Hazel

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Foram 7 horas e vinte minutos e finalmente chagamos ao nosso destino. O avião pousou tranquilamente e estacionou próximo ao HANGAR de aeronaves particulares. O Policial alfandegário veio pegar nossos passaportes e pediu para que esperássemos.

- Aqui a maioria fala francês... E quase tudo aqui é permitido, só não pode consumir bebidas alcoólicas nas ruas. - disse a ela que estava ainda sonolenta, comecei a rir. - Vamos direto ao hotel, assim vai poder dormir mais um pouco, está bem?

-Você não me deixou dormir!- ela bocejou- Como pode ainda estar com tanta energia?

- Eu sempre dormi muito pouco. 4 horas é o suficiente para mim. - a puxei para mim e beijei seus cabelos. - Eu só parei porque desmaiou. - ri da cara que ela fez para mim.

-Eu não desmaiei!- ela protestou- Só estava exausta!

- Eu te deixo sempre molinha! - beijei novamente seus cabelos.

-Hum, e eu adoro isso!

O piloto fez sinal para descermos.

- Vamos. - Me levantei segurando a mão de Savannah e deixamos a aeronave.

O vento frio bateu forte em nossos rostos e ela se agarrou em mim. Desce os a escada e entramos no carro.

- Está com frio? - a abracei esfregando as mãos em seu braço.

-Um pouco!- ela tentou soar convincente, mas era nítido que ela estava congelando

- Vamos ligar o ar quente... - Apertei o botão para ligar o ar. - Pronto! Aqui é igual a nova York. Cidade construída próximo ao mar, com muitos canais. Acaba sendo frio.

-Gelado!- ela deu de ombros

- Quando Nova York foi fundada... Cogitaram de chama-la de Nova Amsterdã. - Sorri para ela. - Vou comprar um casaco quentinho para você.

-Sabia que Amsterdã é a capital mundial das flores?

- Sabia. - Rimos juntos. - Podemos alugar um carro e viajar.

-Quero andar de bicicleta! Da última vez que vim com meus pais, vi muitas bicicletas pelas ciclovias e não pude usar! - ela chegou a fazer bico

- Bem... Vamos alugar bicicletas... - Achei aquilo muito engraçado e totalmente diferente do que estava acostumado.

-Quando estivemos aqui eu tinha quinze anos. Mamãe veio me apresentar a alguns parentes, na verdade era pra eu conhecer um pretendente. Não deu certo!

- o que você aprontou?

-Nada! -dei de ombros- Eu era uma menina inocente de quinze anos de idade, e se eu virei a tigela de mingau na cabeça do garoto foi só um acidente. Aném desistiu da idéia de me transformar numa legítima moça turca depois dessa viagem, Babam também se impôs e a fez mudar de idéia

Eu explodi numa gargalhada dentro daquele carro que chegou a doer minha barriga.

- Savannah... Eu quero morrer seu amigo!

-Eu não fui criada na Turquia, odiava andar com um lenço enfiado na cabeça e odiava ainda mais a ideia de me casar com um desconhecido. Eu era uma menina, queria fazer faculdade, e certamente não queria morar em Amsterdã

- Então podemos cruzar com o priminho?

- Não sei!

O carro estacionou em frente ao hotel e logo descemos. Não precisava fazer cheking, pois eu já tinha um apartamento me esperando.

-Quantas vezes esteve em Amsterdã?

- Milhares de vezes... Esse hotel já está com a empresa a mais de 10 anos. - Abri a porta do apartamento e a deixei entrar primeiro. - É como uma suíte presidencial. Temos duas suítes, sala de jantar e escritório.

HAZELOnde histórias criam vida. Descubra agora