Assim que chegaram ao imenso saguão do prédio, Jisung olhou para Minho.
— E então? O que tem para fazer nessa cidade em um domingo?
Minho deu de ombros.
— E eu lá sei.
Jisung franziu o cenho em confusão.
— Ué, como assim? Você não morava aqui? O que você fazia aos domingos?
— Esquilinho, a essa hora, de um domingo, eu estaria virado do sábado, completamente bêbado, pronto para enfrentar uma ressaca daquelas.
Jisung estalou a língua no céu da boca, encarando o moreno em julgamento.
— Que horror! Você é um perdido mesmo!
Minho soltou uma risada breve, abraçando Jisung por trás, entrelaçando os braços em sua cinturinha e lhe dando um beijo estalado na bochecha.
— Eu não estou mais perdido, agora que encontrei você, meu amor.
Jisung sorriu ladino, enquanto andavam como dois pinguins até a calçada, visto que Minho não soltava seu esquilinho. O porteiro arqueou a sobrancelha para aquela cena, completamente surpreso.
— Pois você trate de arrumar um restaurante para que eu possa matar o que está me matando. Com toda a pressa do seu pai e da minha mãe, nem consegui tomar café. — Dizia manhoso, esfregando sua barriguinha que abrigava o seu estômago barulhento.
Minho sorriu sincero, acariciando sutilmente a barriga onde suas mãos estavam pousadas.
— Nosso filho 'tá com fome, é? — Disse Minho, forçando uma vozinha como a de quem se dirige a um animalzinho ou um bebê. — Oh, meu Deus! Que pai mais desnaturado que eu sou, não é mesmo? Vamos alimentar essa criança imediatamente!
Jisung se afastou abruptamente, se desvencilhando do aperto de Minho, enquanto o encarava como se o mesmo tivesse ofendido umas cinco minorias, com as bochechas vermelhas, olhou para os lados, na intenção de verificar se passava alguém por perto, que pudesse ter escutado aquilo.
— Que merda você está falando, Lee Minho?! Estamos na rua, pelo amor de Deus! — Disse entredentes.
Minho que o encarava com o cenho franzido e um sorriso divertido nos lábios, não se conteve em rir do menor.
— E daí? Está com vergonha do pai dos seus filhos, Lee Jisung? — Aumentou o tom de voz, chamando a atenção de um grupinho de adolescentes que passavam por ali, encarando-o como se ele fosse a última Coca-Cola do deserto.
Jisung arregalou os olhos, abaixando a cabeça, com a mão tapando a lateral de seu rosto, enquanto praguejava alguns xingamentos à Minho, enquanto começou a caminhar apressadamente pela calçada, sem rumo algum, apenas olhava para o chão na intenção de encontrar algum buraco em que pudesse se enfiar.
— Me espera, esquilinho! — Gritou o Lee, correndo atrás de Han até alcançá-lo, para andar lado a lado consigo.
✩
— La casa de... lámen? — Jisung lia em voz alta o letreiro da fachada do restaurante em que ambos estavam parados na frente, virando o rosto em seguida para fitar Minho, que assentia com um sorriso convencido no rosto.
— Exatamente. É um restaurante temático da série e... — Ergueu o dedo indicador, abrindo a porta do estabelecimento para Han, que o encarava com um sorriso discreto, amando aquela empolgação do mais alto. —... fazem o melhor lámen que você vai comer em toda a sua vida.
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Pra você guardei o amor | Minsung
Teen FictionO Internato Stay Valley Academy era considerado por muitos pais, geralmente da classe mais alta da elite sul-coreana, como uma salvação. Para si mesmos e principalmente para seus filhos. Após ser mandado, contra a sua vontade, para o colégio inter...