Capítulo 25

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presente
BRYCE

Forrei o tal lençol no chão bem embaixo de uma árvore gigante que não tinha muitas pessoas ao redor, as luzes iluminaram o lugar todo e observei Tessa tirar os tênis e subir de meia no lençol, sentou e cruzou as pernas me olhando, sorri e fiz o mesmo, foi mais difícil sentar em perna de índio com um metro de canela então só estiquei elas envolta do seu corpo.

— você está linda Cooper — observei seu rosto ganhar uma corzinha, não parecia envergonhada e sim feliz.

— sobre o que vamos conversar?.

— quanto tempo durou o seu último relacionamento? — precisava saber se ela ainda tinha sentimentos pelo cara, ou se ficaram juntos por muito tempo, não sei quando isso começou a me incomodar.

— alguns meses, começamos a namorar no final da escola, e acabou antes que eu viesse pra cá — estava um pouco mais séria e brincou com uma mecha do cabelo antes de puxar fôlego — eu ia ter a minha primeira vez com ele mas o meu pai pegou a gente, e quando alguém teve que ser o responsável ele me nomeou como culpada e foi embora, esse dia nós terminamos mesmo sem um dizer isso na cara do outro.

— que otario, você devia ter quebrado o nariz desse frouxo antes de ter ido embora — era inacreditável que um homem tenha deixado a sua própria namorada apanhar e não pensou em protegê-la.

— eu devia mesmo — suspirou com um pequeno sorriso.

— então a sua primeira vez nunca aconteceu — eu já sabia que Tessa era virgem e isso não era um problema — e a sua mãe? como ela é?.

— uma boa pessoa, tentava me proteger do jeito dela, sei lá Bryce é tão complicado não conhecer direito os próprios pais — suspirou franzindo os lábios e sem pensar eu segurei a sua mão, ela encarou nossas mãos juntas e aos poucos deixamos nossos dedos se enlaçarem, seus dedos finos deslisaram pela minha pele até encontrar com o anel que eu usava no dedo indicador — eu gosto desse anel — sorriu relaxada e rodou o acessório no meu dedo.

— minha mãe que me deu, antes dela ir embora e eu nunca mais tirei — sorri deixando a garota observar o objeto.

— estranhamente combina com a sua personalidade — observei o sorriso sincero nos seus lábios ficando encantado e me aproximei tocando seu rosto com a outra mão.

— você não sabe o quanto é linda não é? — passei os dedos na sua sobrancelha e beijei sua bochecha voltando a me afastar pra não deixar ela desconfortável.

— eu me arrependi de ter me arrumado tão pouco, não sabia que viríamos pra um lugar assim — olhou para as luzes que refletiram nos seus olhos e iluminaram sua pele.

— mas você está linda assim, do jeito que eu te conheci — deu uma risada tímida.

— você me deixa sem graça — assume em um sussurro e toco seus cabelos com as duas mãos fazendo um carinho, aproximo nossos rostos sentindo seu nariz roçar no meu.

— não quero que tenha vergonha de mim — rocei nossos lábios vendo seus olhos pesarem, peguei sua mão que estava ao lado do seu corpo e apoiei no meu peito — pode tocar, descobrir do que você gosta em mim.

— eu acho que gosto de tudo — sorri com sua fala e deixei que sua mão deslizasse até o meu ombro e depois pelo meu abdômen, coloquei as mãos atrás dos seus joelhos e puxei ela pra mais perto enroscando nossas pernas. Tirei os cabelos do seu ombro e beijei seu pescoço fazendo ela se arrepiar, deslizei o dedo pela pele lisa do pescoço e puxei um pouco do tecido da blusa mostrando mais pele e deixei minha língua deslizar por lá ouvindo Tessa suspirar.

— tudo bem? — perguntei olhando nos seus olhos e ela concordou mordendo os lábios e foi o meu fim, colei nossos lábios segurando sua nuca e me surpreendi ao sentir sua língua deslizar na minha, mordi seu lábio e suspirei sentindo nossas línguas se enlaçarem e acho que deixei o beijo sexy demais por que ela se afastou um pouco.

— estamos em público — me olhou piscando lentamente com os lábios vermelhos e molhados — tá calor aqui né — sorri concordando.

— quer ir embora? — ela pensou por um momento e deu os ombros segurando minha mão.

— vamos ficar um pouco — ela se virou no lençol e sentada no meio das minhas pernas apoiou a cabeça no meu peito e ficamos os dois olhando as luzes, tirei seu cabelo dos ombros e apoiei o queixo na curva do seu pescoço enquanto ela ainda brincava com o meu anel.

— vamos ficar até desligarem tudo — falei mais pra mim do que pra ela, não queria que a garota saísse do meu abraço por umas horas. Mais tarde já dentro do carro ou ouvia sua risada enquanto me ouvia reclamar sobre ter formigas em minhas pernas e que mesmo depois de tirá-las eu as sentia andando em mim.

— sabe o que seria perfeito agora? pararmos pra comer um cachorro quente daquela barraca — apontou pra um trailer de cachorro quente estacionado em frente a uma quadra de futebol onde crianças jogavam e eu concordei de imediato estacionamento o carro.

— com mostarda ou sem mostarda? — saímos do carro até a pequena fila de 2 pessoas e parei atrás dela lendo o banner de tudo que eles vendiam.

— com certeza sem — pisquei pra ela orgulhoso.

— boa garota —pedi 2 completos sem mostarda e refrigerante pra ela e erguemos as mãos com o dinheiro juntos fazendo a senhora nos olhar com um sorriso tímido — aqui senhora, fique com o troco — com uma mão tomei o dinheiro de Tessa e eu paguei a moça com meus 40 dólares e dobrei o dinheiro da loira enfiando no bolso traseiro da sua calça.

— Bryce — me repreendeu e abracei sua cintura relaxado.

— você está comigo baby, o que seria pagar um simples cachorro quente comparado com tudo que eu quero fazer com você — antes que ela responda a senhora entrega um copo azul gigante com Coca Cola, Tessa o segura e morde o canudinho me olhando nos olhos — nem reconhece o quanto é gostosa não é mesmo Cooper — sorri com a mão na base da sua cintura vendo como ela reage com elogios mais quentes, ela gostava mas sentia vergonha.

— prontinho casal — sai do transe indo pegar os nossos lanches e sentamos em um banco de madeira que tinha ao lado do trailer.

— que cheiro bom — suspirou antes de morder o lanche e eu não fiquei pra trás — hm — concordei mordendo um pedaço maior e nem se quer conversamos já que dedicamos nosso tempo a devorar o pão.

— que boca grande — brinquei com ela ganhando um empurrão e gargalhei da sua careta.

— Bryce Holland fazendo piadas, eu nunca imaginaria isso — ela falou enquanto terminava o seu refrigerante.

— por que diz isso? Eu tenho ótimo senso de humor — murmurei jogando todo nosso lixo fora e esperei que ela andasse ao meu lado até o carro.

— você tinha aquela cara — olhei pra ela arqueando as sobrancelhas — você sabe, "eu não vou sorrir e nem ser legal com ninguém por que eu sou um bad boy " — fingi que estava ofendido e levei a mão ao peito.

— eu sorria pra você — apertei seu queixo arrancando um sorriso dela. Parando em frente a sua casa observei ela se livrar no cinto e então se virar na minha direção com um sorrisinho e os olhos brilhantes pela noite que estava linda e iluminada pela lua.

— eu nem sei o que dizer, hoje foi incrível Bryce, mais do que eu esperava.

— era minha intenção, que bom que eu consegui — deixei que ele tomasse a atitude dessa vez e a diabinha só me deu um beijo no canto da boca antes de sussurrar um "tchau" e saltar do meu carro — Cooper volta aqui — fechei os olhos sem acreditar e ela acenou rindo da minha cara antes de entrar em casa me deixando embasbacado no banco do carro.

Meu pecado - amores improváveis #3Onde histórias criam vida. Descubra agora