Ismar

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Começamos a andar juntos e eu não sabia mais como abordar uma conversa legal, então fiz o que sempre Hazel fala para eu fazer.

- Está começando a esfriar. Logo o inverno chegará. Gosta do frio? - perguntei me sentindo tão idiota.

-Não muito!- Julie deu de ombros- Mas, acho a neve bonita!- ela sorriu

- É natural de Nova York?

-Sou do Kentucky!

- Hum! - ele riu desconcertado. - Não sei onde fica, desculpa.

-Tudo bem, o Kentucky é meio longe de tudo. Eu vim pra Nova York estudar e fiquei!

- E qual curso fez?

-Eu comecei a estudar publicidade, mas deixei a faculdade quando comecei a trabalhar.

- Como modelo? - Eu acho que estava fazendo muitas perguntas. - Moro aqui a duas quadras, quer ir até lá?

-Sim, como modelo!- ela respondeu- Podemos ir ao seu apartamento.

- Eu tenho alguns doces turcos, espero que goste. - Sorri para ela. - Eu sou turco, nasci em Trebizonda, norte da Turquia.

- E como veio parar nos Estados Unidos?

- Hazel e eu éramos amigo na faculdade. Ele fazia pós graduação e eu estava cursando o ultimo ano. Então ele sumiu por alguns meses, eu me formei e voltei para minha cidade. Uma dia estava voltando com minha mãe do mercadinho e Hazel estava a minha espera. Parado com seus óculos escuros e uma mochila nas costas. Sabe quando você custa a reconhecer alguém? pois é! Hazel estava com a barba para fazer, mais forte e os cabelos sem corte. Ele me fez o convite para ir para os estados unidos trabalhar com ele. Eu aceitei na hora. A oportunidade era muito boa.

- E isso foi há quantos anos?

- Sete anos. - disse orgulhoso. - consegui realizar muitos sonhos. Meus pais estão fora de zona de conflito e vivendo em Stambul.

-Que bom! Conseguiu aua sua família

- Estou muito feliz em ajuda-los. - Paramos em frente ao meu prédio e abri a porta da recepção para ela e adentramos. - Nossa! aqui está mais quente.

Assim que ela passou pela porta eu a fechei e abri a do elevador para que entrasse, apertei o botão do oitavo andar e subimos.

-Você mora aqui sozinho?

- Sim. - A olhei e as portas se abriram.

Ofereci para sair a minha frente e a segui.

O apartamento era grande e amplo.

- Aceita uma taça de vinho?

-Aceito!- ela concordou

- Fique a vontade, vou pegar as taças... Já volto.

Corri até a cozinha e peguei as taças, passei uma água e voltei correndo encontrando Julie no sofá.

- Aqui... Dei a taça para ela e peguei um vinho da adega climatizada.

-É um apartamento bonito!- ela afirmou apesar de eu não ter lhe mostrado tudo.

- É sim. Gosto de morar aqui, é perto de tudo... Do trabalho, melhores restaurantes, manchetes, laser. É um bom lugar.

Despejei o vinho em sua taça.

-E o que costuma fazer nos seus momentos de lazer

Pensei por um instante para responder, pois eu tentava mascarar minha solidão com livros de direito, bater uma assistindo filme pornô. Porra! minha vida era muito chata.

HAZELOnde histórias criam vida. Descubra agora