Capítulo 27

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Sophie

Por incrível que pareça ocorreu tudo bem no jantar. Meus pais amaram Alice, Thomas e Nick. A única que ficou de cara feia no início foi Nina, tudo por conta do amigo do meu chefe. No entanto, com o passar das horas ela já estava caindo de amores pela pequena e até riu de algumas piadas de Nicholas.

- E onde está a mãe de Alice? - meu pai pergunta e tudo o que eu desejo nesse momento é me enfiar dentro de um buraco.

Essa história é um mistério. Ninguém sabe sobre, a não ser as pessoas mais próximas a Thomas. Espero que um dia ele possa me contar, porém não acho que o jantar de hoje seja o melhor momento.

Quando eu acho que ele vai demonstrar tristeza, Tom dá seu melhor sorriso e responde cordialmente o questionamento de papai.

- A mãe da minha filha não está mais entre nós. - apesar da declaração ser triste, a forma com diz é leve, para não deixar meu pai desconfortável.

No entanto, é uma tarefa impossível, o rosto dele se torna vermelho escarlate e olha para os lados tentando descobrir uma maneira de sair dessa situação.

- Me... me desculpe, Thomas. Não queria trazer esse assunto tão doloroso a tona.

- Não se preocupe, Simon. Foi há bastante tempo, já estamos curados de todo luto e agora só restaram as boas lembranças.

Após dizer essas palavras, o clima agradável retorna e voltamos a conversar tranquilamente, até a hora de irmos embora.

- Muito obrigado pelo convite, Anna, Simon e Nina. Bem que Sophie disse que o Chateu é um restaurante sensacional. - Tom olha para mim e trocamos um sorriso. Volto a olhar para frente e me deparo com minha mãe nos encarando desconfiada. - Sophie, posso falar com você um instante?

- Claro, Tom. - olho para meus pais. - Só um minuto, gente.

Thomas posiciona sua mão nas minha costas e me guia para uma ponte próxima ao restaurante. Ela é feita de concreto e dá direto para o lago Annecy.

- Foi uma noite incrível, obrigada por ter vindo. - começo dizendo. - Desculpa por aquela pergunta do meu pai.

- Não se preocupe com isso, Foi uma noite incrível para mim também. E sobre essa história, da mãe de Alice, eu prometo te contar um dia. - ele olha para os lados, para ver se há alguém nos vendo e quando confirma, se aproxima mais de mim. - Me sinto um adolescente me escondendo.

Ele soa chateado ao falar isso. Fico mal por ele se sentir assim e sei que é por minha causa.

- Tom...

- Não, está tudo bem, eu entendo. Não foi por isso que te chamei. - ele suspira. - Quero te convidar para ser minha acompanhante no jantar com meus sócios amanhã. Vai ser na casa dele e irão mais alguns outros empresários. Você gostaria de ir comigo?

- Claro que sim, Tom. - seu rosto tem uma expressão de alívio, como se estivesse com medo de eu negar seu pedido.

- Nick vai convidar Nina. Será que ela aceita? - solto uma risada.

- Não sei, mas tenho certeza que ela gosta dele. Só que o fato de seu amigo ser um mulherengo impede que Nina dê uma chance a ele. Ela tem medo de ser machucada.

- Não querendo defender meu amigo, mas já o defendendo, acredito que ele não ficou com mais ninguém depois que se conheceram na boate. Nicholas gosta mesmo de sua irmã.

- Estou curiosa para ver o desenrolar dessa história.

- Você acha que eu devo aceitar? - Nina me questiona

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- Você acha que eu devo aceitar? - Nina me questiona.

Estamos em seu quarto retirando nossa maquiagem, enquanto ela me pergunta se deve ir ou não nesse jantar de amanhã.

- Por que não dá uma chance a ele? Tom me contou que ele está caidinho por você.

- Sabe que cafajestes não dão bons maridos?

- E quem disse isso? - questiono. - Sabe que papai não era nenhum santo quando mais novo e mamãe compartilhava do mesmo pensamento que você. Hoje são casados há trinta anos, ele é um pai e marido maravilhoso. Adrien nunca foi um mulherengo e você viu como foi o nosso namoro.

- Você tem razão.

- No amor nunca há certezas e garantias. Você deve se arriscar se a pessoa vale a pena, sem medo de ser feliz. - minha irmã sorri.

- Isso vale o mesmo para você, Sophie.

- Nina...

- Não faça isso com você e nem com ele, irmã. Dá pra ver nos olhos daquele homem o quanto ele louco por você e fingir que você dois não são nada um para o outro, machuca muito Thomas. - meus olhos se enchem de lágrimas.

- Me machuca também. - minha voz sai tremida. Nina se aproxima e me abraça. - Eu tenho medo do julgamento, afinal sou funcionária dele.

- Sophie, você sonha em abrir uma confeitaria. Você sabe que vai ter que lidar com críticas e julgamentos o tempo todo a respeito do seu estabelecimento e dos seus doces. E tudo isso vai te impedir de realizar seus sonhos? - nego. - Então, por que a opinião de pessoas, que você nem conhece, sobre o seu relacionamento, é mais importante do que sua felicidade? - fico em silêncio refletindo.

- Thomas e sua filha te amam, irmã. - ela continua. - Você pode ter sua própria família e ser feliz, ou viver se escondendo. Qual você vai escolher?

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