× 41 ×

958 84 38
                                    

》ALERTA GATILHO: Esse capítulo é extremamente pesado! Se não tiver estômago para ler, não leia! Vai abordar assuntos como; estupro em massa, drogas, insanidade e cena GROSTESCA de sexo. VOCÊ FOI AVISADO, LEIA COM CONSCIÊNCIA DISSO!

[ KRIS ]

Em a Divina Comédia, Dante Alighieri escreveu sobre os 9 Círculos do Inferno, no Segundo Círculo: O Vale dos Ventos, Dante vai apontar o sentimentos de luxúria.

Eu sou um sobrevivente da luxúria de Don.

Minha história começa quando eu era só um feto, pais viciados e irresponsáveis, um casal cheio de filhos perdidos pelo mundo. O sortudo que herdou todas as dívidas deles não fora outro senão eu.

Mas alguém olhou por mim, meus avós que ainda estavam em terra me tomaram e me criaram, eles me ajudaram a pagar as dívidas quando eu ainda não podia trabalhar. Quando eu fiz doze anos, ambos deixaram esse mundo repetidamente; sobrecarregados. E então a vida começou a ser cruel comigo novamente, fui levado até meus pais que moravam numa favela extremamente pobre e ainda em decaimento.

Quando fiz treze anos, me apaixonei pela música quando vi uma apresentação na rua, eu estava catando lixo para trocar por alguma coisa, eu decidi que não importava quão ruim estava minha vida eu iria, pelo menos, seguir um sonho que era meu!

Anos se passaram e eu estava tentando de todas as formas viver uma vida íntegra, de valores corretos, eu tinha nojo de toda e qualquer perversidade. Não era pra menos, meus pais eram viciados e nos últimos anos eles estavam vivendo apenas juntos, mas não casados, minha mãe virou uma prostituta barata e meu pai virou uma boxeador bastente habilidoso... Seu saco de pancadas era eu e mais dois irmãos que vinham e iam de tempos em tempos.

Mas eu estava sobrevivendo bem.

Quando fiz dezoito eu chorei de emoção quando consegui entrar numa das melhores faculdades de Bangkok pelo sistema de cotas tailandês. E o melhor, no curso dos meus sonhos. Eu estava há apenas alguns passos de conseguir realizar meu sonho.

Até ele aparecer.

Um sênior do curso que todos falavam bem, suas habilidades na música eram monstruosas, sua personalidade era legal e fria... O conhecer foi pura coincidência, e hoje eu penso que isso não poderia ser algo pior.

Se Kim Theerapanyakun não tivesse me ouvido cantar naquele prédio, eu não teria conhecido a sua luxúria, não teria conhecido a minha própria e pior, não teria conhecido Don.

Ele me perseguiu durante meses, era horrível pensar que estando na faculdade ele estaria mais próximo de mim. Mas tudo começou a mudar quando ele pagou minhas dívidas e eu não precisava mais me preocupar com aqueles homens vindo até mim e me espancando.

Eu tentei ver Kim com outros olhos, e funcionou, eu vi um Kimhan que outras pessoas não viam, um homem frágil que precisava de alguém para o apoiar e amar. Hoje eu penso que talvez o que estava sendo desencadeado em mim fosse Síndrome de Estocolmo, eu pensei que estava me apaixonando por ele.

Mas um dia, no qual eu pude sair sozinho, um homem velho se aproximou de mim em público, pensei que fosse um bom senhor que só queria alguém para tomar um café. Ele me convidou para um restaurante maravilhoso e me chamou para conversar. Aquele homem tinha um sotaque diferente e eu descobri que ele era italiano.

Don me abordou como quem não quisesse nada e assim nós nos encontramos diversas vezes. Ele estava me dando sentimentos que Kim não havia me dado e eu comecei a pensar que o amava... E eu o amava mesmo.

Mesmo quando Don me revelou que queria a cabeça dos Theerapanyakun's, eu fiquei do seu lado, não importava o que ele pedisse, eu lhe daria.

Meu corpo foi entregue a ele também, você pode pensar que a diferença de quase cinquenta anos possa ser relevante na hora do sexo, mas não era. Don era forte e saudável e muito bom no que fazia. Mesmo que seu hobby preferido fosse me ver tendo sexo com outros homens, eu não me importava, pois no fim, Don olhava pra mim e apenas pra mim.

𝑰𝑵𝑭𝑬𝑹𝑵𝑶 | 𝑲𝑰𝑴𝑪𝑯𝑨𝒀 [𝑪𝑶𝑵𝑪𝑳𝑼𝑰𝑫𝑨] [ REVISANDO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora