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[ PORCHAY ]

P'Kim dirigia com uma mão no volante enquanto a outra estava em sua própria coxa.

Olhando mais de perto, não há palavras existentes que possam descrever o quão perfeito ele está. Nem sequer a palavra perfeição é capaz de explicar como ele está agora.

Os colares em seu pescoço era de prata e haviam três deles, tinham tamanhos diferentes e eles se encaixavam perfeitamente um abaixo do outro, o primeiro tinha um pingente simples de esfera, o outro tinha uma pequena barra pendurado e o último era só uma corrente mais grossa prateada.

Sua mão que estava dirigindo tinha diferentes anéis, mas havia aquele único anel que sempre esteve lá.

Sua outra mão também estava com diferentes anéis.

Que belas mãos.

Eu engulo em seco ao ver ele manobrando o carro com uma mão só, aquilo de alguma forma foi sexy.

Suas coxas, por causa do fino tecido da calça social eu pude ver, eram torneadas e pareciam ter anos de malhação nelas.

- Está gostando da visão?

- Si— O que? – Eu estava encarando suas pernas e não percebi que paramos num semáforo e ele estava me olhando, sua pergunta me pegou distraído e a resposta apenas escapou de meus lábios.

- Pelo visto gostou da visão. – Ele sorri e passa sua mão por minha bochecha. – Nunca reparei que tinha furos na orelha. – Ele sobe um pouco mais sua mão e acaricia minhas joias.

- Eu já não os usava a uns meses, os buracos estavam fechados. – Respondo enquanto aprecio seu toque. O semáforo abre e ele volta a dirigir. – P'Kim, aonde estamos indo?

- É surpresa. – Ele sorri e sua mão livre alcança a minha.

Eu sorri ao olhar nossas mãos.

- Posso tirar uma foto? – Pergunto segurando meu celular.

- Você pode tudo que quiser. – P'Kim diz e eu sorri envergonhado de suas palavras. Eu abro a câmera e miro ela em nossas mãos. O "click" da foto faz com que P'Kim sorria também.

- Não pode nem ao menos dizer que tipo de lugar vamos? – Insisto e tomo coragem para começar a alisar sua mão com meu dedo. Um gesto simples, mas sei que significa algo grande de alguma forma.

- Pode-se dizer que é um restaurante. – O céu começa a escurecer ainda mais, olhando pra estrada vejo que estamos nos afastando da cidade e indo em direção ao Chao Phraya.

Eu meio que deduzi pra onde ele estava me levando, e comecei a ficar animado com a possibilidade de jantar num restaurante de frente ao Chao Phraya.

Demorou quase quarenta minutos, mas chegamos num local de estacionamento privado perto do rio.

- Vamos jantar de frente ao Chao Phraya, P'? – Minha animação é evidente na voz. Ele sorri, sai do carro e vem até meu lado abrindo a porta pra mim.

- Gostou? – Ele segura minha mão enquanto saímos do estacionamento, tem tantos restaurantes finos aqui que começo a me questionar se estou apropriadamente vestido para tal lugar.

- Eu amei!

- Que bom que gostou, mas ainda não chegamos no local, apenas aguarde. – Quando finaliza sua frase ele se inclina e beija minha bochecha.

Demonstração de afeto em público... Ele gosta disso? Instantaneamente sinto meu estômago se revirar e meu corpo arder pelo constrangimento.

- P'Kim! – Aliso o local beijado como forma de amenizar minha timidez e ele sorri apenas.

𝑰𝑵𝑭𝑬𝑹𝑵𝑶 | 𝑲𝑰𝑴𝑪𝑯𝑨𝒀 [𝑪𝑶𝑵𝑪𝑳𝑼𝑰𝑫𝑨] [ REVISANDO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora