Aquela casa foi uma loucura o dia inteiro e passei o dia tenso com a segurança do local. E parece que Julie para não se sentir entediada resolveu ficar atrás de mim falando e questionando coisas sem sentido.
Abri a geladeira e apanhei a manteiga, geleia de morango e levei para a mesa da cozinha. Estava com fome e passei a montar o meu sanduiche e assim que dei a primeira mordida Julie entrou usando um minúsculo conjunto de ceda rosa com o roupão de ceda aberto e parou na porta da cozinha e nos encaramos surpresos. Ela tentou ajeitar o roupão e foi para a geladeira.
Julie pegou o jarro de suco de laranja e se sentou a minha frente despejando num copo.
- Caiu da cama?
Olhei no relógio que marcavam 2h da madrugada.
- Quase caí de cara!- ela deu de ombros. - E você? Tá fazendo o que aqui?
Mostrei o sanduiche e dei outra mordida.
- Finalmente uma refeição descente. - comentei.
- Isso é uma refeição descente? - indagou.
- Isso é uma refeição descente? - indaguei.
- Para o momento até é! - respirei fundo e ela parecia aérea. - Teve um pesadelo? Por isso caiu da cama de "quase" de cara no chão?
- Sei lá! - ela deu de ombros. - É estranho voltar!
- Não queria voltar? achei que era a mais animada quando soube. - Era estranho estar tendo uma conversa normal com ela.
- Era, mas... - ela deu de ombros. - Lá eu ajudava na cozinha, tirava leite, cuidava das plantas ajudava Savannah no laboratório com os produtos que ela não podia manusear... Até aprendi um pouco de Química e botânica. - ela deu de ombros. - Aqui eu sou só... Uma hóspede!
- Pense nisso com uns dias de férias. - sorri lateralmente e dei outra mordida no pão. - Quer que eu faço um para você?
- Não, obrigada, preciso manter o peso! Pão não é uma boa ideia!
Sacudi a cabeça lentamente.
- Isso não vai te engordar... é uma fatia de pão integral e... - olhei para o pote de manteiga. - É uma manteiga vegana. Muito boa por sinal.
- Hum! - ela deu de ombros. - Você valoriza muito essas pequenas coisas, não é? Já passou fome né? - e lá vinham as perguntas inconvenientes.
- Quer saber... - coloquei o pão no prato e a encarei puto. - Cansei! - Me levantei pronto para ir embora.
- O que foi? - ela estranhou. - Você está sempre tão bravo! Te falta uma mulher!
Parei na porta e me voltei para ela.
- O que te faz pensar que eu preciso de uma mulher? Eu posso precisar de duas... Talvez... Um arem de 40 virgens! - Debochei. - Há! Já sei! Vou virar terrorista, jogar meu avião em alguma torre por aí para ir para o céu por ter sido prometido 40 mulheres no paraíso
- Quarenta? - ela deu de ombros. - eu, sozinha, consigo te deixar maluco e irado desse jeito, imagine o que quarenta mulheres fariam?
- Garanto que ficariam caladas e prontas pra me fazer feliz o suficiente para não ficar irado. - As vezes eu tinha uma vontade enorme de gargalhar, pois ela era muito inocente. Irritantemente inocente.
- Você não daria conta de quarenta mulheres.
- quantos dias tem um mês? - Cruzei s braços curioso com sua resposta.
- Não são quarenta, com certeza! Então não venha me dizer que seria uma por dia. Talvez você revezasse, e aí poderiam ser duas num dia e uma no outro. Mas ainda assim você não daria conta, teria que ser uma máquina do sexo pra isso. Você não tem tanto fôlego! Tem outra coisa, como você sustentaria tantas?
- No meu país não é só o dinheiro que prevalece. São os animais como cabras, gado... Plantações. E sim. Eu daria conta de 41. - Me voltei pra sair.
- Não, você não daria! - ela insistiu. Não sei se daria conta de uma. Está sempre bravo! Aposto que há tempos não descabela o palhaço
O que falar diante daquela fala e Julie. Ela realmente era sem noção.
- está me desafiando?
- Desafiando? - ela pareceu perceber que foi um pouquinho longe demais. - Ah não, Sr. Dono do Harém. Eu não quero aborrecer o shake! - Não! Ela só estava sendo sarcástica.
- Então não desdenhe da masculinidade de um homem. Isso magoa. E no meu país... Com certeza não ficaria só na conversa. - Acendi para ela. - Boa noite, sta. Courtney!
- Você mandaria me açoitar em praça pública? Ou iria provar a sua masculinidade? - Ela era insistente
- As duas coisas estaria de bom tamanho para sua língua.
- Nossa, que malvado! - ela riu e mordeu o canto da unha.
- Vai dormir, Sta. Courtney! - Deixei a cozinha em direção ao alojamento os funcionário.
- Boa noite, seu chato! - ela quase gritou quando eu saí.
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HAZEL
RomanceSavannah precisa salvar sua empresa depois de um golpe de seu sócio, o único modo é conseguir um empresário que esteja disposto a financiar seu próximo lançamento. Sua primeira tentativa não dá certo e desesperada acaba esbarrando no CEO Hazel Thier...