Capítulo 50

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Matheus

Eu lembro de uma tática que o pai do Tom fazia pra treinar ele. Ele era preso com algemas e deslocava o dedão pra passar no arco ou se for de plástico usar alguma corda pra partir ela.

- Vamos lá- o cara facilitou um pouco me amarrando pra frente. Eu sentei no chão e deite em seguida, não é tão fácil fazer as coisas sem usar as mãos, desamarro meu cadarço e passo ele na algema, em seguida passo ele dentro do outro cadarço e faço movimentos como se estivesse pedalando até cortar a algema- Consegui.

Eu levanto meio lerdo, até porque eu tô com muita fome e sede, a porta tá trancada, nenhuma novidade.

- Vamos Matheus, usa sua raiva pra arrebentar essa porta- eu tento uma, duas, três, quatro e nada. Tento  mais 3 vezes e não consigo- Que ódio- eu chuto a porta e sinto a dor irradiar pelos meus dedos, essa merda é de ferro.

- Matheus, se você tiver atrás da porta sai- eu ouço uma voz vindo do lado de fora, será que eu tô ficando maluco.

- Quem tá aí?

- Sou eu, Tom- esse filho da puta sempre salvando o dia- não sei como mas ele consegue abrir a porta- Cara, você já foi melhor viu?

- Tenta arrebentar uma porta de ferro com o corpo fraco e me fala- ele levanta a mão em sinal de rendição- Como você me achou hein?.

- Relógio, esse mesmo que você tá no seu pulso- eu estava tão voado que não percebi que não tirei o relógio da missão.

- Eu amo esse relógio.

- Eu hein. Vamos- o Tom diz me ajudando a sair daquele lugar.

- A Liana tá aqui.

- Não, aquilo foi um holograma. Ela está em outro lugar e vamos te usar de isca pra pegar ela- ele ri, esse cara é maluco.

Tom

Tinha vários dias que o Matheus tinha sumido do mapa e eu estava achando que tinha que começar a preparar o velório dele, até que tive a brilhante ideia de arrumar minhas coisa e vi o relógio que a gente usa na missão.

- Tomas, você um gênio- modéstia a parte eu sou mesmo. Eu rastreio o relógio e vejo que ele não tá em um lugar muito longe, porém no mapa aparece um terreno baldio- Mas esse caras devem ser muito burros para deixar ele com relógio.

- Tá ficando maluco cara?- o André pergunta e eu nem sabia que ele estava aqui.

- Não. O que você tá fazendo aqui ?- eu não gosto nem dele e nem do irmão.

- Nada, tô só passando o tempo. O que você tá fazendo ai?

- Não te interessa, alias eu nunca nem te chamei pra vir na minha casa não sei o que você tá fuçando aqui.

- Mas que falta de educação, nós somos amigos cara- o cara entra do nada na minha casa e eu sou sem educação.

- Vaza daqui, eu não sou seu amigo. Some- cara chato da porra.

Meu vizinho Barulhento (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora