Capítulo 34

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Sophie

As luzes do jardim se apagam quando Nick e Thomas entram o bolo coberto de velas. Ele tem cinco andares e está todo enfeitado com o tema da festa. Tem várias cartas de baralho feitas com pasta americana e corante alimentício para representar a Rainha de Copas, fiz também um bule de chá e o chapéu do Chapeleiro Maluco, que é outro personagem que a Alice mais gosta.

 Tem várias cartas de baralho feitas com pasta americana e corante alimentício para representar a Rainha de Copas, fiz também um bule de chá e o chapéu do Chapeleiro Maluco, que é outro personagem que a Alice mais gosta

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Os olhos da pequena se esbugalham e ela abre um sorriso enorme. Escondi o bolo até o último momento e foi uma tarefa difícil, queria que fosse uma surpresa para Alice. A pequena é muito curiosa, então tive que deixá-lo no meu apartamento e para trazer deu um trabalhão, mas Tom me ajudou.

Todos na sala começam a cantar parabéns, assim que os dois colocam o bolo na mesa. Alice sobe na cadeira para ficar mais alta e Tom se posiciona ao seu lado. Eu fico em frente à mesa batendo palmas junto com todos e cantando parabéns. Até que Alice estende a mão e me chama para ficar ao lado dela e do pai.

- Vem com a gente, Sophie. - ela fala empolgada. Fico indecisa, mas Tom e Alice não me deixam pensar e puxam meu braço para ficar com eles. - Seu lugar é comigo e com o papai.

Tento disfarçar o quanto sua frase me emociona, no entanto, não consigo. Quando o parabéns acaba, começo a cortar os pedaços de bolo, com a ajuda da minha sogra, e os coloco nos pratinhos.

- E pra quem vai ser o primeiro pedaço, Alice? - Martha pergunta.

A menina pensa e olha para todos em volta, até que pega um pratinho e vai em direção ao pai.

- Vai pro papai. - ela entrega para Thomas, enquanto todos aplaudem. Os dois se abraçam e vejo no rosto do meu namorado uma felicidade indescritível. Ele ama essa menina com todo o ser dele.

- Obrigado, meu amor. - ele beija a testa dela. - E o segundo pedaço, filha?

Alice nem pensa duas vezes. Ela pega mais um pratinho com bolo e vem em minha direção.

- Vai para Sophie. - inicialmente fico sem reação, mas logo em seguida pego o bolo e abraço minha pequena, ao mesmo tempo que espalho beijos por todo o seu rostinho.

- Obrigada, minha linda. - agradeço

- Eu te amo, Sophie. Obrigada por organizar minha festinha. -ela diz de um jeito tão fofo, que me derreto inteira.

- Eu fiz tudo isso, porque eu também te amo, princesa. Amo demais.

- Você me ama desse tamanho? - Alice abre os braços e os estica, para demonstrar o tamanho do meu amor por ela.

Dou uma risada e respondo.

- Desse tamanho, meu amor.

Amarro o saco de lixo e o coloco junto com os outros

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Amarro o saco de lixo e o coloco junto com os outros. Nós iremos jogar fora amanhã. Deve ser umas duas da manhã no momento. Assim que todos foram embora, eu, Tom e nossa família, nos prontificamos em arrumar tudo. Deu muito trabalho, mas conseguimos deixar a casa totalmente limpa.

Todos já foram dormir, enquanto eu fiquei arrumando algumas coisas que faltavam. Tom levou Alice para o quarto em seu colo, a pequena estava apagada.

- Ela nem se mexeu quando coloquei o pijama nela. - ele diz assim que chega na cozinha. Sorrio, pois sei que ela curtiu muito sua festinha.

- Ela estava muito cansada. - me aproximo dele e o abraço. - Já terminei aqui, vamos dormir. Estou morta.

- Vamos, amor. Estou muito cansado também. - ao invés de andarmos em direção ao quarto, ele fica parado me encarando com um sorriso.

- O que foi? - pergunto.

- Muito obrigado por tudo o que você fez por nós, principalmente por Alice. - Tom beija meus lábios e me deixa sem fôlego.

- Eu fiz de coração, amor. Eu amo sua filha demais.

- Ela também te ama, assim como o pai dela. - sorrio apaixonada.

- Eu amo o pai dela também, tanto que chega doer no meu peito.

Ele sorri e me pega no colo. Solto uma risadinha, me apoiando em seus ombros. Vamos em direção as escadas, trocando carícias, quando Thomas para no meio do caminho.

- O que é aquilo? - ele aponta para um envelope branco que está no chão, em frente a porta de entrada. Desço do colo dele.

- Será que algum convidado deixou cair? - questiono.

- Pode ser.

Tom se aproxima do envelope e o pega do chão. Ele abre e lê atentamente o que está escrito. Seu rosto que estava com uma expressão tranquila, se transforma e mostra uma ira que nunca havia visto antes em Thomas.

- Filho da puta miserável. - me assusto quando o ouço xingar.

- O que houve, Tom?

Ele estende o papel que estava dentro do envelope para mim. Pego e vejo que há apenas duas linha escritas nele, e logo no final do bilhete, há uma inicial, K. Raciocino rapidamente que quem mandou isso foi aquele monstro, o genitor de Sophie e carrasco de sua mãe. Klaus.

Espero que minha filha tenha tido um ótimo aniversário. O próximo será ao lado do seu verdadeiro pai.

- K

- Meu Deus! Como ele conseguiu colocar o bilhete aqui dentro? - pergunto assustada.

- Não sei. - Thomas diz pensativo. - Depois olho nas câmeras de segurança. Vou contratar mais seguranças para nos proteger. Esse filho da puta não vai chegar perto da minha filha ou de você.

- Se ele entrar aqui de novo, Tom? - não consigo disfarçar o quanto estou com medo. - Ele é perigoso, matou Abigail e agora está nos vigiando. Vigiando nossa menina, Thomas.

Meu namorado percebe o quão estou assustada e tremendo, e logo se aproxima de mim, emoldurando meu rosto com suas mãos grandes.

- O que acha de passarmos um tempo em Annecy?

- Como assim? - questiono sem entender aonde ele quer chegar.

- Não estamos seguros nessa casa. Posso transferir meu trabalho para lá e Alice pode estudar em uma escola na cidade. Além disso, você vai poder focar na sua confeitaria. - ele me abraça. - Estaremos mais seguros lá. O que acha? Pode ser só por um tempo, até resolvermos essa situação.

- Eu acho que será melhor. Alice estará protegida. Não quero que aquele monstro chegue perto da nossa pequena.

- Ele não vai, amor. Eu não vou deixar.

Ficamos um tempo abraçados, tentando nos acalmar.

- E como vamos conseguir uma casa lá? A casa dos meus pais é muito pequena para nós. Temos que avisar nossa família também. Será que Alice vai se adaptar? - começo a falar sem parar. Faço isso sem perceber, quando estou nervosa.

- Se acalma, amor. Deixa que eu resolvo tudo. Vou proteger vocês, nem que eu morra tentando.

- Vamos falar com a polícia?

- Sim, mas se não funcionar, eu conheço um cara que pode nos ajudar a resolver essa situação.

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