Capítulo 36

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Thomas

Uma semana depois

Assisto as gravações do momento em que colocam o envelope debaixo da minha porta. Ao analisar a cena completa, chegamos à conclusão que enviaram o envelope pelo correio. Meu funcionário, que recebe as minhas correspondências, as enfia embaixo da porta, como sempre faz.

O problema é que o envelope estava em branco, como o carteiro sabia que era para entregar na minha casa? Acredito que ele tenha sido pago pela pessoa que está por trás disso. Será Klaus Pavlov ou outra pessoa? Por que ele escolheu esse momento para nos ameaçar? São tantas perguntas sem respostas e que nos resta é esperar por mais evidências.

Ainda não sabemos quem é esse inimigo oculto. Não posso mentir e dizer que não tenho minhas suspeitas. A primeira pessoa que aparece na minha cabeça quando penso no assunto é: Danna Martínez.

Minha ex não superou o fim do nosso relacionamento e ficou claro isso no jantar que fomos. Ela é o tipo de pessoa que passa por cima de qualquer um para ter o que quer ou até mesmo para se vingar. Será que ela é capaz de se juntar a alguém como Klaus e ameaçar a segurança da minha filha, só para se vingar de mim?

Pedi para os detetives e Ivan a vigiarem e me avisarem, caso ela faça qualquer coisa suspeita. O mafioso está nos ajudando bastante nessa situação. Mesmo que Sophie não goste muito do fato dele ser líder de uma organização criminosa.

Ouço meu telefone tocar e vejo o nome de Ivan surgir na tela.

- Pode falar.

- Pelo visto essa sua ex- mulher é um tanto suspeita, Williams. - escuto barulho de gritos masculinos ao fundo da ligação e prefiro nem saber o que está acontecendo. - Desculpe o barulho, estamos com um estuprador e o filho da puta não consegue calar a boca. Só arrancamos alguns de seus dedos, pra que tanto drama.

- Preferiria não saber dessa informação, Ivan. - confesso um pouco nauseado. Ainda não me acostumei com fato de um criminoso estar nos ajudando. - O que descobriu sobre Danna? - mudo de assunto.

- Ela estava em Paris na semana do aniversário de sua filha. Um dos meus informantes me avisou que ela foi vista numa casa noturna que pertence aos nossos aliados. - fico intrigado com a informação. - E não é só isso. Sabe quem estava nesse mesmo dia e nessa mesma boate? O Pavlov.

- Não é possível. Danna é cúmplice de Klaus? - exclamo. Sei que estava suspeitando dela, mas ainda tinha um fio de esperança de que eu estivesse enganado. Afinal, me relacionei com ela por dois anos. Mesmo que nossa relação não tenha sido boa, imaginava que ao menos Danna era um pessoa decente.

- Temos que ir atrás dela, então. - digo ainda sem acreditar que ela seja a possível responsável por tudo.

- Ainda precisamos de mais provas, está muito circunstancial. - por mim, eu fazia justiça com minhas próprias mãos. - Se eu fosse você, eu iria falar com ela, sabe? Ter um tête-à-tête*, olho no olho. Quem sabe ela não se incrimina? Não se esqueça de gravar a conversa.

- Mas ela está em Paris?

- Para sua sorte, ela está em Annecy. Se eu não me engano, sua ex namora um corno daí, não é? - é verdade, o Adrien. - Ela está nesse momento no hotel. Só pra você saber.

- Como você sabe disso? - escuto sua risada irônica.

- Eu sei de tudo, meu caro. - sua voz se torna sombria. - Tenho que ir. Não se esqueça de ser cauteloso, Williams. Até.

 Até

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