Capítulo 11

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Thomas

Horas atrás

Assim que Sophie se despede e sai da minha sala, olho de cara feia para Nick, que me olha de volta com um olhar provocador.

- Interrompi algo, Thomas? - zomba.

Obviamente ele interrompeu o que estava prestes a acontecer entre mim e Sophie. Não pude me controlar quando ela indiretamente disse que me acha atraente. Não com essas palavras exatas, porém pude ver pela forma como me olhou e ficou corada. Quando seu rosto transpareceu vergonha pelo que disse sem querer, foi quando tive certeza absoluta que tudo que sinto é recíproco.

Nem sei como cheguei até ela, creio que meus pés me telem transportaram. Só retomei a consciência quando senti seu perfume de aroma floral de perto.

Sua respiração ficou descompassada quando fiquei próximo, suas pupilas se dilataram e deu um passo tímido, inconsciente, para se aproximar mais ainda. Quando estava me preparando para atacá-la, meu queridíssimo amigo nos atrapalha.

Se bem que não sei se atrapalhar é a palavra certa, acho que ele nos salvou de mais complicações que poderiam ser geradas se algo acontecesse entre nós.

- Não vai falar nada? - olho para ele confuso e irritado quando me questiona.

- Por que ficou dando em cima da Sophie? Você havia me dito que não daria em cima dela!

- Então está me confessando que gosta dela e ficou com ciúmes quando usei as cantadas? - não respondo, pois não quero me comprometer. - Quem cala, consente.

- Hoje você está cheio de graça, não é mesmo, Nicholas? - sento na minha cadeira e indico para meu amigo fazer o mesmo. - Vamos mudar de assunto.

Abro a gaveta, pego um envelope azul-marinho e jogo na mesa. Nick me olha sem entender e hesitante ao mesmo tempo.

- O que é isso?

- Veja o que tem dentro!

Ele abre o envelope e retira algumas fotos que estão presentes, há também alguns documentos com diversas informações.

- Ele está em Londres?

- Sim. - digo preocupado. - De acordo com nossos informantes, ele foi visto saindo de um escritório de advocacia. Mas não qualquer escritório, e sim um de direito de família.

- Você acha que ele vai tentar recorrer a guarda de Alice?

- Tudo é possível vindo daquele traste.

- Calma, Tom. Esse filho da puta não vai se safar.

- Assim eu espero.

- Qual é o seu problema, cara? Foi só uma pergunta que fiz e ela respondeu numa boa

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- Qual é o seu problema, cara? Foi só uma pergunta que fiz e ela respondeu numa boa.

Nicholas tenta se explicar para mim enquanto estamos a caminho do nosso novo escritório. Combinamos de dar uma olhada para ver se os móveis estão nos lugares corretos e se precisa de algum ajuste.

Mais cedo, tomamos café da manhã com as meninas e o que era para ser uma manhã agradável se tornou em mais um show de ciúmes de minha parte. Não estou conseguindo me controlar, me sinto cada vez mais possessivo em relação a Sophie.

Sei que Nick estava me provocando e zombando da minha cara. Ele fez a mesma coisa com meu irmão e sua noiva. Tanto que, Luke não foi tão paciente quanto eu e socou sua cara em uma dessas provocações, quase quebrando seu nariz.

Paro o carro no estacionamento do prédio e esfrego minhas mãos em meu rosto, completamente perdido.

- Não sei o que está acontecendo. – suspiro.

- Eu sei. – ele coloca sua mão em meu ombro. – Você se encantou pela moça e ficou com medo dela se apaixonar pelo meu charme irresistível. – solto uma gargalhada.

- Você é um idiota, Nick. Só você para me fazer rir num momento desse. – abro meu cinto de segurança. – Nunca me senti tão atraído e encantado por alguém em tão pouco tempo. Nunca fui possessivo ou tive uma crise de ciúmes. Você me conhece, sabe que não sou assim.

- Isso é verdade.

- Por esses motivos, tenho que me afastar dela.

- Tom... – meu amigo tenta argumentar.

- É isso que devo fazer. Sou o chefe dela apenas e tenho que agir com o tal. Não posso confundir as coisas. – interrompo ele. – Nunca daríamos certo, Nick. Imagina se nós terminássemos, como Alice reagiria? Ela não poderia mais trabalhar aqui, porque seria estranho, e minha filha ficaria arrasada, elas criaram uma conexão muito forte. Além de que, Sophie é jovem, provavelmente não quer um relacionamento sério e sim frequentar festas e baladas.

- Você pensa demais, amigo. Você nem conhece Sophie direito para saber o que ela prefere. E pelo o que me disse, a jovem parece bastante responsável e determinada. – raciocino o que Nick diz. – Você merece ser feliz, cara. Uma hora ou outra você vai perceber que a felicidade bateu na sua porta e você não aproveitou.

- Vou pensar sobre isso.

- Tudo bem. – ele abre a porta do carro. – Vamos indo, temos um dia cheio.

Chego em casa um pouco mais tarde do que o normal, pois Nicholas queria jantar fora e eu acabei aceitando

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Chego em casa um pouco mais tarde do que o normal, pois Nicholas queria jantar fora e eu acabei aceitando. Sei que Sophie já foi embora, então não há risco de encontrá-la. Subo para meu quarto e decido tomar um longo banho para relaxar. Quando finalizo, coloco meu pijama e decido fazer um lanche na cozinha.

Assim que termino de comer, vou ao quarto da minha filha que deve estar com Matilde. Quando abro a porta, vejo ela deitada e minha governanta ajeitando sua cobertinha rosa.

- Papai. – Alice fica feliz ao me ver. – Chegou na hora da historinha.

- Já dei o jantar, banho e escovei os dentes dela. - Matilde me informa.

- Obrigada, Matilde. Por hoje é só, pode descansar.

- Com licença, senhor. – a senhora sai do quarto.

Me aproximo da cama da minha pequena e deito ao seu lado. Mesmo um pouco apertado e desconfortável, adoro ficar assim com ela.

- Podemos continuar Peter Pan? Eu li com Sophie e estou amando.

- Claro, princesa. – decido perguntar como quem não quer nada. – Você gosta dela como sua babá?

- Sim! – consigo sentir sua vibração.

Solto uma risada. Pego o livro na estante e me aconchego ao seu lado. Lemos umas quinze páginas, até Alice quase cair no sono.

- Boa noite, meu amor. – beijo sua testa e saio do quarto.

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