Capítulo 48

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Liana

Os oficiais e meus pais vão para o escritório e ficam um bom tempo lá, agora que eu não consigo comer mesmo. Eu pego a Laura e levo ela na área externa, a bichinha tá começando a dar os primeiros passos. 

- Laura, que tal a gente ter um bichinho? um cachorro, um gato, um pássaro?- eu nunca tive um animal de estimação é um caso a se pensar já passamos muito tempo sozinhas.

Eu brinquei com ela um pouco, mas começou a chover então tivemos que entrar, eu fui para o quarto e acabo cochilando, a verdade é que eu não ando dormindo muito bem, tenho uns sonhos estranhos. 

- Filha- minha mãe diz entrando no quarto- O Cel. Belizário deixou isso pra você- eu fico sem entender, porque não conheço nenhum Belizário e muito menos um coronel. O papel era uma carta com o emblema da ABIN e do governo federal.

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Ministério da Defesa

Brasília- DF, 24 de março de 2022

Senhorita Liana Maria Ferreira Albuquerque e Silva,

No dia 07 de março, o senhor Matheus Augusto Costa Belmonte saiu em missão a pedido da Agência Brasileira de inteligência (ABIN) e o Comitê de Segurança Institucional (GSI) para verificar o  perímetro de segurança do vice- presidente, perante a uma ameaça terrorista , a missão foi encerrada no dia 17 de março, quando a ameaça foi retirada e os lideres do pais estavam seguros. Infelizmente o nosso agente, o Sr. Belmonte não retornou  a sede da ABIN e não recuperamos contato com ele, é de praxe que o agente deixe uma carta para os familiares e amigos sempre que saem em missão e o Sr. Belmonte pediu que lhe entregasse essa pra senhorita.

" As vezes não sabemos quando vamos ter a oportunidade de conhecer alguém que vá mudar a nossa vida e nem quanto tempo temos com essas pessoas, Liana, eu sinto muito se te fiz sentir medo em algum momento nesse período que você esteve perto de mim. O Tom sabe bem como eu fiquei todos esses dias e se caso eu não voltar em 30 dias ele vai continuar por mim, a cuidar de você e a fazer barulho, afinal os melhores vizinhos são aqueles que fazem barulho"

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O final da carta me quebrou em vários pedaços, era um sinal de que não vai voltar e eu não sei mais como é minha vida sem aquela barulhada, sem aquela presença imponente dele e muito menos sem a forma como ele me faz bem.

- Seu idiota, eu não preciso dos cuidados do Tom... eu preciso de você- eu digo olhando pra um Polaroid que eu tinha feito dele secretamente, no dia que ele foi para o hospital o Tom me enviou uma foto dele rindo enquanto falava da minha pessoa. Varias lagrimas começam a cair dos meu olhos e eu me afundo no sofrimento e olha que não são nem 10 h da manhã.

Meu vizinho Barulhento (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora