Capítulo 1

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TESSA

passado

Terminei de passar a peça jeans pelas minhas pernas e sorri me olhando no espelho. Era a primeira vez que eu vestia um short jeans na minha vida. Dei uma voltinha me sentindo bonita e peguei a minha bolsa com meus cadernos da escola que agora só faltavam 2 semanas pra acabar e eu estava esperando as respostas das faculdades.

— Tessa, você está atrasada — ouvi minha mãe gritar e me assustei saindo correndo do quarto carregando minhas coisas, mas chegando no final da escada eu parei quando vi o meu pai parado na porta, não era pra ele estar aqui tão cedo, droga, me olhou com careta e descrença enquanto eu estava paralisada.

— o que é isso? Pra onde você acha que vai usando essa vulgaridade de roupa? — o homem branco de barba rala e óculos me olhava jorrando decepção e nojo, fazendo com que eu me sentisse errada e nojenta.

— é só um short, a Triz me emprestou — falei em um fio de voz e abaixei a cabeça.

— Ana vem aqui, olha o que a sua filha está vestindo quase parecendo uma mulher da vida — meu pai foi até a porta da cozinha chamar por ela que quando me viu apertou os olhos negando com a cabeça.

— já falamos sobre as suas roupas filha, você não pode sair assim e exigir que ainda te respeitem — me senti encurralada pelas palavras deles e apertei as mãos na alça da minha bolsa.

— eu vou me trocar, me desculpem — me virei pra subir a escada mas não antes do meu pai disser.

— volta aqui e me entrega o seu celular — foi o que eu fiz em silêncio e sem olhar nos seus olhos — no final da aula vem direto pra casa, nada de ir tomar café com as suas amigas — saiu me deixando sozinha e subi as escadas me sentindo pra baixo como de costume, entrei no meu quarto me livrando da roupa e jogando no fundo do guarda-roupa e vesti o meu vestido rosa que ia até os joelhos e era largo sem marcar nenhuma curva do meu corpo, e era melhor assim. Andei até a escola olhando pro céu e esperando que meu dia fosse melhor, cumprimentei algumas pessoas que eu conheço da igreja e outros da vizinhança, Westville é bem pequena então todo mundo te conhece e você conhece todo mundo, o que torna as coisas mais difíceis as vezes. Sai dos meus pensamentos com um corpo grande se aproximando e fui abraçada pelo pescoço ficando sufocada.

— oi, demorou — meu namorado me olhou e olhou a minha roupa — vestido sem graça ataca novamente — sim namorado, Jimmy e eu namoramos a 6 meses desde que nossas famílias se conheceram e somos da mesma igreja, o que foi uma alegria pros meus pais.

— não me deixaram usar outro roupa — olhei pro meu vestido me sentindo sem graça e mal vestida. Digamos que o Jimmy seja um pouco popular por aqui mesmo que não seja jogador ou algo assim, as pessoas nos olham juntos o tempo todo e eu queria me sentir bonita do lado dele só uma vez.

— relaxa — entramos juntos nos corredores da escola e andamos até a minha sala — amanhã tá de pé? — ele me olhou nos olhos e mesmo não querendo, eu disse que sim.

— pode chegar às 17:00, não vai ter ninguém em casa — ele sorriu e cobriu meus lábios com os seus.

— vou te levar até a sua sala — andamos juntos até os corredores e nos despedimos na porta da minha sala, sentei na minha mesa que eu ocupo desde o começo do ano e o professor já escrevia na lousa enquanto minha cabeça estava longe. Jimmy insiste que precisamos avançar alguns passos e que eu preciso provar que o amo, confesso que estou curiosa já que eu nunca descobri o que pode acontecer entre um homem e uma mulher, talvez seja a hora.

Minha mãe estava no trabalho e o meu pai na igreja quando Jimmy tocou a minha campainha, atendi animada e apesar de estar nervosa eu estava decidida que deixaria rolar, aliás estamos juntos a tanto tempo que não vi motivos pra me preocupar.

— oi C — beijou meus lábios e me puxou pros seus braços enquanto eu fechava a porta — achei que você ia pular fora — soltei uma risada nervosa e segurei na sua mão.

— não, eu tô pronta e confio em você totalmente — puxei ele pela escada.

— você é a namorada perfeita — entrou comigo no quarto me beijando e empurrou a porta atrás de mim andando e me levando junto.

— nossos pais souberem disso estamos mortos Jimmy — pensei na possibilidade dos meus pais souberem que eu tive intimidades com um homem — promete que você vai ficar do meu lado — segurei seu rosto e olhei nos seus olhos que me passaram confiança e então meu coração se acalmou.

— eu prometo —  beijou minha testa e eu sorri deixando ele subir a minha blusa, em pé ao lado da minha cama eu deixei que ele me tocasse, me despisse e visse a minha alma e eu gostei de fazer isso — você não vai se arrepender — puxou o meu sutiã com força e eu soltei uma risada nervosa quando ele me olhou nua do tronco pra cima, abaixou a minha saia e me olhou sorrindo abrindo a própria calça, e eu ate penso em ter visto todo o calor e o amor sumir dos seus olhos, mas eu não me importei em continuar — senta, vai ser tão bom pra você quanto pra mim — não sabia qual seria o nosso próprio passo então me sentei na cama, deixando cegamente que ele me guiasse, prendi a respiração quando ele abaixou a cueca na minha frente e segurou o meu queixo.

— Jimmy, o que está tentando fazer? — eu não sabia nada sobre sexo, então o que ele esperava que eu fizesse?.

— abre a boca, confia em mim Tessa, eu nunca machucaria você — foi o que eu fiz e ele colocou o pênis na minha boca. uma amiga minha tinha me contado sobre o sexo oral, ela e o namorado faziam bastante pra guardar a virgindade ate terminarem o colegial, mas eu meio que não gostei, mas pela cara do Jimmy ele gostava, então eu preferi só continuar —  você é incrível C —  um lado do meu cérebro odiou cada segundo em que ele empurrava a minha cabeça e me deixava sem ar e sem saber o que fazer, mas o outro lado ficava feliz em deixar ele satisfeito pelo menos uma vez. me assustei com uma coisa com gosto horrível batendo na minha boca e eu me afastei com pressa assustada e cuspi no chão —  qual é o seu problema?

— é nojento — limpei a boca e ele me olhou negando com a cabeça e se afastou me deixando gelada no lugar — quer dizer, eu não quis dizer isso.

— eu sabia que ia ser uma perda de tempo, eu estou literalmente a todo custo tentando achar um pouco de graça em você C, mas é impossível quando você diz esse tipo de coisa, você não podia só gostar e parar de reclamar? — vestiu a calça e eu abaixei a cabeça envergonhada.

— me desculpa mas, é que eu não gostei — ele gargalhou da minha cara e quando abaixou pra se vestir a porta do quarto foi aberta e eu senti a minha visão escurecer quando minha mãe me olhou. somente de calcinha na cama com Jimmy dentro do quarto. o tempo que eu tive de puxar meu edredom e me cobrir meu pai entrou no quarto e eu sabia o que ia acontecer. se comporte como uma pecadora e você ira pagar Tessa.

Meu pecado - amores improváveis #3Onde histórias criam vida. Descubra agora