🩵 29 || Relembrando Traumas

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Assim que chegaram ao imenso saguão do prédio, Jisung olhou para Minho.

— E então? O que tem para fazer nessa cidade em um domingo?

Minho deu de ombros.

— E eu lá sei.

Jisung franziu o cenho em confusão.

— Ué, como assim? Você não morava aqui? O que você fazia aos domingos?

— Esquilinho, a essa hora, de um domingo, eu estaria virado do sábado, completamente bêbado, pronto para enfrentar uma ressaca daquelas.

Jisung estalou a língua no céu da boca, encarando o moreno em julgamento.

— Que horror! Você é um perdido mesmo!

Minho soltou uma risada breve, abraçando Jisung por trás, entrelaçando os braços em sua cinturinha e lhe dando um beijo estalado na bochecha.

— Eu não estou mais perdido, agora que encontrei você, meu amor.

Jisung sorriu ladino, enquanto andavam como dois pinguins até a calçada, visto que Minho não soltava seu esquilinho. O porteiro arqueou a sobrancelha para aquela cena, completamente surpreso.

— Pois você trate de arrumar um restaurante para que eu possa matar o que está me matando. Com toda a pressa do seu pai e da minha mãe, nem consegui tomar café. — Dizia manhoso, esfregando sua barriguinha que abrigava o seu estômago barulhento.

Minho sorriu sincero, acariciando sutilmente a barriga onde suas mãos estavam pousadas.

— Nosso filho 'tá com fome, é? — Disse Minho, forçando uma vozinha como a de quem se dirige a um animalzinho ou um bebê. — Oh, meu Deus! Que pai mais desnaturado que eu sou, não é mesmo? Vamos alimentar essa criança imediatamente!

Jisung se afastou abruptamente, se desvencilhando do aperto de Minho, enquanto o encarava como se o mesmo tivesse ofendido umas cinco minorias, com as bochechas vermelhas, olhou para os lados, na intenção de verificar se passava alguém por perto, que pudesse ter escutado aquilo.

— Que merda você está falando, Lee Minho?! Estamos na rua, pelo amor de Deus! — Disse entredentes.

Minho que o encarava com o cenho franzido e um sorriso divertido nos lábios, não se conteve em rir do menor.

— E daí? Está com vergonha do pai dos seus filhos, Lee Jisung? — Aumentou o tom de voz, chamando a atenção de um grupinho de adolescentes que passavam por ali, encarando-o como se ele fosse a última Coca-Cola do deserto.

Jisung arregalou os olhos, abaixando a cabeça, com a mão tapando a lateral de seu rosto, enquanto praguejava alguns xingamentos à Minho, enquanto começou a caminhar apressadamente pela calçada, sem rumo algum, apenas olhava para o chão na intenção de encontrar algum buraco em que pudesse se enfiar.

— Me espera, esquilinho! — Gritou o Lee, correndo atrás de Han até alcançá-lo, para andar lado a lado consigo.

— La casa de... lámen? — Jisung lia em voz alta o letreiro da fachada do restaurante em que ambos estavam parados na frente, virando o rosto em seguida para fitar Minho, que assentia com um sorriso convencido no rosto.

— Exatamente. É um restaurante temático da série e... — Ergueu o dedo indicador, abrindo a porta do estabelecimento para Han, que o encarava com um sorriso discreto, amando aquela empolgação do mais alto. —... fazem o melhor lámen que você vai comer em toda a sua vida.

Pra você guardei o amor | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora