Alexandra - 28

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Acordo com vozes distantes acho que conheço uma mas não consigo distingui-las, as vozes parecem distantes, mas consigo entender o que falam sobre mim. Tento abrir os olhos mas não consigo porque a luz machuca, sinto a minha cabeça doer e o meu corpo também. Tenho quase certeza que estou no hospital, pelo cheiro de álcool e de medicamentos.

Agora escuto o som de uma voz. Tento me mexer e solto um gemido porque o meu corpo dói e a minha cabeça também, sinto a minha garganta seca e sede.

— Água. — pronuncio a única palavra que consigo depois de sentir a minha gargantar arranhar e continuo com os olhos fechados por causa a claridade.

Ouço passos aproximando-se de mim e me entregando água que tomo rapidamente como se eu tivesse a dias em um deserto sem água por dias, quando a água desce ela é refrescante.
Tento abrir novamente os meus olhos e vejo um belo homem de jaleco branco ao meu lado me olhando docemente.

— O que aconteceu? Porque a minha cabeça e o meu corpo doem tanto?  Porque estou em um hospital? Cadê o Rafael?— pergunto sentindo dor.

— Fique calma senhora Alexandra eu irei esclarecer tudo. — diz em um tom de voz calmo.

O observo parado na minha frente, me observando. Ele é um homem atraente moreno, olhos verdes, com cabelos cacheados. Admiro que o olhei com certa admiração por causa da sua beleza.

Além de tudo charmoso, nada mal!

A minha cabeça dói e sinto uma pontada fina que me leva a  por a mão na cabeça e sinto uma faixa ao redor da minha cabeça.

— Porquê estou aqui? — pergunto com uma voz um pouco fraca.

— A senhora foi encontrada por seu namorado desacordada no seu quarto. Assim que chegou fizemos uma bateria de exames principalmente porque a senhora bateu a cabeça, felizmente a senhora não tem nenhum coágulo mas sentirá um pouco de dor por alguns dias, por agora já foi medicada e estou esperando o resultado dos outros exames, irá passar essa noite em observação. Em relação ao seu bebê está tudo bem a queda não o afetou.

— Bebê?

Tentei levantar da cama mas a dor de cabeça piorou e senti uma tontura.

— Precisa ficar deitada. Perdoe-me pensei que já soubesse.

— O exame só pode ter dado errado ou trocaram o meu exame com o de outra paciente. Não posso estar grávida.

— O exame está correto a senhora está grávida e está com três meses de gestação.

— Meu Deus o que eu vou fazer. — falo ainda assustada com a novidade.

— Tenho certeza que o seu namorado ficará muito feliz quando souber um filho trás muita alegria na vida de um casal.

— Doutor por favor não fale nada para o Rafael, eu mesma quero dar a notícia para ele.

— Tudo bem. Agora descanse mais tarde darei uma passada aqui para saber como você está.

— Tudo bem doutor.

O doutor saiu do quarto e fico sozinha no quarto com essa revelação bombástica na minha vida terei um filho do Alêxy como é possível isso, ainda mais um filho não desejado e nem amado, ele irá deformar o meu corpo por inteiro. Não, eu não posso ter esse filho. Se eu tivesse esse filho como iria falar para o Rafael? Como posso por um filho no mundo com a família que tenho totalmente distorcida. A minha família é anormal. E sinto que estou a traindo. Não sinto amor por esse bebê.

Sou uma completa idiota  por ter deixado isso acontecer, deveria ter tomado mais cuidado. Esse monstrinho se eu tiver vai ser um fardo eterno na minha vida, não amarei essa criatura porque irá atrapalhar a minha vida. Como posso está ligada a um filho se não consigo tomar conta da minha própria vida. Nao serei uma boa mãe. Se o Alêxy soubesse desse filho iria gostar da ideia já que ele é um tolo, mas de uma coisa tenho certeza ele seria um ótimo pai. Mas pensando por outro lado esse monstrinho pode melhorar a minha situação com o Alêxy.

Quem não gostará nada da situação será o Rafael ao saber que estou grávida do meu marido. Espera ele não precisa saber que o filho que espero é do Alêxy. Ouço a porta do quarto sendo aberta e quando olho na direção dela vejo o Rafael entrando com semblante triste e a roupa amarrotada, com cabelo bagunçado, mas ele continua lindo como sempre.

O meu coração começa a bater forte e começo a chorar o Rafael anda rápido em minha direção e me abraça sem apertar muito beijando a minha cabeça.

— O que houve Leh? O médico já esteve aqui?

— Sim ele esteve aqui. — falo entre o choro.

— O que foi que ele te disse para ficar assim?

— Não foi nada só me abrace.

Ele me abraçou e eu continuei chorando sem parar.

— Alexandra se você não me falar o que está acontecendo agora eu irei atrás desse médico para que ele me fale.

— Eu não sei como falar ou por onde começar.

— Comece pelo começo. Vamos me fale.

— É que ele me disse que estou... Não consigo falar. — disse começando a chorar de novo.

— É tão grave assim que não pode me dizer?

— Mais ou menos.

— Então me fale.

Fico calada só o olhando.

— Não vai falar tudo bem eu sei quem poderá me dizer o que está acontecendo. Já volto.

Falou me soltando e andando na direção da porta. Me desespero e o chamo.

— Rafael espera irei te falar.

— Então, fale porque não aguento mais ficar nesse suspense todo.

— O médico me disse que estou grávida. — falei bem rápido.

—Grávida, você está grávida. Que maravilha. — falou todo sorridente. —   Serei pai. — falou todo bobo andando de um lado para o outro.

Como poderia dizer a ele que esse filho não é dele. Está todo eufórico. Não tenho coragem de dizer a verdade para ele.

Alêxy - Série Máfia Gaillard(REESCREVENDO)Vol.1Onde histórias criam vida. Descubra agora