Foi uma manhã cheia e com muitos processos para analisar.
Quando me dava conta relembrava a história "magrelo". Que raiva eu sentia.
Ouvi batidas na porta e Beck entrou.
- Almoço? - Olhei no relógio. -Caramba! Estamos 2 minutos atrasado para o nosso encontro. - Brincou ele.
- Dois minutos! Uau! alguém acabou de nascer e alguém acabou de morrer nesses dois minutos.
Becky era extremamente debochada
- boba! - eu ri pegando a carteira e o celular. - Vamos ao Bistrô do outro lado da rua ou prefere ir em outro? - A acompanhei para o elevador.
- Gosto do frango grelhado com brócolis e aspargos de lá
- O macarrão também é muito bom! Você já comeu? O melhor molho bechamel depois do da minha mãe.
- Eu vou deixar escolher por mim. Que tal? - Sorri para ela e dei passagem para entrar no elevador.
- Vou escolher algo picante! - ela riu.
- Não sei como gosta tanto de pimenta.
-É meu sangue caribenho! Eu devia ter pedido algo picante ontem, invés daquele medalhão de carne insosso
Olhei para ela estranhando, pois Beck não era de sair.
- Hum! Sua mãe conseguiu te tirar de casa?
Deixamos a Tower junto com centenas de pessoas que saiam pro almoço, descemos a escadaria e seguimos pro bistrô.
- Minha mãe armou um encontro pra mim ontem! - ela esboçou de modo simples
- Finalmente! - Disse puxando a cadeira para Beck se sentar.
-Finalmente comida de verdade!
- Encontro... E como foi? - Apanhei o cardápio disfarçando meu descontentamento.
- Uma bosta! - ela revirou os olhos. - O cara era até legal! Gentil... inteligente até demais! Mas... não me deixou pedir o que eu queria comer, monopolizou a conversa a noite toda, eu mal conseguir dizer três ou quatro frases. Eu achando que ia... -ela olhou em volta e mordiscou o lábio e começou a gemer baixinho.- Mas, não dava! Não depois dele passar a noite falando de investimentos na Nasdaq e do mercado europeu.
- Que oportunidade incrível ele perdeu! - Fiz um bico. - Faz de novo... - pedi pra ela gemer novamente.
- Cretino! - ela gargalhou alto. - Aposto que a sua tigresa sabe gemer alto.
- Há! Ela faz umas coisas que fiquei com medo. - Tiramos sem parar. - Ontem tapei a boca dela quando foi me chamar de magrelo pela terceira vez. mas valeu a pena. Comi com vontade!
- Ah que inveja de vocês! - ela riu - Não devia ficar mordido por ela te chamar de Magrelo. Talvez até seja um jeito carinhoso.
- Eu sei. - Fiz sinal para o garçom.
- Acha que vai dar namoro? - ela mordeu o canto da unha do dedo mínimo
- Quero ravioli a carbonara. - Apontei para ela fazer seu pedido.
-Eu quero o talharim ao molho bechamel e aquele frango com aspargos divino!
- Só pra constar, Sr Kaplan! Carbonara é feito com bacon. Bacon é porco!
O garçom nos deixou e fui responder a pergunta.
- Não acho que de namoro. Ela é bem diferente de mim. Modelo, gosta de platéia. Eu já sou mais caseiro. Como? Tem carne de porco? - Me levantei e fui atrás do garçom e troquei o meu pedido. - Ufa! Eu quase caí no conto.
- Quantos anos ela tem?
- Sabe que não sei! Levei tanto chute que fiquei com medo de perguntar.
-Talvez ela seja muito jovem, imatura! Não acha que está sendo muito exigente? Seu prazo está acabando!
- Eu não sei. - Meneei com a cabeça. - Ela é gostosinha, peitinho tão pequeno que... Nem vai ter leite para uma criança. - olhei para os dela.
- Ismar! - ela riu. - Peitos crescem depois da gravidez, sabia? E se chupar sempre os mamilos, estimula!
- os seus devem ser uma delícia. São lindos. - Olhei para as minhas mãos.
-Ismar! -ela me encarou boquiaberta
- Há! Desculpa. - Ele cobrou.
-Então você gosta de peitos?
- É... Se eu quisesse uma tábua eu comprava uma.
Becky voltou a me encarar e riu
-Acho que modelos não fazem o seu gênero! Não... Mas o bom é que... Há! Deixa pra lá. - Já tinha passado vergonha demais.
- Nem vem com deixa pra lá, eu tenho curiosidade crônica. Pode abrir o jogo.
- não vou falar. Você é uma dama e não tem que escutar essas besteiras.
- Eu sou uma dama curiosa, inferno! Eu vou te bater!- ela me ameaçou
- Tá...eu falo. - Eu ri. - Ela é tão magra que... Eu sinto chegar no fundo sabe?! A garota uiva, Beck!
- Ah meu Deus! Você deve ter um garotão aí! -ela riu. - Olha eu não sou homem, mas acho que deve ser o máximo uma garota uivar
- Beck! Você não disse isso?! - Fiquei chocado.
- Eu disse!-ela deu de ombros
- Pelo jeito é comportada na cama. - Afirmei
- Uma santa! - ela riu
Becky era muito bonita e um corpo que dava gosto de olhar.
-Então, vai se dar mais uma chance com a garota, ou vai procurar peitos maiores por aí? Eu acho que você precisa de uma chupada inesquecível! -Becky me provocou- Daquelas com tanta vontade que você ache que ela vai te engolir.
- Para! - Disse me sentindo excitado. - meu amigo não caberia na sua boca. - Brinquei.
- Você tem sorte que a comida não chegou, ou eu te atiraria um aspargo! - Becky tentou soar grave, mas não parava de rir. - Duvido que seja tuuudo isso!
Eu me divertia com ela, tínhamos essas amizade tão gostosa que nenhum de nós queria estragar aquela amizade
- Então, vai ligar pra sua modelo?
- Não... Eu não peguei o número dela. lembro que pediu o meu. - Tentei lembrar.
- Você transou com a garota e não pediu o número dela? Vai voltar a ser celibatário desse jeito
Ri do comentário de Becky e nossa comida chegou. Alguns instantes depois meu celular chamou.
- Ismar... - Disse até sendo sem ver quem me ligava.
-Olá, meu turquinho!- aquela voz doce tomou a linha- Tudo bem?
- Oi! Bem... E você? - Disfarcei sob o olhar de Beck.
-Estou ótima! Senti sua falta, pensei da gente sair a noite, você está livre?
- Claro! Porque não. Me mande a localização de onde estar que pego você.
-Ótimo! -ela respondeu-Nos vemos a noite, beijão! -ela desligou
Desliguei o celular e voltei a comer.
- Pela sua cara não era o chefe!
- Não... Uma amiga. - Sorri para ela. - Lembra do Walter da informática?
- Vagamente! - ela afirmou
- bem... Ele estava vendendo o software que desenvolveu para a empresa para um concorrente.
Ficamos fofocando sobre o assunto até voltarmos para a empresa. Lá me afundei no trabalho até às 19h.
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HAZEL
RomanceSavannah precisa salvar sua empresa depois de um golpe de seu sócio, o único modo é conseguir um empresário que esteja disposto a financiar seu próximo lançamento. Sua primeira tentativa não dá certo e desesperada acaba esbarrando no CEO Hazel Thier...