Cap. 32

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~POV EMMA~

Não é possível que a história se repetirá. Eu sempre tive na minha cabeça que era só um brinquedo para os homens, mas pra mulher também? Talvez seja pra eu morrer solteira mesmo.

Cada promessa feita, cada momento que passamos juntas, cada beijo e cada toque, tudo foi por água abaixo? Como eu fui tão idiota de acreditar nela?

Estava tudo perfeito demais pra ser verdade, a culpa era minha! Eu jamais deveria ter confiado na pessoa que me odiava meses atrás, eles eram iguais. Jenna e Markus, eram farinha do mesmo saco.

Meu estômago revirou com aquela cena, minha visão foi ficando turva e eu sentia como se meu coração fosse parar de bater.

   —Emma: v-você esqueceu i-isso — falei pegando o carregador do chão e colocando em cima da mesa de canto, eu tremia dos pés a cabeça.

   —Jenna: caralho...eu não acredito!! — pelo pouco que vi, Jenna rapidamente desfez o sorriso do rosto.

   —Emma: desculpa atrapalhar, já estou de saída. — falei me retirando do quarto.

Eu estava com dificuldade pra andar, minhas pernas estavam trêmulas e minha visão embaçada. Desci as escadas lentamente até chegar na porta de entrada.

   —Jenna: Emma!! Espera, me escuta. — não, eu não conseguia nem ouvir a voz de Jenna que eu sentia o vômito na minha garganta.

   —Sra. Ortega: já vai querida? Você está bem? Está tão pálida. — ótimo, a mãe de Jenna ainda estava lá.

   —Emma: s-sim. Sra. Ortega, não deixa ela vir atrás, por favor? — eu sentia as lágrimas escorrendo, Sra. Ortega assentiu meio confusa.

   —Jenna: EMMA!!!!

Saí rapidamente dali, acho que a Sra. Ortega não conseguiu impedir que Jenna viesse atrás de mim, eu acelerei os passos e ouvi Jenna correr atrás de mim.

   —Emma: presta atenção, olha bem nos meus olhos, ACABOU! Tá me ouvindo Jenna? EU E VOCÊ, NÃO EXISTE MAIS. — falei me virando bruscamente e ficando de frente pra ela — ah, claro. Eu não poderia ficar com isso! — tirei a aliança do meu dedo e devolvi para Jenna — encontra outra idiota pra machucar, seu trabalho comigo já está feito! Queria se vingar de mim por todos os anos que eu TAMBÉM te infernizei? Parabéns Ortega, você conseguiu.

As lágrimas não paravam de cair, a cada palavra era como se fosse um combustível pra elas. Graças a Deus que na hora um táxi estava passando, pedi pra ele parar e entrei rapidamente no carro.

Jenna ficou lá parada, não movia um músculo e sua feição estampava choque.

   —Taxista: pra onde devo levar a senhorita? — o senhor de cabelos grisalhos me perguntou.

   —Emma: l-longe, por favor — falei tentando limpar as lágrimas.

   —Taxista: você pode respirar fundo comigo? Vamos lá, eu te ajudo. — levantei minha cabeça e olhei para o senhor que me olhava pelo retrovisor — me desculpe se estou sendo invasivo senhorita, mas estou vendo que não está bem! Eu tenho uma filha da sua idade, sempre que ela está chorando, nós respiramos fundo até ela se acalmar.

   —Emma: t-tudo bem — acompanhei ele, inspirando e expirando!

   —Taxista: está mais calma? — assenti.

   —Emma: me leva até aquela loja de conveniência no final da avenida 5? — ele assentiu e seguiu caminho.

Chegamos no destino, eu o agradeci pela ajuda e me despedi. A minha única intenção de ir nessa loja, era comprar alguma bebida. Já que ela ficava distante da minha casa, seria o lugar perfeito.

𝔸 ℕ𝕒𝕞𝕠𝕣𝕒𝕕𝕒 𝔻𝕠 𝕄𝕖𝕦 𝕀𝕣𝕞𝕒̃𝕠 {𝕁𝔼𝕄𝕄𝔸}Onde histórias criam vida. Descubra agora