Savannah

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Hazel não estava muito animado com a ideia daquela festa, mas eu queria que nossos funcionários e colaboradores se sentissem felizes pra começar aquela jornada, e quem não gostava de uma boa festa?

Como tinha prometido não fizemos nada exorbitante ou de gala. Eu encomendei cervejas e vinhos para os adultos, refrigerantes e sucos para as crianças e uma boa variedade de doces, salgados e petiscos.

Tínhamos pensado em alugar um espaço, mas no fim das contas, resolvemos fazer tudo na fábrica mesma, na área social.

Eu estava feliz pelo empreendimento e por tudo o que tinha acontecido na minha vida. Eu era feliz pelo marido que eu tinha, pela família que eu e ele estávamos construindo, pelos amigos que nos cercavam e que nós podíamos confiar. Era tudo maravilhoso!

A festa começou e eu me juntei com o pessoal pra me divertir, comendo todas as besteirinhas que me eram oferecidas e dançando no meio de todos. Eu realmente estava feliz!

O que eu não podia contar, era que houvesse um penetra no meio da festa, que não estava nada feliz com a nossa felicidade e só esperava o momento mais propício para dar o bote, que chegou quando eu me afastei de Hazel, Becky e Ismar para ir a cozinha com minha mãe, montar uma nova bandeja de docinhos turcos que ela tinha preparado e queria que todos desfrutassem do sabor dos seus quitutes.

Nós ríamos divertidas, comentando como a minha barriga estava grande e como papai estava preocupado que o parto fosse doloroso demais pra mim.

Ouvi um pequeno estalo, um som característico que eu reconhecia de filmes e séries de ações que assistia com Julie, era o som de uma arma sendo destravada, mas não foi esse o som que me causou um arrepio na espinha, mas aquela voz masculina e não tão grave que eu reconhecia bem.

- Meu amor, como é bom te ver! - me voltei na direção de James, e ele portava uma arma que eu não saberia identificar qual é, e apontava direto pra mim -Nossa, como você está linda! Como está o nosso bebê? - olhei para minha mãe e seus olhos estavam arregalados e fiz um leve abano de cabeça para que ela se mantivesse calma e controlada

- O bebê está bem!

- O nosso bebê! - ele repetiu. - É um menino ou uma menina?

- É um menino! - respondi calma.

- Ah, o nosso primogênito!

- O que veio fazer aqui, James?

- Como assim, Amor? Eu vim levá-la pra casa. Você foi muito malvada comigo fugindo assim, sabia que o seu amante mandou seus homens a nossa ilha? Ao nosso ninho de amor? Por que fez isso, Savannah?

- Eu não sabia, me desculpe!

- Tudo bem, querida! Eu já tenho outro lugar para nós longe de tudo e de todos. Há um helicóptero nos esperando, mas temos de ir agora.

- Filha, não...

- Sogra, eu não quero colocar uma bala na sua testa! - ele disse, rosnando. - Mas, nada nem ninguém, vai me separar da minha mulher de novo. Nem mesmo a senhora que eu adoro! - ele me encarou severo. - Anda Savannah, eu não tenho tempo a perder

Fiquei paralisada e ele tirou a arma do meu rosto e mirou na direção da minha mãe.

- AGORA, Savannah! - ele estendeu a mão pra mim e eu estava prestes a aceitar quando Hazel, Baran e vários seguranças invadiram a cozinha.

- Hazel! - sussurrei seu nome.

- Fica longe...

- Savannah! Deixe a cozinha com sua mãe. - Pediu Hazel e os seguranças apontaram as armas para James.

HAZELOnde histórias criam vida. Descubra agora