Capítulo 1 - 72 horas antes...

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Cheguei no Tribunal de Justiça extremamente irritado, eu mal havia conseguido dormir à noite por ter que resolver o problema da família, entrei na minha sala e tentei me concentrar no processo a minha frente, o caso do narcotraficante Zhenli Gon onde tenho que analisar os três volumes do processo para a audiência que será em menos de dois dias e sentenciá-lo a uma pena bem generosa visando que possamos tomar conta do maior laboratório colombiano de drogas. Viro a minha cadeira para a janela, me encosto e fecho os olhos, não irei dormir, mas apenas descansar um pouco já que a minha últimas setenta e duas horas foram bem exaustivas.

               72 horas antes, Cartagena das Índias, Colômbia

Ouço o telefone tocando, viro para o lado direito da minha cama e o tiro do gancho o atendendo em seguida.

— Alô.

— Bom dia, senhor Alêxy. O senhor Andrey o aguarda na recepção.

— Informe que em dez minutos descerei e encerre a minha conta.

Levanto da cama e vou até a janela, dou uma olhada na cidade. Tomo um banho, pego o meu terno na mala e troco de roupa, saio do quarto e desço até a recepção, faço o checkout e vou ao encontro o Andrey, andamos até o carro e adentramos.

— Para a casa de Hector.

— Certo.

Enquanto o Andrey nos conduz a até a casa do Hector, olho meu tablet verificando se a aeronave Gippsland Ga 200 que contratei começou a voar sobre o armazém de drogas e a plantação de coca, olho pela filmagem e ela está fazendo um ótimo trabalho.

Andrey para de frente ao portão e um dos seguranças armados vem ao nosso encontro.

— Por que está aqui?

— O Consiglieri tem uma reunião com o seu chefe.

O segurança olha para o banco de passageiro de trás onde estou e faz um sinal para o seu colega abrir o portão. E seguimos em frente. Desço do carro e peço para o Andrey me esperar aqui e subo alguns degraus para encontrar Hector sentado de frente a piscina lendo um jornal, paro de frente a ele.

— A que devo honra de ter o Consiglieri Gaillard aqui na minha casa? - Hector faz a pergunta dobrando o jornal e colocando sobre a mesa ao lado.

Desabotoo o botão do meu paletó e me sento de frente para ele. Pego o contrato na minha maleta executiva e lhe entrego.

— É a última oferta do Don, Hector. - Lhe informo.

— Uma oferta nada generosa não acha? Não estou interessado. Pode pegar e ir embora. Diga ao Guillaume para não insistir ou haverá consequências. 

— Matar Francesco Vottari e a sua família, para tomar conta do tráfico de drogas e de armamentos foi um erro da sua parte. Ele era família. Era como um irmão para o meu pai e um tio para nós.

— Não irei aceitar a sua oferta.

— Parece uma oferta para você? Este acordo é um último ato de misericórdia do Guillaume ao homem que matou o nosso querido amigo.

— Nesse termo você veio fazer um acordo... ou para me ameaçar?

— Assinando agora, não haverá problemas futuros. - Falo aproximando-se mais da mesa.

— Foda-se! - Hector diz batendo na mesa com força fazendo assim a taça de vinho cair no chão. — Volte para o seu país seu branquelo de merda. Conquistei a sucessão da máfia jogando limpo. A família Gaillard não tem força no meu país. Vá embora agora antes que eu mude de ideia e te mate aqui mesmo.

Alêxy - Série Máfia Gaillard(REESCREVENDO)Vol.1Onde histórias criam vida. Descubra agora