam uma batalha por espaço, enquanto nossos corpos imploram pelo toque um do outro. Parecemos famintos e quando o ar faz falta, nos separamos.

- Ficar uma semana sem te tocar direito foi um pesadelo. - Thomas confessa.

- Você que planejou Alice dormir na casa de Nick?

- Na verdade, ele se ofereceu e eu só aproveitei a oportunidade.

- Você é bem esperto, senhor Williams. - volto a beijá-lo com fervor. Suas mãos sobem até minha nuca e puxa meus cabelos de leve. Deixo escapar um gemido necessitado.

- Vou preparar nosso jantar, enquanto isso você pode ir tomar um banho relaxante. Posso abrir um vinho também, o que acha? - ele sugere assim que finalizamos o beijo.

Encaro seu rosto e penso o quão sortuda eu sou por ter um homem desse comigo. Sua boca está vermelha e inchada por conta do nosso beijo, e por isso ele está mais sexy do que nunca.

- Eu acho uma ideia maravilhosa. - finalmente respondo, depois de examiná-lo por completo com o olhar.

- Pode usar meu banheiro. É no segundo andar, terceira porta a esquerda.

Dou um selinho em Thomas e me viro na direção da área dos funcionários para buscar minha mochila. Antes de sair, sinto um tapa na minha bunda. Olho para meu chefe que está encarando minhas nádegas com um olhar de desejo.

- Vou ter que pedir para trocar seu uniforme. - ele diz com a voz rouca. - Você está muito gostosa com essa roupa e acho que não vou conseguir evitar olhar para sua bunda quando estiver trabalhando.

Solto uma risada e dou um tapinha em seu ombro.

- Bom saber que você me deseja mesmo usando um uniforme sem graça. Imagina sem ele.

Assim que termino de falar, saio o mais rápido possível do cômodo, para evitar que as coisas saiam do controle.

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