Hazel

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Acordei de madrugada sentindo falta de um corpo quente de Savannah, Me levantei e a procurei pelo quarto e nada, nem no banheiro ela estava.

Deixei o quarto depois de colocar uma calça de moletom e desci, a casa estava fechada e tudo em silêncio, ela tinha ido embora.

Era a primeira vez que eu me via nesta situação. Era a primeira vez que alguém me deixava sozinho depois de um dia de sexo. Havia muito o que queria saber sobre Savannah e saber por ela era mais gostoso ainda sem precisar de alguém trazer tudo mastigado.

Voltei para o meu quarto, tomei um banho longo e voltei para a cama, depois de virar várias vezes na cama tentando arrumar uma posição para dormir, o problema é que fiquei remoendo e tentando entender por que ela foi embora daquele jeito.

Na manhã seguinte acordei cedo como de costume, me arrumei, tomei meu café enquanto os empregados arrumavam a bagunça no meu quarto e deixei a casa em direção a casa dos meus pais, pois Brooke estava vivendo com meus pais desde que a pequena Eva nasceu.

- Bom dia! - disse a empregada que abriu a porta para mim. - Onde estão todos?

- Seus pais estão caminhando no parque. Brooke está com a bebê no jardim. O Pediatra indicou o sol da manhã para a pequena Eva. - informou a mulher.

- Obrigado.

Entrei na casa e segui para o jardim de trás da casa onde pegava mais sol, longe da piscina.

Brooke estava deitada sobre o cobertor e a pequena ao sei lado dormindo. Me sentei ao lado dela que abriu os olhos e sorriu.

- O Príncipe chegou! - ela disse contente.

- Para! - me abaixei e dei um beijo em sua testa. - Porque está no sol a essa hora da manhã?

- O pediatra disse que faz bem para ela. Mas tem que ser o sol das 8h. - ela se sentou. - Cadê a sua namorava.

- Não é minha namorada e você sabe muito bem disso.

- Para com isso, Hazel! - ela me deu um tapa bem dado no ombro. - Você acabou de fazer 39 anos... Está na hora de se firmar num relacionamento e ela é... Linda! Independente, inteligente, rica...

- Estou curtindo, está bem!? Melhorou? - provoquei.

- Não está bem. Quero você feliz. - ela me encarou brava. - Quero que deixe essa mania de ser um Don Juan e seja um homem de família, com filhos, esposa e uma vida segura.

- Igual a de nossos pais? - disse irritado. - Vivendo de aparências onde um trai o outro.

- Eles são adultos, Hazel! Eles fazem o que quiserem da vida deles e nós dois não temos nada com isso. - ela resmungou, pois as paredes daquela casa tinha ouvidos.

- Não dá. - encarei minha irmã. - Não confio em ninguém e acho que essa merda de amor, paixão não existe. Tudo se resume a sexo e dinheiro.

- Pelo amor de Deus! - ela falou baixo sacudindo a cabeça em negativa. - Você precisa de muita terapia, muita mesmo.

- Vamos mudar de assunto. - me ajeitei na grama. - Onde está a estrela de Wollywood?

- Dormindo. - ela sorriu arteira. - Vamos nos casar!

- Sério? - aquilo foi um susto. - E a parte que "quero ser mãe Solteira"?

- Eu estava chateada com ele, porque disse que estaria no nascimento da nossa filha e ele não veio por causa da gravação. Isso me deixou muito brava com ele.

- E pelo jeito já passou... - me deitei ao seu lado e ela voltou a se deitar. - Pelo menos alguém se ajeitou e é feliz no amor.

- Para! Você também pode ser se der uma chance. - ela entrelaçou os dedos nos meus. - Savannah parece ser uma ótima mulher. E você parece que fica muito a vontade ao lado dela. Pense na possibilidade.

- Vou pensar! Prometo. - Sorrimos um para o outro.

Ficamos ali deitados e aproveitando ao sol até que nossos pais chegaram e Julian acordou e veio tomar café com a gente, eu apenas aproveitei o suco detox que foi preparado, conversamos um pouco e depois voltei para o meu apartamento na Time Square, pois tinha muita coisa para colocar em dia, com esperança de que Savannah me ligaria mais tarde.

***

HAZELOnde histórias criam vida. Descubra agora