Capítulo 20

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Liana

Eu sai da casa do Matheus depois do café, cheguei em casa falei com meus pais e com a Laura, saudade daquele pedaço de gente. Fui estudar um pouco, esse ano eu formo e vou fazer o vestibular da ITA.

Ana: Vamos sair? No parque.

Eu: Vou não. Vou fazer um simulado daqui a pouco.

Depois do que aconteceu ontem quero evitar de sair sozinha, eu vi o cara na casa do Matheus ontem e eu sei que são amigos. Minha mãe deixou comida pra mim, coloquei as coisas na lava louça e fui estudar mais um pouco, o Matheus chamou mais tarde para olhar a horta.

- Fiquei chateada, meu próprio pai de tramoia com você, não confia nos meu dotes de agricultora- ele ri, que sorriso lindo senhor.

- Seus dotes de matar qualquer ser vivo.- ele continua rindo e mexendo na horta- Vamos plantar isso?- ele me mostra uma rama de manjericão.

- Como você mesmo disse, eu mato qualquer ser vivo.

- Eu te ensino a plantar e cuidar- eu aceito.

ele pegou um vaso  e colocou a terra e eu finquei o ramo, ele pediu para molhar de manha e deixar na sombra. Ele terminou de cuidar da horta e ligou os irrigadores .

-Já acabei aqui, vou para casa tomar banho.

Matheus

Antes de tomar banho, eu passo pra ver o Caio, eu deixei o cara o dia todo sem água e sem comida, mas não tenho pena. Desde de adolescente que ele tem essa mania de forçar a barra, uma vez o Tom rachou uma garrafa na cabeça dele por mexer com uma garota da escola. 

- Acorda caralho- eu digo chutando a cadeira  e ele assusta.

- Por favor cara- ele diz um pouco sem força. Os olhos deles estão começando a roxear, a boca e o nariz tem sangue seco, os dentes dele estão no chão- Me... me deixa ir- ele não é bobo, sabe que vai apanhar mais.

- Tira a roupa- eu me dele, pego os dois dentes deles que estão no chão e tiro um bisturi do bolso- Pra quem tá amarrado tá se virando bem.- ele consegui tirar só a calça.

Caio

O Matheus tá ficando maluco, o cara vira outro quando tá com raiva.

- Não tem como tirar a blusa- eu digo, minha voz tá embargada.

- Senta- ele pede e eu faço de imediato. Ele me enche de fita, eu podia fugir, mas apanhei muito e estou sem forças- Se ela tão tivesse um chute forte- ele passa um bisturi perto da minha virilha- Você teria estuprado ela, não é?

Eu nego com a cabeça, não tenho forças nem pra falar. Bebi ontem e não comi nada hoje, sem contar com o tanto de porrada que ele me deu.

- Eu... eu não sabia que ela tava com você cara- eu sinto um soco forte na minha cara e quase perco a consciência. O Matheus tá muito louco.


Meu vizinho Barulhento (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora