Capítulo 15

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Liana

Meus pais foram trabalhar e vão ficar 15 dias fora. A madrinha da Laura vai cuidar dela e eu vou ficar em casa mesmo, não quis ir pra casa dos meus avôs.

Eu resolvi sair um pouco. Fui no shopping com a Ana, mas não comprei nada, não teve uma roupa que me interessou. Depois nós duas comemos na Burger King e fomos para casa.

Eu desço umas quadras antes , para caminha um pouco pelo condomínio.

- Tem certeza que não quer que eu vá?

- Tenho sim.

- Você tá afim é de encontrar aquele seu vizinho gostoso- A Ana diz.

- Não Ana Maria. Ele mora exatamente do meu lado, não precisar ficar tão longe- eu rio- Tchau.

- Tchau, manda um abraço pra meu novo amigo- A Ana colocou na cabeça que eu tenho alguma coisa com ele.

Eu vou andado, essa parte do condomínio é silenciosa. O que um Matheus barulhento não faz, as casas dessa parte são todas em um mesmo tom de cor, parece aquele povo old money sabe? sem barulho, se sujeira, casas lindas.

- Oi- um cara se aproxima de mim- O que você está fazendo aqui, uma hora dessas?

- Caminhando, não tá vendo?

- Que sem educação- ele começa a me olhar de cima a baixo- Até que você é gostosinha- ele se aproxima mais e eu dou dois passos para trás- Que foi gracinha?- Ele chega mais perto e me segura.

- Me solta.

- Para. Olha como meu pau tá só de ouvir sua voz- ele pressiona a virilha em mim e eu sinto um volume na calça dele. Ele tenta enfiar a mão na minha blusa mas eu não deixo e então ele rasga minha blusa- Quer mesmo comparar sua força com a minha?

- Quero- eu dou uma joelhada nas nas bolas dele e então ele me solta, eu completo com um chute bem no joelho dele- Seu nojento doente- Então eu corro até chegar na rua onde eu moro, vou me arrepender depois, mas ele é o único homem que eu conheço fora da minha família.

Matheus

Não era 21h e a minha casa tinha mais gente do que imaginei.

- Você não disse que seu irmão vinha?- eu pergunto para o André, o irmão dele é um amigo de infância e tem muito tempo que eu não o vejo- O João Vitor vai atender a porta e eu fico olhando, até porque poucas pessoas aqui são maior de idade.

- Quem era?

- Aquela vizinha chata sua- ele respondeu com desprezo na voz . Eu peguei ele pescoço e apertei.

- Ela é o que?- Eu aumento a força do aperto e ele fica calado, provavelmente sem ar- Sai da minha frente imbecil.

Eu fui até a casa dela, ela estava sentada na varanda abraçando suas pernas.

- Oi. Não precisava vir- ela parecia triste.

- O que você tem? Não gritou nem xingou por causa do barulho- eu pergunto e me sento do lado dela- Você tá sozinha?

- Estou- Os olhos dela estão vermelhos. De repente ela senta no meu colo e me abraça, eu sinto uma sensação estranha, não fiquei excitado nem nada do tipo é como... eu senti uma necessidade enorme de protege- lá e uma raiva  quando ela afundou o rosto no meu peito e começou a chorar, tinha acontecido alguma coisa.

Meu vizinho Barulhento (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora