Capítulo 43

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TESSA

Lia o cartaz do filme que iríamos assistir enquanto Bryce reclamava da fila da pipoca ao meu lado, de braços cruzados igual uma criança por ter cismado que tinha um homem olhando pra minha bunda quando entramos no cinema. Olhei pra ele de canto de olho e sua pose de sério estava firme, cara fechada e mãos no bolso, ridiculamente bonito.

— você vai querer pipoca doce? — perguntei me aproximando do seu corpo quando a fila andou mais um passo.

— sim, podemos pedir o balde meio a meio — passou um braço pela minha cintura e beijou o meu pescoço.

— e vai querer uma chupeta também bebê? está de cara feia até agora por causa do homem que estava lá fora — arqueei as sobrancelhas pra ele que sorriu e terminou de abraçar o meu corpo por trás.

— é inevitável não ficar com ciúmes — coloquei as mãos sobre as suas que estavam na minha barriga.

— ou você só é maluco mesmo — brinquei e ele mordeu minha bochecha me fazendo cosquinha — vamos — pegamos uma pipoca gigante e 2 refrigerantes e partimos pra sala de cinema, não conhecia o filme que ia passar mas parecia ser uma boa comédia, nós nos sentamos em uma fileira no canto superior e em volta tinha outros casais e amigos, mas a sala estava consideravelmente vazia. Era uma boa comédia que me arrancou umas risadas e até mesmo do Bryce, depois de muita pipoca, refrigerante e balas o filme acabou e saímos tagarelando da sala e me assustei quando chegamos até a porta do cinema e uma chuva muito forte caia.

— você estacionou muito longe? — choraminguei e ele concordou dando risada — nós podemos correr — dei os ombros olhando a rua enchendo.

— ou podemos esperar passar — olhamos mais uma vez pra rua — certo, não vai passar — tirou sua blusa de frio e colocou nos meus ombros de um jeito protetor me fazendo sorrir — vamos correr .

— você é um cavalheiro Holland — ganhei um beijo na testa .

— eu estacionei atrás daquele carro vermelho.

— vamos lá — ele puxou minha mão e começamos a correr juntos pela chuva enquanto os pingos grossos ensopavam nossas roupas e meu tênis começou a fazer um barulho irritante de plástico molhado me fazendo rir e quase tropeçar quando chegamos perto do carro, abri a porta e pedi desculpas ao banco quando eu me sentei com a roupa molhada.

— meu Deus, vamos molhar o carro inteiro — tirei seu casaco molhado dos meus ombros e coloquei nos meus pés.

— não importa — segurou minha cabeça entrega suas mãos e secou meu rosto com os dedos — espero que não fique doente — sorri e segurei seu rosto da mesma forma, tirando as gotas que estavam caindo do seu cabelo.

— eu não vou, e se eu ficasse teria valido a pena — ficamos nos olhando no escuro do estacionamento mas eu o enxergava perfeitamente, como se ele fosse um farol impossível de não ser notado, fui a primeira a me aproximar e beijei seus lábios que estavam gelados pelo banho de chuva, mas rapidamente ficamos quentes quando nos encostamos, deslizei as mãos pelos seus cabelos e ele me puxou com mais força pela nuca, o beijo molhado inebriou a minha mente e suspirei pesado contra o seu rosto, parecendo estar descontrolada eu o puxei mais pra perto e ele rapidamente resolveu isso me puxando pro seu colo como se eu fosse uma boneca que passasse menos que algodão, nos olhamos com a luxúria dominando o ar e sua mão subiu até o meu pescoço me levando um pouco pra trás e deitei a cabeça completamente quando sua língua quente passou no meio dos meus seios secando o resto de água que estivesse por lá, apertei as pernas em volta das suas coxas e suspirei fechando os olhos quando sua mão arrastou minha blusa pro lado e ele chupou o meu seio prendendo o bico entre os dentes, me puxou de volta até nossas bocas se grudarem em um beijo ardente, desci as mãos pelo seu peitoral e quando cheguei ao botão da sua calça ele parou o beijo.

— vamos pra casa? — segurou meus cabelos tirando a cortina de fios dos nossos rostos e eu concordei, ficando um pouco envergonhada e bastante satisfeita com a forma que ele estava me olhando.

— vamos — beijou meu nariz antes de me ajudar a ir pro outro banco, cruzei as pernas tentando arrumar meu cabelo e peguei seu olhar em cima de mim me analisando — o que foi? — ele sorriu, não um sorriso simples, um sorriso com uma promessa por trás.

— nada baby, vamos pra casa — ele dirigiu enquanto estávamos em um silêncio confidente, cheio de ansiedade pelo que viria — não precisamos fazer nada se você não quiser.

— eu quero — me virei pra ele e não senti vergonha de admitir isso em voz alta. Em 10 minutos estávamos na sua fraternidade completamente vazia, não sabia onde os outros estavam e não me preocupei com isso, enquanto subíamos as escadas sua boca grudou no meu pescoço e quase caímos no degrau, uma única mão sua foi até a minha cintura e ele me levou no colo até a porta do seu quarto onde entramos rindo e se emaranhando um no outro.

— eu quero falar uma coisa — ele pediu e eu concordei me livrando dos sapatos e parando na sua frente — queria te falar isso a muito tempo Tessa — seu olhar estava sério mas ele tinha um sorriso nos lábios.

— você é gay? Não seria justo esperar tanto tempo pra me falar — brinquei e ele riu jogando a cabeça pra trás.

— Cooper — se aproximou levantando meu queixo pra me olhar nos olhos — você quer namorar comigo? — suas palavras saíram em câmera lenta, com um tom doce que atirou direto no meu peito — sem mentiras, sem acordos, só eu e você — me segurei na sua blusa molhada sentindo que minhas pernas falhariam — acho injusto que você entre nessa, deite na minha cama sem uma certeza do depois, eu não quero que você tenha dúvidas.

— eu quero, quero muito namorar com você Bryce — pulei no seus braços ganhando o beijo mais doce que eu já senti na minha vida, suas mãos me puxaram pra cima e me enrolei na sua cintura decidida a não soltá-lo nunca mais, se eu fosse pecar iríamos queimar juntos.

Meu pecado - amores improváveis #3Onde histórias criam vida. Descubra agora