Capítulo 49

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Liana

Eu acordei com minha mãe me chamando pra jantar, eu simplesmente apaguei depois de ler aquela carta, parece que minha intuição estava me avisando há dias.

- Aqui- meu pai coloca um prato com peixe e arroz e salada de repolho e azeitonas pra mim, é a comida que eu mais gosto- Limpa o prato- ele pisca. Meu pai nem parece ser militar, eu já vi ele e minha mãe em serviço e nem de longe parecem a mesma pessoa.

- O que o senhor fez pra ela comer?- eu pergunto, minha mãe não consegue nem sentir o cheiro de peixe.

- Ele fez batata frita.

- Como que você é da marinha e não suporta seres aquáticos?- meu pai adora alfinetar.

- Desde que eles estejam vivos, não é problema.

Eles conseguiram me entreter com histórias bizarras da época que eles eram adolescentes e estava tudo ok, até chegarem na parte do pai do Matheus.

- Você sabia Liana, que foi o pai do Matheus que foi cupido nosso?

- Como assim?- eu nem sabia que eles se conheciam assim.

- Nós estudamos juntos, éramos seu pai, o Cesar e eu. O Renan e o Cesar pareciam até que nasceram grudados, faziam tudo junto, ate os encontros amorosos.

- E o que aconteceu que vocês não são próximos mais?

- O trabalho e os estudos, mas o que afastou a gente mesmo foi a morte do filho deles.- o Marcelo, agora faz sentido do porque meu pai sabia tanto da vida deles.

- Eu e a irmã da Rúbia éramos padrinhos dele e...- meu pai deu uma engasgada- Bom eu e ela não fizemos nada pra ajudar ele.

- Ele morreu de que?

- Overdose de drogas e remédio, foi o Matheus que encontrou ele no banheiro.- será por isso que ele não gosta de remédio?

Meus pais continuaram falando umas coisas aleatórias sobre o passado, mas minha cabeça estava nele, onde será que ele tá?

- Eu vou tomar um banho, pra descansar o corpo.

Matheus

Dias atuais

- Ela não tem nada a ver com isso, fui eu que bati de frente com vocês. Deixa ela ir.

- Meu jovem, machucar quem você ama é melhor do que te machucar- ele fala com um sorriso no rosto- Olhe bem ela, esse rostinho lindo e inocente, porque me breve vai acabar.

- Você não é nem maluco de encostar nela.

- Você vai fazer o que?- ele olha pra minhas mãos amarradas na frente do meu corpo-Uma que você não tem como faze nada comigo e não sou quem vai machucar ela.

Ele sai da sala arrastando o pé, que homem nojento e louco. Eu penso em mil maneiras de sair daqui e de como me soltar.


Meu vizinho Barulhento (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora