Alêxy

20 0 0
                                    

Finalmente chegou o fim da tarde e poderei ir para casa, descansar e aproveitar  a compainha do meu filho e poder abraçá-lo, beijá-lo  e saber que ele está bem.

Assim que entro no estacionamento retiro o meu terno e o coloco no meu braço, a froxo nó da gravata, a minha cabeça está latejando e estou cansado, mas a minha força será renovada ao ver o meu Noah.

Ser pai é muito gratificante, depois do nascimento dele senti que a minha vida mudou completamente  com a sua chegada, descobri o que é passar várias noites em claros para dar de comer, ver se ele não está com febre, trocar fraldas e mais fraldas ou ficar zelando feito um bobo o seu sono pedindo a Deus que ele não cresça muito rápido para que eu possa aproveitar ao máximo a sua infância.

No primeiro mês mas foi fácil, pois estava cuidando dele sozinho e mesmo com a ajuda da minha família, ainda assim me sentia sozinho e perdido. Tenho orgulho de mais que me tornei, pois o Noah mudou a minha vida completamente.

Tenho consciência que o meu filho necessita de uma mãe, mas sei tambem que Alexandra não merece ser chamada de mãe e muito menos ter tido um filho como o Noah. Mas agora ele só tem a mim nessa vida é preciso protegê-lo de todos e principalmente da mulher que o colocou no mundo.

Eu vi o meu petit Prince crescer e se desenvolver, tornar-se esse menino lindo e meigo, sem ter nenhuma maldade no coração que conquista a todos. Sei que ele sofre por não ter uma mae ao seu lado enquanto que seus amiguinhos tem o carinho de suas mães e isso o faz sofrer. Noah não entende ainda o porque de sua mãe não fazer parte da sua vida e sei que vai demorar um pouco para ele entender a sua ausência, mas ele ainda não pode saber que a sua mãe o rejeitou, ainda não é o momento.

- Papa! - O ouço me chamar quando estou na sala.

Ele está na sala fazendo a maior bagunça com os seus carrinhos e soldadinhos.

- Oi, meu petit Prince. - Respondi assim que o peguei no colo.

- Vamos brincar, papa.

— Irei meu filho.

Quando respondi que iria brincar com ele vi o maior sorriso no rostinho dele iluminar.

— Que tal nós levarmos o soldado Ryan e o soldado Thór para brincar no parque mais tarde conosco? - Perguntei segurando os soldadinhos na mão.

Papa esse não é Ryan é o Bob. - Falou me dando uma bronca.

— Desculpa filho, mas para mim são todos iguais.

— Não são papa, o Ryan tem um corte no braço e o Bob tem um sinal na perna.

— Ah, entendi agora. Então, que tal levarmos os três para não ficarem com raiva?

— É o certo papa.

Papa podemos comprar sorvete também?

— Claro filho o sabor que você quizer.

— Tá  bom, papa. - respondeu todo sorridente.

Daria a minha vida para que o Noah continuasse sempre feliz, ele consegue acessar o meu lado bom com a sua doçura e inocência.

Fomos para o parque e Noah divertiu-se muito, já está ficando tarde e vi que ele começou a bocejar e já está na hora de voltarmos para casa. O peguei nos braços ele encostou a cabeça nos meus ombros, peguei os seus brinquedos e fomos para o carro, seguimos de volta para casa.

Chegando em casa chamei a Patrícia e pedi que o levasse para tomar banho que depois iríamos jantar.

Patrícia é um anjo que apareceu nas nossas vidas e tem me ajudado bastante a cuidar do meu filho. Apareceu nas nossas vidas quando o Noah completou um ano de vida e está conosco até hoje, ela cuida dele com muito carinho.

Subi para o meu quarto para tomar um banho e relaxar um pouco do dia cansativo do Tribunal. Desço em direção a cozinha e vejo o meu pequeno quase dormindo em cima do prato e Patrícia lhe dando de comer.

— Vamos meu pequeno está quase acabando de comer. - falei e ele abriu os olhos e sorriu. - Vamos fazer assim se você come tudo direitinho e sem deixar nada, te levo de cavalinho até o quarto. Combinado? - Perguntei e ele começou a sorrir.

— Combinado papa.

Assim que ele terminou de comer o levei para o quarto e o esperei escovar os dentes, o coloquei na cama e o cobri e não demorou muito para dormir, dei-lhe um beijo e sai do quarto apagando a luz e fechei a porta.

Desci novamente para a cozinha fiz um sanduíche rápido para comer porque estava cansado e queria dormir. Quando termino de comer e estava voltando para o meu quarto eu paro de frente para ele e ouço o meu celular tocar, entro e o vejo em cima da cama, quando o pego vejo que estão ligando de um número restrito.

Atendo a ligação pedindo aos céus que fosse um engano porque não vejo a hora de dormir.

— Alô - Falo assim que atendo a ligação.

— Bonsoir, senhor Alêxy! – Falou uma voz feminina desconhecida.

— Bonsoir! Quem fala? - Perguntei já desconfiando de como ela sabia o meu nome.

— Aqui é do Hospital Harmony Szenty.

— Sim. Qual o motivo da ligação? - Perguntei já preocupado que fosse sobre o Adrien. Já pedi várias vezes que ele largasse o Boxe.

— O motivo da ligação senhor é que temos uma  paciente internada aqui e a mesma informou o seu nome. O senhor poderia vir aqui?

— Informou o meu nome? - Perguntei um pouco receoso. Será que é a Aliciá? Que merda ela foi fazer na Hungria?

— Sim, senhor!

— Qual o nome da paciente?

— Alexandra.

— Alexandra, mas qual é o sobrenome? - Pergunto apreensivo com mistura de revolta. Até porque não pode ser a mesma  já que faz alguns anos que não sabemos o paradeiro dela. Não poderia ser a mesma. É só uma piada de mal gosto.

— Não sabemos dizer, porque ela não sabe informar. Precisamos que o senhor venha aqui para reconhecê-la.

— Você está achando que irei cair nessa conversa de que a Alexandra apareceu aí no seu hospital? É melhor você para com esse trote porque você não sabe com quem está mexendo.

— Senhor não estou brincando com algo sério o que posso dizer é que ela está hospitalizada aqui já faz dois meses e só agora ela disse o aqui nome. Por favor, venha aqui para fazer um reconhecimento. Se a reconhecer passarei.mais detalhes do estado dela.

— Qual sobrenome dela?

— Já disse senhor não sabemos ela não lembra.

— Não lembra mas sabe o meu nome. Que conveniente.

— O estado de saude dela é delicado.

— Irei mas se for uma brincadeira com certeza irão se arrepender.

— Não iríamos brincar com a saúde da paciente. Nós o aguardamos. Bonsoir.

— Ok. Bonsoir.

Não, não, não! Não pode ser ela? Ou será que pode? A minha cabeça está em um turbilhão de pensamentos. Preciso dormir ou a minha cabeça vai explodir.

×××

Cheguei no tribunal com um péssimo humor, não co segui dormir fiquei bolando na cama de um lado para o outro, então decidi ir para a academia para ver se cantando conseguiria dormir um pouco e desligar um pouco a minha mente. De nada adiantou estou mais uma pilha do que antes e o meu corpo parece está travado de tão tenso  que estou.

Passei por Mariana e nem a cumprimentei entrei na minha sala e sentei atrás da minha mesa, liguei para o Hugô e contei da ligação de ontem. Disse que iria no hospital para ter certeza de que ela era, o mesmo me pediu para acompanhar disse que não precisava. Nos despedimos e no mesmo instante fiz uma ligação para o Haruto preparar o helicóptero porque já estava a caminho.

Saindo da minha sala dei de cara com a  Mariaa me olhando informei que trabalharia em casa hoje e que remarcasse as audiências de hoje.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Apr 02 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Alêxy - Série Máfia Gaillard(REESCREVENDO)Vol.1Onde histórias criam vida. Descubra agora