🩵 50 || O Amor Guardado

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Durante o jantar que Joohyun organizou em sua casa, onde todos que estavam presentes na diretoria mais cedo foram convidados, Jisung não conseguiu comer. O garoto não conseguia pensar em alimento, muito menos assimilar as palavras que todos ali presente falavam ao mesmo tempo em meio as suas tantas conversas paralelas. Estava muito concentrado em uma pessoa específica, sentada à apenas alguns lugares de distância, conversando sorridente com o menino de cabelos rosa ao seu lado.

Yeosang, seu irmão. Apesar do mais novo estar com diversos ferimentos no rosto, no pescoço, nos braços, o que preocupava Han não eram as sequelas físicas, pois essas, logo cicatrizariam, como havia sido com as suas. Jisung estava preocupado com as sequelas mentais que o caçula pudesse ter. Por isso, sentia-se como um radar ambulante, sempre atento, rondando e monitorando o irmão, esperando pelo momento em que o menor viesse a ruir, pois queria estar ali para ser o seu apoio, o seu pilar.

Entretanto, felizmente, Yeosang parecia estranhamente muito bem e sem sequelas psicológicas aparentes. Estava muito radiante por estar em um ambiente acolhedor e que o fazia se sentir tão bem, pela primeira vez em sua vida.

Talvez toda aquela preocupação exagerada com Yeosang não passasse de culpa. Era o que Jisung achava. Um sentimento adquirido involuntariamente, devido ao tempo em que passou sem ter notícias do mais novo, pensando a todo tempo que o pior pudesse ter lhe acontecido. Afinal de contas, só poderia esperar o pior vindo do homem que um dia chamou de pai.

— Ji? — A voz rouca de Minho, sussurrando próximo de si, foi o que despertou Han de seus devaneios e preocupações. O garoto chegou a dar um pulinho na cadeira em um pequeno susto.

— O-oi...

— Está tudo bem? — Minho tocou-lhe o braço, em um aperto sutil, enquanto fitava os olhinhos redondinhos e cintilantes.

— Uhum. — Assentiu engolindo seco, ajeitando a postura na cadeira, parecendo completamente desconfortável. — Eu só...

— Hyung? — Yeosang surgiu atrás do casal, interrompendo a fala do irmão mais velho, o chamando.

Jisung e Minho viraram seus pescoços imediatamente ao que a voz do Han mais novo lhes chamou a atenção.

— Oi, Yeo. Está tudo bem? — Segurou firme em seus dois braços, enquanto olhava dentro de seus olhos, agora espantados. — Aconteceu alguma coisa? Você está sentindo alguma coisa? Precisa conversar? Eu estou aqui. — Han metralhava as palavras, com a dicção perfeita, apesar da rapidez de sua fala.

Minho franziu o cenho, preocupado com o estado de nervos em que seu namorado havia entrado. Yeosang, por outro lado, estava assustado.

— Hannie... — Livrou-se com certa dificuldade do aperto em seus braços causado pelas mãos de Jisung, este que sequer percebia que estava usando um pouco mais de força do que era necessário. Ele estava extremamente nervoso e ansioso. — Está tudo bem, irmão! Calma! — Notou que as pequenas mãos de Jisung tremiam e seus olhos começavam a marejar. — Pelo visto você é quem não está bem... — Concluiu preocupado, agora olhando para Minho, que se levantou na mesma hora, logo envolvendo Hannie em um abraço, deitando a cabeça do menor em seu peito, onde passou a ouvir um chorinho contido e alguns soluços baixinhos.

— Vem, meu amor. Vamos para o quarto. — Minho sussurrou no pé do ouvido de Jisung, antes de se retirar da sala de jantar com o garoto, atraindo a atenção de Joohyun que sentiu seu coração apertar em preocupação quando notou que o filho chorava.

A mulher pensou em ir atrás, para verificar o que havia acontecido e acalentar o seu pequeno, mas decidiu deixar com Minho, pois confiava o suficiente no Lee para assumir aquele papel que um dia pertenceu somente a si. Tornou a se sentar, voltando a prestar atenção nos jovens alegres e sorridentes que pareciam nunca ficarem sem assunto.

Pra você guardei o amor | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora