Capítulo 17

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Liana

Eu acordei no meio da madrugada e quando abri o olho não reconheci o lugar que eu estava e quando me mexi um pouco senti um par de braços me apertar. Quando olhei pra cima o Matheus estava encostado na cabeceira da cama, de barriga para cima e eu estava com meu corpo praticamente todo em cima dele.

- Isso vai dar uma dor no pescoço depois- eu digo baixinho.

- Não vai doer mais que sua bolada- eu assusto.

- Que susto criatura, pensei que estava dormindo.

- Eu estava, mas você mexe muito enquanto dorme- Isso é verdade, um dia eu acordei no chão.

Eu tento sair, mas ele me aperta.

- Tá cedo, você está sozinha em casa.

- Eu preciso usar o banheiro- então ele me solta. Eu lembrei que ele tem um banheiro no quarto.

A casa dele é maravilhosa, muito bem decorada e iluminada. Tem um espelho maior que eu no banheiro e uma fileira de espelhos pelo closet, tem umas roupas muito chique e de marca. Convenhamos, ele pode até ser marrento, barulhento, mas tem bom gosto, nunca vi ele desarrumado.

- Até os pijamas dele são chiques- eu penso alto.

Uso o banheiro e volto para o quarto, ainda são 2:40 da manhã e eu não tô afim de voltar para minha casa. O Matheus tá deitado de lado abraçado num travesseiro eu fiquei com dó porque ele dormiu muito tempo de mal jeito, então eu deitei no sofá que ele tinha no quarto e apaguei.

Matheus

Eu acordei e a Liana não estava mais em cima de mim, eu estava abraçado com um travesseiro. Quando eu olhei em volta do quarto ela estava deitada no sofá, ela estava toda torta e sem coberta, estamos quase no verão e tá muito calor.

O interfone da minha casa toca, deve ser minha visita.

- Bom dia- eu digo e Caio entra em casa. Ele tá mancando um pouco, deve ser por causa do chute que a Liana deu nele.

- Bom dia .

- O que você tem na perna?- eu pergunto.

- Eu cai de moto- mentiroso.

Eu deixo ele na sala e vou olhar a Liana, ela ainda tá dormindo, então dá pra fazer o que quero.

Eu chamo o Caio pra me ajudar a limpar a garagem, tá cheia de intulho.

- Cara, que bagunça- ele diz tossindo.

- Tá mesmo- eu fecho a porta e tranco.

Eu procuro uma chave inglesa, meu carro está lá fora tenho mais espaço.

Meu vizinho Barulhento (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora