Capítulo 25

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Sophie

Seis dias depois

Acordo com meu telefone tocando sem parar. Me levanto rapidamente e vejo que horas são. Dez e meia. Hoje é sexta, normalmente eu iria trabalhar, mas Tom disse que podia tirar esse dia de descanso.

- Alô. - atendo a ligação sem ver quem é.

- Te acordei, linda? - quando escuto sua voz grossa, meu corpo já se desperta.

- Acordei com o telefone tocando. Está tudo bem?

- Me perdoe, Sophie, mas precisava falar com você urgentemente. - fico preocupada.

- Aconteceu algo com você ou Alice?

- Não, amor. Estamos bem. - fico aliviada. - Eu só te liguei para avisar que eu vou viajar amanhã para Annecy. Vou me encontrar com um sócio importante e vou levar Alice comigo. Como eu sei que você irá visitar sua família, por conta do feriado, queria saber se gostaria de ir conosco. Nós vamos de carro, assim você não precisa gastar o dinheiro da passagem.

- Eu adoraria, Tom. Vocês vão sair que horas amanhã?

- Vamos sair as seis da manhã e assim chegamos umas onze e meia. Passamos no seu apartamento uns dez minutos mais cedo. O que acha?

- Está perfeito para mim. Meus pais estão loucos para conhecer você e Alice. Vão insistir para vocês jantarem no Chateu.

- Eu vou adorar jantar no restaurante de vocês. - ficamos em silêncio por alguns segundos. - Estou com saudades.

- Nos vimos ontem. - falo rindo.

- Mas não pude nem te beijar direito, já que você não quer me assumir.

- Você sabe bem os motivos para estarmos mantendo segredo. Mas não se preocupe, em Annecy vou te dar tantos beijos quanto queira.

- Assim eu espero, Sophie. Saiba que vou te beijar também, não só na boca. - só de Thomas falar sinto um fogo que me incendeia por inteiro, fazendo me recordar das noites em que dormimos juntos. - Tenho que ir, tem uma garotinha impaciente querendo brincar. Tchau, linda.

- Manda um beijo para ela. Tchau, amor.

- O que seria da minha vida sem você? - Louise diz de boca cheia

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- O que seria da minha vida sem você? - Louise diz de boca cheia.

- Você provavelmente morreria de fome, já que não sabe fazer nem um macarrão instantâneo.

Depois que terminei de falar com Thomas, tomei banho e passei na mercearia aqui perto de casa. Comprei algumas coisas e fiz um almoço para nós. Bife com purê de batata.

- Não sei se você vai dormir em casa, mas amanhã estou indo para Annecy cedo. - aviso.

- Vai de trem?

- Não, Tom tem um compromisso lá e vai me dar carona.

Lou para de comer no mesmo instante e me encara com um olhar sugestivo.

- O que foi? - questiono.

- Como anda o relacionamento de vocês? Ainda não quer assumir ele?

Minha amiga sabe sobre nosso envolvimento e fico feliz que ela não tenha me julgado. Apenas ela, minha irmã e Nicholas conhecem nossa relação. Meus pais e os de Thomas não tem ideia, creio que o irmão dele também não. Prefiro assim, por enquanto, até tomar coragem para escancarar nossa relação.

- Você é a segunda pessoa a me dizer isso hoje. Não é questão de assumir. Ainda não me sinto pronta para as pessoas me julgando por namorar meu chefe.

- Amiga, vou te dar um conselho que eu gostaria que tivessem me dado. Não deixe que as pessoas te façam desistir do que ou de quem você mais quer. Você quer Thomas e ele te quer, o que tem de errado nisso? - fico pensativa com seu comentário. - Saiba que pode chegar outra mulher e fazer tudo aquilo que você não fez por medo. Aí sua chance estará perdida. Portanto, aproveite sua oportunidade.

Estou distraída lendo meu livro, quando recebo uma chamada da minha irmã

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Estou distraída lendo meu livro, quando recebo uma chamada da minha irmã.

- Oi, sumida. Quanto tempo não nos falamos.

- Désolé*, irmã. Andei muito ocupada com o restaurante. Está tudo certo para sua vinda?

- Sim, Thomas vai me dar uma carona. Então, provavelmente, vou chegar mais cedo. Não precisa me buscar na estação.

Ela fica em silêncio por um tempo. Mesmo sabendo que ela me apoia em tudo, Nina acha que eu deveria contar para nossos pais essa situação, mas não tenho coragem.

- O amigo do seu chefe virá? - seu tom de voz muda completamente. - Por que se aquele crétin* der em cima de mim de novo, vou matá-lo.

- Eu não sei se ele irá, Nina. Talvez sim, porque ele e Tom comandam juntos o escritório. Pelo que eu entendi, eles tem um sócio em Annecy e precisam encontrá-lo com urgência.

- Eu não acredito! Eu torço para que esteja errada. Você acredita que ele me manda várias mensagens por dia no Instagram?

- Sinto que no fundo, você gosta de Nick correndo atrás de você.

- Claro que não, Sophie. Eu não gosto de mulherengos. Além do mais, sonho em me casar um dia e o senhor cafajeste não é um bom partido.

- Bom, se você diz, quem sou para contrariar.

Nina fica muda por um tempo, porém depois muda de assunto.

- Posso contar para mamãe e papai que seu chefe está vindo com a filha? - eu confirmo. - Você sabe que eles vão insistir para que ele jante no restaurante?

- Eu imagino que sim.

- Você vai esconder deles o relacionamento?

- Por enquanto sim.

- Você sabe o que faz. - levanto da cama e vou para perto da janela. Observo o sol se pondo no horizonte. - Você acredita que Adrien está namorando?

- Sério? Com quem?

- Dizem que é uma modelo mexicana e que é mais velha que ele.

- Espero que ele a faça feliz e vice e versa. - desejo isso de verdade. Apesar de ter terminado com ele, não desejo mal a Adrien. Meu ex não é uma pessoa ruim.

- Vou abrir o restaurante agora. Venha em segurança amanhã, ok?

- Pode deixar, irmã. Te amo.

- Te amo, Sophie.

Nota da autora:

- Désolé: desculpe.

- Crétin: iditota, imbecíl.

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