Savannah

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Eu tinha acordado tarde aquela manhã e Julie já tinha saído me deixando um bilhetinho na porta da geladeira de que tinha ido a um ensaio fotográfico e me encontraria pra almoçar. Pensei em ligar pra Hazel, mas achei melhor aguardar um tempinho. Eu ainda não estava preparada pra ser imparcial diante dele, mesmo que ao telefone, então resolvi deixar pra ligar a noite, talvez ele até sentisse um pouco de saudades!

Fui para o meu laboratório, que costumava ser uma espécie de porão no meu apartamento, antes de eu mandar reformar. Vesti meu jaleco, coloquei meus óculos e fui trabalhar minhas fórmulas nos meu tubos de ensaio. Depois de quase duas horas presa ali dentro, voltei a minha suíte e tomei um banho reconfortante, encarando o telefone "Eu não ia ligar para Hazel Thierry, não ainda!", depois do banho me servi da sobra da Fritatta que sobrou na geladeira, não exagerando porque eu iria encontrar Julie no Centro, e provavelmente iríamos comer qualquer bobagem, ela adorava me usar pra sair da dieta. E não deu outra! Julie e eu nos encontramos no parque e fomos comer picanha mau-passada com molho barbecue e depois fomos para o meu apartamento, Julie acabou tirando um cochilo no sofá e eu aproveitei o momento pra ligar para Hazel.

Levei um susto quando ele atendeu em modo vídeo. ele estava em um escritório, pois dava para ver os diplomas pendurados atrás dele e a luz da tela do computador iluminando o local, já era noite.

- Então você fugiu da minha cama. - ele ressaltou ao me ver. - Geralmente quando faço isso deixo um bilhete.

- Oh, não está zangado por isso, está? Eu não quis acordá-lo

- Não... Só quis te provocar. - Ele sorriu. - Já jantou?

- Comi uma coisinha na rua! - dei de ombros. - Como foi o seu dia?

- Trabalhei praticamente o dia todo. Ainda almocei com minha irmã e a estrela do futuro marido. - Ele disse com pesar. - Estou com fome e quero companhia para jantar. Quer ir comigo?

- Por que não? - concordei. - Tenho a impressão de que você não gosta muito do seu cunhado, não é?

- Ele é dissimulado e minha irmã cai na lábia dele. É isso.

- Ou você é que é implicante? - provoquei rindo. - Se sua irmã o ama, dê uma chance!

- minha irmã e eu somos cúmplices. - Brincou ele. - Eu dou. Por isso não implicou com ele.

- Que bom! - emendei sorrindo. - Então, onde pretende me levar pra comer?

- num lugar bem furreco onde vende deliciosas coxinhas de frango e barriga de porco coreano com bastante pimenta. Então se vista bem simples e sem joias. Tenis de preferencia. - ele sorriu arteiro.

- Tá bom! - concordei. - Eu adoro coxinha com catupiry

- Essa não tem nada de catupiry! vai por mim, você vai comer coxa de frango frito e apimentado, e, tomar cerveja.

- Adoro pimenta!

- Perfeito. Te pego em uma hora, eu sei seu endereço. - ele piscou para mim.

- Vou me arrumar e esperar! - afirmei rindo

- Não esquece! roupa simples.

- Jeans e camiseta, relaxa!

- Até mais. - ele sorriu e desligou.

HAZELOnde histórias criam vida. Descubra agora