🩵 14 || Você não estará só

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— Que decepção! — Joohyun dizia enquanto balançava a cabeça em negação. — O que eu faço com esse garoto agora? Eu fiz de tudo por ele e é assim que ele me retribui?

— Mamãe, prometa que o Jeongin não irá sair prejudicado nisso, por favor. Ele é muito sensível e influenciável. — Suplicou.

— Mas eu preciso conversar com ele, filho. De certa forma, ele também violou as regras. Não posso ser injusta! — Explicou e Han engoliu a seco, quando percebeu que ele também havia quebrado as regras.

— Mamãe, quanto a isso... Eu preciso confessar algo... — Disse desviando o olhar da mais velha, que o encarava seriamente.

— O que você fez, Jisung?

— É que... Talvez eu tenha dado o meu primeiro beijo... Lá na escola.

Joohyun arregalou os olhos.

— Pri-primeiro beijo? Com quem?

— Eu não posso te contar sobre isso ainda, mamãe. O menino não disse que não é gay. — Confessou tristonho, dando de ombros.

— Como assim? Ele te beijou e não é gay? Eu não entendi, filho.

— Nem ele mesmo se entende ainda. Acho que ele precisa de um tempo para si mesmo.

— Essa geração ainda vai me enlouquecer... — Balançou a cabeça em negação. — Bom, de qualquer forma, irei deixar passar desta vez, e somente desta vez, pois, a regra é mais rígida quanto a relações sexuais. — Falou e sentiu seu coração errar as batidas quando viu seu filho arregalar os olhos. — Vo-vocês...?

— Não, mamãe. — Sacudia as mãos abertas em negação. — Nós não transamos na escola. — Explicou, decidindo não contar sobre o recém episódio do banheiro, pois sabia que ali não teria como ele esconder o fato de que o menino em questão era Lee Minho, filho de seu namorado.

A mais velha assentiu, sentindo uma bigorna sair de cima do seu coração.

— Que bom! E que isso não volte a se repetir, meu filho. Sabe que eu sei que muitos alunos namoram naquela escola e está tudo bem. O problema não é o namoro em si, o problema está nas demonstrações físicas de afeto dentro do ambiente escolar. Isso eu não posso permitir e não é nem por mim, foi a decisão unanime dos pais do conselho. E que inclusive, os pais do Yang Jeongin são os presidentes. Não quero nem pensar no problema que daria se eles descobrissem o que o nosso presidente do conselho estudantil anda aprontando com o filhinho deles.

— Eu sei. Está tudo bem se a senhora precisar me penalizar, mamãe. Não posso receber tratamento privilegiado só por ser seu filho.

— Não será necessário, querido. Eu não penalizaria aluno nenhum por causa de um beijo. Apenas advertiria com uma simples conversa, como estou fazendo com você nesse momento. Sem contar que se eu fosse te penalizar, eu teria que penalizar o dito cujo que ousou beijar meu filho e pelo que eu entendi, você não vai me contar quem é, certo?

Sorriu sem jeito, dando de ombros.

— Bom, sobre o caso do Hyunjin, você fez certo em me contar. Afinal de contas, você é o vice-presidente do grêmio, essa é a sua obrigação e você a cumpriu. Diferentemente do nosso presidente... Aish! Que decepção... Eu moldei aquela criatura do zero até ele se tornar quem se tornou e agora isso... — Levou a mão à testa, apertando as têmporas. — Amanhã o chamarei para lhe aplicar uma medida disciplinar.

Jisung assentiu cabisbaixo.

— VOCÊ VAI ME CONTAR ESSA PORRA AGORA, ESTÁ ME OUVINDO? — Era a voz grave de Dongwook, ele gritava tão alto que ambos puderam escutar de onde estavam, com a porta fechada.

Pra você guardei o amor | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora