Savannah

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Aquela ida ao psiquiatra com Hazel tinha sido esclarecedora e agora eu percebia o desafio que seria mantermos aquela relação dali pra frente, mas era bom saber que ele estava disposto a combater os seus fantasmas do passado.

Quando nós saímos do consultório, eu tinha tantas indagações e não sabia por onde começar, eu não queria sufocar Hazel, mas eu precisava de ao menos uma resposta naquele momento.

- Quando sua ex-noiva morreu?

- Tem dois anos...

- A filha não a conheceu?

- Conheceu sim. Todas as vezes que fui ver Nathália era a avó quem a levava ao hotel. Eu deixei bem claro a Olga que não queria vê-la.

- E quantos anos a pequena tem agora?

- 10 anos. - Ele sorriu. - É uma menina muito inteligente! Faz aulas de piano e toca maravilhosamente bem.

Tudo o que eu consegui assimilar é que ela não tinha um pai presente e estava há dois anos sem sua mãe.

- Ela é tão jovem e perdeu sua anem, não é fácil! Devia trazê-la para Nova Iorque.

- Não é tão fácil. Eu criaria alguns problemas. Não quero magoar Brooke e forçar meus pais a conviver com a Nathy.

- Brooke tem a própria família e seus pais... Desculpa, Hazel mas...eles não podem te podar a vida toda. Você não quer romper o laço familiar, eu sei, mas... que laço é esse afinal onde você está sempre refém dos caprichos deles?

Hazel ficou me olhando e tentando absorver o que eu dizia, engolindo em seco.

- Eu adoraria traze-la para cá. - Ele sorriu. - Nathy é muito parecida com Brooke quando pequena.

- Eu te ajudaria a cuidar dela! - eu sabia que era uma decisão irreversível, mas eu queria dar aquele passo com ele

- Daria conta de uma pré adolescente e um beber?

- Podemos tentar, mas... aí teríamos que mudar a dinâmica!

- Estou aberto para escutar.

- Nós planejamos ter um bebê, eu na minha casa, você na sua, cuidaríamos dele juntos como dois amigos que se respeitam e se adoram. Mas, como essa dinâmica de "pais adotivos separados" vai funcionar com uma pré-adolescente?

- Quer vir morar comigo na casa de Lattingtown? É o local perfeito para as crianças. Podemos montar uma casa para o seu laboratório. Acho que precisa ser assim agora!- dei de ombros sorrindo

- Você vai finalmente entender o verdadeiro conceito de família!

- Hum! isso vai ser uma ótima experiência! - ele riu e desceu da maca enrolando a toalha na cintura, apoiou as mãos na minha maca onde recebia a massagem e me deu um beijo. - Vamos brincar de casinha?

- Mais ou menos isso! - Eu ri

Ele me deu um tapa na bunda.

- Termine logo essa massagem que quero te levar para casa e ver se esse corpo ficou macio. - ele riu e foi para o banho, a massoterapeuta me olhou com um sorriso de quem sabia que eu tinha tirado a sorte grande.

- Esse meu marido! - eu dei de ombros e ri. - Vamos encerrar por aqui, amiga!

- Claro! - ela me ajudou a levantar.

Passei a toalha e fui encaminhada para o banheiro feminino onde tinha deixado minhas roupas.

Hazel estava a minha espera na recepção falando ao celular quando deixei a saleta, segurou a minha mão e deixamos o local a caminho de sua casa em Lattingtown.

- Tenho uma reunião assim que chegar em casa. aproveite e descanse.

- Tudo bem. - concordei

Ele trouxepertinho assim que entramos no carro, encostei a cabeça em seu ombro e logopeguei no sono, pois a massagem havia relaxado meu corpo.

HAZELOnde histórias criam vida. Descubra agora